Maetinga

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Maetinga
  Município do Brasil  
Maetinga - State of Bahia, Brazil - panoramio.jpg
Símbolos
Bandeira de Maetinga
Bandeira
Brasão de armas de Maetinga
Brasão de armas
Hino
Gentílico maetinguense
Localização
Localização de Maetinga na Bahia
Localização de Maetinga na Bahia
Maetinga está localizado em: Brasil
Maetinga
Localização de Maetinga no Brasil
Map
Mapa de Maetinga
Coordenadas 14° 39' 46" S 41° 29' 31" O
País Brasil
Unidade federativa Bahia
Municípios limítrofes Malhada de Pedras, Caraíbas, Presidente Jânio Quadros, Rio do Antônio
Distância até a capital 609 km
História
Fundação 9 de maio de 1985 (37 anos)
Administração
Prefeito(a) Aline Costa Aguiar Silveira (PL, 2021 – 2024)
Características geográficas
Área total [1] 368,390 km²
 • Área urbana  IBGE/2019[2] 1,61 km²
População total (estimativa IBGE/2021[3]) 2 386 hab.
 • Posição BA: 417º) (BR: 5323º
Densidade 6,5 hab./km²
Clima semiárido
Altitude 600 m
Fuso horário Hora de Brasília (UTC−3)
Indicadores
IDH (PNUD/2010[4]) 0,538 baixo
PIB (IBGE/2017[5]) R$ 44 298 mil
PIB per capita (IBGE/2017[5]) R$ 9 941,15

Maetinga é um município brasileiro no interior do estado da Bahia, distante cerca de 609 quilômetros da capital estadual Salvador. Sua população foi estimada em 2021 em 2,386 habitantes, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). É o menor município em população da Bahia.[6][7]

História[editar | editar código-fonte]

O município de Maetinga foi criado em 1985 e desmembrado do município de Presidente Jânio Quadros, o qual teve seu território povoado por volta de 1876, com o desenvolvimento da agropecuária e do comércio. Atualmente conta com um rebanho representativo de bovinos, caprinos e ovinos e com significativa produção agrícola.[carece de fontes?]

No ano de 1885, na fazenda titulada Lagoa do Monte Alegre, marca a chegada do fundador João Francisco de Lima junto de sua esposa Maria Hermelina da Conceição e seus 14 filhos. Pertencentes das terras da Boa Vista onde se edificou 4 casas: a do Fundador, uma de Joãozinho Matias, uma de Sebastião Lima e Joaquim Lima e uma de Antônio Jorge da Silva (Vulgo Antônio Bizor). Se dedicavam à agricultura, à pecuária e ao descortiçamento das matas, também participavam de festejos religiosos como o de Santo Antônio e Santa Rita, que vinha por tradição familiar.[carece de fontes?]

No ano de 1888 iniciava-se as celebrações das missas na casa do fundador. Os festejos eram realizados na casa de Joãozinho Matias e sua esposa Maria Mocinha. As missas eram realizadas pelo padre João Gilberto, e foi até o ano de 1906, mesmo ano que faleceu o fundador. A partir daí as missas passaram a ser celebradas na casa de Joaquim Lima, depois na casa de Antônio Bizor até o ano de 1915. A partir de 1916 as missas continuaram a ser realizadas na igreja, que tinha sido edificada nesse mesmo ano, eram celebradas pelo segundo padre Altino, que também nesse mesmo ano realizou 4 casamentos: o de Tertulino Francisco dos Santos, o de Francisco José da Silva, o de Marcelino Silveira e o de Thiadolino Lima. O padre Altino e o padre Miguel ficaram na paróquia até o ano de 1920, e de 1920 a 1962 o padre Valdemar.[carece de fontes?]

Em 1919 já surgiam as casas de comércio: a venda de Antônio Bizor e a venda de Sebastião Lima Filho, em 1924 a loja de Francisco de Aliça, em 1925 a loja de Casimiro Souza, e assim foi se desenvolvendo o povoado.[carece de fontes?]

