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'''Clotário II''' ([[Junho]] de [[584]] — [[18 de Outubro]] de [[629]]) (em [[língua francesa|francês]] ''Clotaire II''), chamado '''o Grande''' ou '''o Jovem''', rei de [[Nêustria]] e a partir de 613 a 629 rei de todos os [[francos]]. Ainda não havia nascido quando seu pai, o rei [[Chilperico I]], morreu em 584. Sua mãe, a rainha [[Fredegunda]], foi regente até morrer em 597, passando então Clotário II a governar aos 13 anos. Como rei, ele continuou a contenda de sua mãe com a rainha [[Brunilda de Austrásia|Brunilda]] com igual crueldade e derramamento de sangue. |
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Em 599 entrou em guerra contra seus primos, [[Teodorico II]] da [[Borgonha]] e [[Teodeberto II]] da [[Austrásia]], que o derrotaram em Dormelles. A partir daí, no entanto, os dois irmãos entraram em guerra entre si. Em 605, ele invadiu o reino de Teodorico, mas não o subjugou. Clotário manteve o estado de guerra com Teodorico até este morrer em [[Metz]] em 613, enquanto preparava uma campanha na guerra entre eles. Nesse momento, [[Warnachar II|Warnachar]], [[prefeito do palácio]] de Austrásia, e Rado, prefeito do palácio da Borgonha, abandonaram a causa de Brunilda e de seu bisneto, [[Sigeberto II]], e o reino inteiro foi entregue nas mãos de Clotário. Brunilda e Sigeberto encontraram o exército de Clotário em [[Aisne (departamento)|Aisne]], mas o patrício Aleteu, o duque Rocco e o duque Sigivaldo abandonaram seu senhor e sua bisavó, levando seu rei a ter que fugir. |
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Revisão das 15h09min de 26 de março de 2012
Clotário II | |
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Rei de todos os francos (613-629) | |
Rei da Nêustria (584-629) | |
Nascimento | junho de 584, Cambrai |
Morte | 18 de outubro de 629 (45 anos) |
Sepultura | Saint-Germain-des-Prés |
Clotário II (Junho de 584 — 18 de Outubro de 629) (em francês Clotaire II), chamado o Grande ou o Jovem, rei de Nêustria e a partir de 613 a 629 rei de todos os francos. Ainda não havia nascido quando seu pai, o rei Chilperico I, morreu em 584. Sua mãe, a rainha Fredegunda, foi regente até morrer em 597, passando então Clotário II a governar aos 13 anos. Como rei, ele continuou a contenda de sua mãe com a rainha Brunilda com igual crueldade e derramamento de sangue.
Em 599 entrou em guerra contra seus primos, Teodorico II da Borgonha e Teodeberto II da Austrásia, que o derrotaram em Dormelles. A partir daí, no entanto, os dois irmãos entraram em guerra entre si. Em 605, ele invadiu o reino de Teodorico, mas não o subjugou. Clotário manteve o estado de guerra com Teodorico até este morrer em Metz em 613, enquanto preparava uma campanha na guerra entre eles. Nesse momento, Warnachar, prefeito do palácio de Austrásia, e Rado, prefeito do palácio da Borgonha, abandonaram a causa de Brunilda e de seu bisneto, Sigeberto II, e o reino inteiro foi entregue nas mãos de Clotário. Brunilda e Sigeberto encontraram o exército de Clotário em Aisne, mas o patrício Aleteu, o duque Rocco e o duque Sigivaldo abandonaram seu senhor e sua bisavó, levando seu rei a ter que fugir.
Nesse ano (613), Clotário II tornou-se o primeiro rei de todos os francos desde seu avô Clotário I morto em 561 por ordenar a morte de Sigeberto II (filho de Teodorico), a quem Brunilda tinha tentado colocar no trono de Austrásia e da Borgonha, causando uma rebelião entre os nobres. Isto levou à entrega de Brunilda a Clotário e seu desejo de vingança levou sua temível tia à prolongada agonia da tortura por três dias, antes de uma morte horrível, acorrentada entre quatro cavalos que foram açoitados em quatro direções, rasgando o seu corpo.
Em 615, Clotário II promulgou o Édito de Paris, uma espécie de Magna Carta que reservava muitos direitos aos nobres francos enquanto escluía os judeus de qualquer trabalho ou atividade civil para a Coroa. A proibição efetivamente estabeleceu que toda a alfabetização na monarquia merovíngia estaria sob controle eclesiástico e também englobaria a nobreza, que geralmente fornecia os candidatos a bispo. Clotário foi induzido por Warnachar e Rado a tornar a prefeitura do palácio uma nomeação vitalícia em Bonneuil-sur-Marne, proximo a Paris, em 617. Por estas ações, Clotário perdeu sua própria capacidade legislativa e o grande número de leis promulgadas no seu reino são provavelmente o resultado de petições da nobreza, que o rei sem ter autoridade acatou.
Em 623, ele entregou o reino da Austrásia para seu filho mais jovem Dagoberto I. Isto foi um ato político como recompensa pela ajuda do bispo Arnulfo de Metz e de Pepino I, prefeito do palácio da Austrásia, os dois liderando a nobreza austrasiana, a quem efetivamente foi concedida uma semi-autonomia.
Clotário II morreu em 629 após 45 anos de reinado, o mais longo da dinastia merovíngia. Ele deixou a coroa com o poder enormemente reduzido e preparou o caminho para a ascensão dos prefeitos do palácio e para o surgimento dos rois fainéants.
Pais
♂ Chilperico I (◊ 539 † 584)
♀ Fredegunda (◊ 545 † 597)
Casamentos e filhos
- em 599 com Haldetrude (◊ ? † 604)
- ♂ Meroveu (◊ 599 † ?)
- em 602 com Bertrude (◊ c. 590 † c. 618) filha de Rocomero da Borgonha
- ♂ Dagoberto I (◊ 604 † 639)
- ♂ Cariberto II (◊ c. 606 † 632)
- em 619 com Sichilde (◊ c. 590 † depois de 627)
- ♂ Eteraldo (◊ ? † ?)
- ♂ ? morreu ainda criança