Itagimirim
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Município do Brasil | |||
Vista parcial da cidade de Itagimirim | |||
Símbolos | |||
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Hino | |||
Gentílico | itagimiriense | ||
Localização | |||
Localização de Itagimirim na Bahia | |||
Localização de Itagimirim no Brasil | |||
Mapa de Itagimirim | |||
Coordenadas | |||
País | Brasil | ||
Unidade federativa | Bahia | ||
Municípios limítrofes | Itapebi e Eunápolis (Bahia), Itarantim e Salto da Divisa (Minas Gerais) | ||
Distância até a capital | 600 km | ||
História | |||
Fundação | 23 de abril de 1962 (60 anos) | ||
Administração | |||
Prefeito(a) | Luiz Carlos Júnior Silva de Oliveira[1] (PODE, 2021 – 2024) | ||
Características geográficas | |||
Área total [2] | 817,306 km² | ||
População total (est. IBGE/2020[3]) | 6 825 hab. | ||
Densidade | 8,4 hab./km² | ||
Clima | Seco | ||
Fuso horário | Hora de Brasília (UTC−3) | ||
Indicadores | |||
IDH (PNUD/2010[4]) | 0,634 — médio | ||
PIB (IBGE/2008[5]) | R$ 38 064,235 mil | ||
PIB per capita (IBGE/2008[5]) | R$ 5 300,69 | ||
Sítio | itagimirim.ba.gov.br (Prefeitura) |
Itagimirim[nota 1] é um município brasileiro do estado da Bahia. Sua população estimada em 2020 foi de 6.825 habitantes.[3]
Geografia[editar | editar código-fonte]
Itagimirim faz fronteira com Eunápolis, Itapebi, Itarantim e Salto da Divisa no Estado de Minas Gerais. Possui uma área de 876,799 km2 e está localizado a 600 km de Salvador, capital do Estado e a 34 km de Eunápolis, sede da região administrativa mais próxima. A sede da cidade localiza-se a 200 metros de altitude, tem sua posição geográfica determinada pelo paralelo de 16°05’ da latitude Sul em sua interseção com o meridiano 39º36’ de longitude Oeste.
O tipo climático da Região é úmido a subúmido e seco a subúmido. A temperatura media anual é de 23,2 °C, sendo a máxima de 28,7 °C e a mínima 19, 4 °C. O período chuvoso é de novembro a janeiro, a região possui médio risco de seca e está inserida no polígono das secas em zero percentual. O solo possibilita aptidão regular e restrita para lavoura. A vegetação predominante de Floresta Ombrófila Densa e Floresta Ombrófila Aberta. O relevo apresenta chãs Pré-Litorânes e depressões de Itabuna – Itapetinga. A ocorrência mineral é de Fluorita, mica cianita, água-marinha, urmalina, quartzo, pedra para construção, berilo. Destaca-se a bacia hidrográfica do Jequitinhonha com seus principais rios sendo o Rio Jequitinhonha, Rio Limoeiro e Rio da Prata.
História[editar | editar código-fonte]
No final do século XIX, vindo de Minas Gerais de canoa através do Rio Jequitinhonha, o jovem Gregório Teixeira chegou ao povoado de Cachoeirinha, município de Belmonte, na Bahia e aceitou uma proposta para trabalhar com o coronel Juca de Vicente. O ano era 1899. O coronel, reconhecendo a dedicação e valentia de Gregório, doou-lhe um pedaço de terra junto a um pequeno rio, que ele denominou de Limoeiro. Ali, Gregório teve que brigar com fazendeiros, índios e onças para garantir o direito de permanecer naquela beira de rio, onde construiu o primeiro rancho do lugar. Assim nascia o futuro arraial denominado de Manguinha, depois Manga do Limoeiro, que se tornou ponto de apoio aos exploradores do Jacarandá.
Em um pedaço de terra à beira do Limoeiro, Domingo Vencedor construiu as primeiras casas e dona Ernestina Abraão instalou a primeira venda. Nos anos 40 fizeram um barracão para fins comerciais, onde hoje funciona a Câmara de Vereadores, fornecendo aos homens que trabalhavam na exploração da madeira, gêneros alimentícios, utensílios e ferramentas. Posteriormente, tornou-se ponto de pouso para tropeiros que faziam comércio entre Minas Gerais e o extremo sul da Bahia. Por esta época Darwin Abraão, filho da professora Ernestina, era o administrador do povoado, tendo aberto uma farmácia e instalado seis lampiões de gás na rua principal, sendo o vaqueiro e cantador Merenciano contratado para acender os lampiões todo final de tarde. Com o aumento da extração e comércio do jacarandá o povoado passou a se chamar São Domingo e quando Pedra Branca passou a distrito de Belmonte, São Domingo novamente mudou de nome, passando a se chamar Itagi, já nos anos 50.
Em 1959 chegou a Itagi o coletor Othoniel Ferreira dos Santos para instalar a recém criada Coletoria Estadual. Natural de Belo Campo (município de Vitória da Conquista), Othoniel chegou ao povoado de Itagi em dezembro de 1959 acompanhado de 27 cavaleiros e logo começou a difundir a ideia da emancipação política aos moradores da localidade, que adotaram a causa e decidiram pela emancipação através de um plebiscito, cujo projeto foi de autoria do deputado estadual Vespasiano Dias e por meio da Lei número 1.687, publicada no Diário Oficial do dia 26 de Maio de 1962, foi criado o município de Itagimirim.
A primeira eleição foi disputada entre o coletor Othoniel Ferreira dos Santos e o fazendeiro Daniel Vargens. Num processo eleitoral marcado por subornos e ameaças, ao estilo dos velhos coronéis da política, o fazendeiro Daniel conseguiu inverter o resultado das eleições vencida nas urnas por Othoniel, e sagrou-se vencedor graças à decisiva intervenção do juiz eleitoral que dizia que sua caneta se chamava bailarina e dançava de acordo com o ritmo das moedas.
Para a eleição municipal de 1966, o nome de Othoniel surgiu naturalmente e enfrentando o candidato dos fazendeiros, ele venceu com ampla margem de votos, porém, através de uma nova manobra política urdida entre o ex-prefeito e lideranças da antiga sede do município, Itapebi, eles conseguiram anular a emancipação e impediram a posse de Othoniel Ferreira, que teve que se mobilizar junto ao governo do Estado e com a questão judicializada teve que ir ao Supremo Tribunal Federal em Brasília para garantir a emancipação e o sonho de liberdade do povo de Itagimirim.
Com a quase totalidade das ruas calçadas e com rede de esgoto, praças arborizadas, com praticamente nenhuma criança fora da escola, atendimento médico preventivo nas residências de famílias pobres, nos anos 80 Itagimirim recebeu o título de “Cidade Modelo”
Fonte[editar | editar código-fonte]
GUERRA, T. A. Itagimirim: Dados e informações para estudantes. Itagimirim: 2004.
SANTOS, Othoniel Ferreira dos. Itagimirim: Minha vida é aqui. Goiânia: Kelpes, 2017.
Notas
Referências
- ↑ «Eleição para prefeitura de Itagimirim». Cidade Brasil. Consultado em 24 de abril de 2021
- ↑ IBGE (10 out. 2002). «Área territorial oficial». Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Consultado em 5 de dezembro de 2010
- ↑ a b IBGE. «Estimativa Populacional de 2020». Consultado em 25 de setembro de 2020
- ↑ «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil». Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2010. Consultado em 25 de agosto de 2013
- ↑ a b «Produto Interno Bruto dos Municípios 2004-2008». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 11 de dezembro de 2010