No ano de 1961, com a emancipação política do distrito vizinho (Presidente Jânio Quadros desmembrado de Condeúba), o território em que se localiza Maetinga não mais pertencia a Condeúba, passando então a fazer parte do município de Presidente Jânio Quadros, ao qual esteve atrelado até o ano de 1985, quando finalmente o distrito Monte Alegre conseguiu adquirir sua independência político-administrativa, passando a se chamar Maetinga, palavra de origem de Tupi-Guarani que significa Mae (Monte) e Tinga (alegria), representando assim o antigo nome do local, Monte Alegre.[carece de fontes?]

Era notório que na época do movimento de emancipação política de Maetinga, os líderes políticos de Presidente Jânio Quadros não aceitavam e muito menos apoiavam o movimento, não queriam a emancipação política do local. Os "coronéis" daquela cidade fizeram de tudo para tentar impedir o processo de emancipação, mais o movimento tomou proporções inimagináveis, a força do povo que queria a independência política-administrativa município cresceu bastante quanto então no ano de 1985, não pode mais ser contida.[carece de fontes?]

A população local sofria bastante quando era distrito de Presidente Jânio Quadros, pois praticamente nenhuma receita aqui era aplicada justamente para evitar o crescimento e fortalecimento do Distrito.[carece de fontes?]

Como já existia uma divisa distrital entre Jânio Quadros e Maetinga desde a época em que ambos pertenciam a Condeúba, existia a décadas uma população que se identificava como maetinguense, e assim a emancipação não pode ser contida,e é por isso que existe até os dias atuais uma grande rivalidade entre as Cidades acima mencionadas.[carece de fontes?]

Outros acontecimentos históricos[editar | editar código-fonte]

  • 1911: Falecimento de Maria Hermelina, esposa do fundador e primeira proprietária do antigo povoado;
  • 1910 a 1915: José Marcos de Oliveira foi o primeiro professor que lecionou, na casa de Antônio Bizor;
  • 1915: Acontece o sepulcro de Olímpio;
  • 1915 a 1920: Urgulino Francisco dos Santos foi o segundo professor que lecionou, na casa de Joãozinho Matias;
  • 1922: Construção do primeiro cemitério, por Sebastião Lima Filho;
  • 1926: Passou por Maetinga a Coluna Prestes, deslocando-se do sul para o norte do país, passando pelo povoado no dia 12 de Maio;
  • 1927: Acontece a primeira Feira Livre no dia 15 de janeiro. Ela foi programada pelos representantes da época, tais como os Capitães Exupério Lourenço de Lima (avô de Elói Ramos de Lima) e Domigos Vieira, Cândido Vieira Filho e o Coronel Rafael Chiacchio. A Feira havia sido abastecida e composta com produtos da região que eram conduzidos por transportes de tradição animal e cargueiros. Nessa mesma data nasceu João do Mucambo(Conhecido popularmente como Janga);
  • 1930: No dia 30 de setembro, o primeiro veículo motorizado que visita a feira, um Fordinho fabricado no ano de 1929 de propriedade do Coronel Candido Silveira (de Aracatu), que estava sendo conduzido por Nandim de Alfere Rodrigo;
  • 1936: Surge o primeiro aparelho sonoro. Um rádio à bateria, que era de Casimiro Souza;
  • 1937: Primeiro médico que deu assistência no povoado foi Doutor Apolônio (de Feira de Santana – BA);
  • 1951 a 1953: O povoado Monte Alegre passou a ser Distrito Policial, quando edificou a subdelegacia de polícia, e havendo antes autoridades, os que prestava serviços policiais, como o Subdelegado de policia Rafael Barros. E pelo poder legislativo, como o vereador Rafael Chacchio.

Mais precisamente Pela lei estadual nº 628, de 30 de dezembro de 1953, é criado o distrito de Maetinga (ex-povoado de Monte Alegre), com terras desmembradas do distrito de Joanina e anexado ao município de Condeúba.

