Abaiube Alançari: diferenças entre revisões

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Revisão das 20h50min de 29 de novembro de 2011

Abu Ayyub al-Ansari
Outros nomes
  • Khalid ibn Zayd ibn Kulayb in Yathrib
  • Khalid ibn Zayd ibn Kulayb ibn Tha'laba
  • Khalid bin Zaid bin Kulayb
  • Khalid ibn Zayd ibn Kulayb an-Najjari
  • Ebu Eyyûb el-Ensarî
  • Ebu Eyyûb Halid bin Zeyd
  • Eyüp Sultan (turco)
Nascimento 576 (1448 anos)
Medina
Morte 674 (98 anos)
Constantinopla
Causa da morte disenteria
Etnia Árabe
Ocupação Sahaba (companheiro de Maomé) e militar
Principais trabalhos
Religião Islão
Türbe (mausoléu) de Abu Ayyub al-Ansari em Istambul, Turquia

Abu Ayyub al-Ansari (em árabe: أبو أيوب الأنصاري; em turco: Ebu Eyyûb el-Ensarî ou Eyüp Sultan) (Medina, 576? — Constantinopla, 672 ou 674?) foi um dos companheiros (الصحابه; sahaba) de Maomé e um dos ansar (الأنصار), ou seja, ajudante ou patrono da história muçulmana primitiva, ou um dos que apoiaram Maomé depois da Hégira (migração) para Medina em 622. "Abu Ayyub" significa "Pai de Ayyub".

O nome de nascimenro de Abu Ayyub era Khalid ibn Zayd ibn Kulayb in Yathrib ou Khalid ibn Zayd ibn Kulayb ibn Tha'laba (عوف بن غنم بن مالك بن النجار الأنصاري الخزرجي). Era membro do clã de judeus Banu Najjar, da tribo Banu Khazraj, com a qual Maomé era aparentado. A sua fama está ligada à sua qualidade de muhaddis (estudioso do hadith, a história e direito islâmicos) e foi popularizado por um grande número de hadiths ("episódios") realcionados com o Profeta e a devoção a este. Abu Ayyub foi um dos primeiros convertidos.

Quando Maomé chegou a Medina, todos os habitantes daquela cidade lhe ofereceram alojamento, mas ele quis ficar com os Banu Najjar, com os quais eles era vagamente aparentado. Depois de ter indagado quem poderia ser o seu familiar mais próximo entre os Banu Najjar, Maomé foi apresentado a Abu Ayyub al-Ansari, com que ficaria durante sete meses.[1] Segundo outra versão, Abu Ayyub foi dos primeiros habitantes de Medina a oferecer a sua casa a Maomé. A casa do profeta em Medina foi construída ao lado da de Abu Ayyub, onde também se ergueu a primeira mesquita do Islão, onde está sepultado Maomé e os dois primeiros califas.

A figura de Abu Ayyub também aparece na história de Safiyya bint Huyyay ibn Akhtab, uma mulher judia capturada pelas tropas de Maomé durante o ataque a Khaybar que foi levada à presença do profeta como parte do saque. Na noite do casamento de Safiyya com Maomé, Abu Ayyub al-Ansari ficou de guarda à tenda do casal; quando a meio da noite Maomé viu Abu Ayyub andar de um lado para o outro perguntou-lhe o que andava a fazer, tendo Abu Ayyub respondido que "Tinha receio por ti com esta jovem mulher. Tu mataste o seu pai, o seu marido e muitos dos seus familiares, e até recentemente ela não era crente. Eu estava muito receoso por ti por causa desta mulher".

Abu Ayyub teve igualmente uma carreira militar de relevo. Dele se disse: «não esteve ausente de nenhuma batalha que os muçulmanos combateram desde o tempo e Maomé até ao tempo de Muawiyah I a não ser que estivesse envolvido noutra ao mesmo tempo.»[2] Entre outras, participou nas batalhas de Badr, Uhud e da Trincheira (al-Khandaq ou Cerco a Medina).

Participou igualmente na conquista muçulmana do Egito liderada por Amr ibn al-As (عمرو ابن العاص), após o que o califa Ali o convidou para ser governador, cargo que ele recusou para ir apoiar os muçulmanos do Iraque, onde participou em todas as batalhas comandadas por Ali. Durante o reinado de Muawiyah esteve num ataque a Chipre.

Segundo outras fontes, Abu Ayyub viveu durante algum tempo numa casa em Fustat, então a capital do Egito, adjacente à mesquita de 'Amr ibn al-'As, cuja construção terminou em 642. Vários companheiros notáveis do profeta eram seus vizinhos, incluindo Zubayr ibn al-Awam, Ubaida, Abu Zar, Abdullah ibn Umar e Abdullah ibn Amr bin Al'aas.[3]

Última campanha militar

Fachada do türbe de Abu Ayyub al-Ansari (Eyüp Sultan)

Muhammad ibn Jarir al-Tabari regista que no ano 49 do calendário islâmico (9 de fevereiro de 669 a 28 de janeiro de 670) ocorreram diversos de ataques contra o Império Bizantino, incluindo o Cerco de Constantinopla de 674, comandado pelo filho de Muawiyah, Yazid. Abu Ayyub encontrava-se entre os notáveis referidos como acompanhantes de Yazid. Era já um ancião, mas isso não o impedia de se alistar. Depois de ter participado brevemente nos combates, adoeceu com disenteria e teve que se retirar. Yazid foi ter com ele e perguntou-lhe: "Precisas de alguma coisa, Abu Ayyub?", a que Abu Ayyub respondeu: "Transmite os meus salaams (despedidas islâmicas) aos exércitos muçulmanos e diz-lhes que Abu Ayyub os exorta a penetrar profundamente no território do inimigo, tanto quanto conseguirem, e que o carreguem e o enterrem debaixo dos seus pés junto às Muralhas de Constantinopla". Após dizer isto, Abu Ayyub deu o seu último suspiro. O exército muçulmano cumpriu o seu pedido e empurrou as forças inimigas até às muralhas, onde Abu Ayyub foi sepultado.

Logo após a conquista de Constantinopla pelos otomanos no século XV, o sultão otomano vitorioso Mehmed II mandou construir um türbe (mausoléu) sobre o que se pensava ser a sepultura de Abu Ayyub e foi erigida uma mesquita em sua honra, a Mesquita de Eyüp Sultan, no distrito que também tem o seu nome (Eyüp). A área tornou-se um local sagrado para os muçulmanos e muitos dignitáriosotomanos pediram para ter as suas sepulturas perto da de Abu Ayyub, no cemitério que a lhes estava reservado.

Referências

  1. Narração Anas bin Malik, Sahih Bukhari, vol. 5, livro 58, nº 269
  2. Muhammad ibn Saad, Kitab at-Tabaqat al-Kabir (O Grande Livro das Gerações)
  3. Masud ul-Hasan, Hadrat 'Umar Farooq, Islamic Publications Ltd. Lahore 1982

Notas e bibliografia

O Commons possui uma categoria com imagens e outros ficheiros sobre Mausoléu de Abu Ayyub al-Ansari
  • Ali ibn al-Athir. Usd al-ghāba fi maʿrifat al-Ṣahāba. [S.l.: s.n.] 
  • Gabrieli, Francesco (1982). Maometto in Europa (em italiano). Milão: Mondadori 
  • «9. Abu Ayyub Al-Ansari (R.A.)». alislaah2.tripod.com (em inglês). Al-Islaah Publications. Consultado em 11 de agosto de 2011. Arquivado do original em 19 de fevereiro de 2009