  • 1985: O Povoado Monte Alegre passou a ser Distrito de Paz. Pelo o fato de deixar de ser povoado e passar a ser “cidade”, seu nome foi mudado de Monte Alegre para Maetinga, buscando a origem indígena Tupi-Guarani, onde MAE quer dizer Monte e TINGA quer dizer Alegria.
  • 1985: Primeira eleição para Prefeito, Vice-Prefeito e Vereadores. Itamar Ferreira Dutra se torna o 1º prefeito do novo município.
  • 2006: Passa pela Cidade de Maetinga no dia 3 de Agosto de 2006 o Rally dos Sertões, na 8ª Etapa de Brumado(ba) à Candido Sales(ba), passando pela cidade.

Um deputado trabalhou pela emancipação de Maetinga, foi Naomar Alcântara (no governo de João Durval Carneiro) que depois foi substituído pelo deputado Edvaldo Lopes.

Alguns Dados do Município:

Hidrografia[editar | editar código-fonte]

  • Rio Riachão: um rio temporário ou grande riacho, que corta todo o município, com todos os riachos menores desaguando nele, o riachão possui um percurso de aproximadamente 60 km, desaguando no Rio Gavião no município de Caraíbas.
  • Riacho do Tabuleirinho: Também é um grande rio temporário que ao longo de seu percurso existem diversas represas, esse riacho também desagua no rio gavião ao sul do nosso município.
  • Riacho do São José: O riacho do são josé é pouco conhecido, mas também é um importante rio no município, nasce na região da fazenda Jatobá descendo sentido espinho, possui muitos afluentes por isso tem grande volume de água, no seu percurso possui duas grandes represas, a situada na fazenda de Lorinho e a Represa do São José. Mais a frente na região do Pau de Colher, esse rio recebe ainda outros grandes afluentes que são os riachos que nascem de traz das serras da lagoinha/tamburi/pau-ferro. Desagua no rio Gavião.
  • Nascentes: Em Maetinga possui inúmeras nascentes ou os chamados "brejos do sertão" que nascem por um afloramento de um lençol freático presente na região, não é atoa que o local antes se chamava Olho D`água, pois possuía e possui várias minações d`água, onde a água brota da terra.

Organização Político-Administrativa[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Lista de prefeitos de Maetinga

O Município de Maetinga possui uma estrutura político-administrativa composta pelo Poder Executivo, chefiado por um Prefeito eleito por sufrágio universal, o qual é auxiliado diretamente por secretários municipais nomeados por ele, e pelo Poder Legislativo, institucionalizado pela Câmara Municipal de Maetinga, órgão colegiado de representação dos munícipes que é composto por 9 vereadores também eleitos por sufrágio universal.[8]

Atuais autoridades municipais de Maetinga[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. IBGE (10 out. 2002). «Área territorial oficial». Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Consultado em 5 de dezembro de 2010 
  2. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). «Meio Ambiente». Consultado em 28 de fevereiro de 2023 
  3. «Estimativa populacional 2021 IBGE». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 28 de agosto de 2021. Consultado em 28 de janeiro de 2023 
  4. «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil». Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2010. Consultado em 25 de agosto de 2013 
  5. a b «Produto Interno Bruto dos Municípios - 2010 à 2017». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 22 de dezembro de 2019 
  6. «Maetinga (BA) | Cidades e Estados | IBGE». www.ibge.gov.br. Consultado em 19 de dezembro de 2022 
  7. https://ftp.ibge.gov.br/Estimativas_de_Populacao/Estimativas_2021/estimativa_dou_2021.xls
  8. MEIRELLES, Hely Lopes. Direito municipal brasileiro. 18. ed. São Paulo: Malheiros, 2017.
  9. a b «Prefeita e vereadores de Maetinga tomam posse; veja lista de eleitos». G1. Consultado em 14 de junho de 2022 
  10. Câmara Municipal de Maetinga. «Mesa diretora». Consultado em 14 de junho de 2022 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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