Partido Democrata Cristão (1945): diferenças entre revisões

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O '''Partido Democrata Cristão''' ('''PDC''') foi fundado em [[São Paulo]] por [[Antônio Cesarino Júnior]] em [[9 de julho]] de [[1945]]. Teve expressão eleitoral média e filiados ilustres como [[Queirós Filho]], [[André Franco Montoro]], [[Plínio de Arruda Sampaio]] e o ex-presidente [[Jânio Quadros]], tendo sido extinto pelo [[Regime Militar de 1964]], por meio do [[Ato Institucional Número Dois]] - o AI-2, de [[27 de outubro]] de [[1965]].
O '''Partido Democrata Cristão''' ('''PDC''') foi fundado em [[São Paulo]] por [[Antônio Cesarino Júnior]] em [[9 de julho]] de [[1945]]. Teve expressão eleitoral média e filiados ilustres como [[Queirós Filho]], [[Carlos Alberto Alves de Carvalho Pinto]], [[André Franco Montoro]], [[Plínio de Arruda Sampaio]] e o ex-presidente [[Jânio Quadros]], tendo sido extinto pelo [[Regime Militar de 1964]], por meio do [[Ato Institucional Número Dois]] - o AI-2, de [[27 de outubro]] de [[1965]].

Fundado sob os princípios da [[democracia cristã]], notadamente em sua versão italiana (que passou a governar o país após o fim do [[fascismo]]), era um partido [[conservadorismo|conservador]] moderado, com majoritária expressão em [[São Paulo]] e sem grande força nas demais unidades da federação. Ganhou tal força regional graças à liderança populista de [[Jânio Quadros]], o principal nome da história do PDC. Governou São Paulo por oito anos ([[1955]] a [[1963]], com Jânio e Carvalho Pinto) e era o partido de Jânio quando de sua passagem pela [[Presidência da República]] em [[1961]]. Suas mais frequentes alianças eram com a [[União Democrática Nacional]] e sua principal rivalidade nas urnas era com o [[Partido Social Progressista]], presidido por [[Adhemar de Barros]].


Foi refundado em julho de 1985 logo após a restauração do poder aos civis tendo disputado eleições até ser fundido ao [[Partido Democrático Social]] (PDS) para formar o [[Partido Progressista Reformador]] (PPR) em 1993, depois renomeado [[Partido Progressista Brasileiro]] (PPB) resultado de outra fusão com o Partido Progressista liderado por [[Álvaro Dias]]. Afinal, mudou esta sigla para o atual [[Partido Progressista (Brasil)|Partido Progressista]] (PP). Disputou as eleições parlamentares de 1986 quando elegeu cinco deputados federais e de 1990 quando elegeu dois senadores e vinte e dois deputados federais. O curioso é que o maior lastro eleitoral do partido veio do estado de [[Goiás]] resultado da liderança política do então deputado federal [[José Wilson Siqueira Campos]], tanto que dos cinco deputados federais eleitos em 1986 três vieram das urnas goianas. O domínio de Siqueira Campos nas urnas foi confirmado em 1988 quando este foi eleito governador do recém-criado estado do [[Tocantins]] e consigo elegeu os senadores [[Antônio Luís Maia]] e [[Moisés Abrão]].
Foi refundado em julho de 1985 logo após a restauração do poder aos civis tendo disputado eleições até ser fundido ao [[Partido Democrático Social]] (PDS) para formar o [[Partido Progressista Reformador]] (PPR) em 1993, depois renomeado [[Partido Progressista Brasileiro]] (PPB) resultado de outra fusão com o Partido Progressista liderado por [[Álvaro Dias]]. Afinal, mudou esta sigla para o atual [[Partido Progressista (Brasil)|Partido Progressista]] (PP). Disputou as eleições parlamentares de 1986 quando elegeu cinco deputados federais e de 1990 quando elegeu dois senadores e vinte e dois deputados federais. O curioso é que o maior lastro eleitoral do partido veio do estado de [[Goiás]] resultado da liderança política do então deputado federal [[José Wilson Siqueira Campos]], tanto que dos cinco deputados federais eleitos em 1986 três vieram das urnas goianas. O domínio de Siqueira Campos nas urnas foi confirmado em 1988 quando este foi eleito governador do recém-criado estado do [[Tocantins]] e consigo elegeu os senadores [[Antônio Luís Maia]] e [[Moisés Abrão]].

Revisão das 22h12min de 18 de outubro de 2012

 Nota: Se procura o partido recriado em 1985 e extinto em 1993 para formar o PPR, veja Partido Democrata Cristão (1985-1993).

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Partido Democrata Cristão (1945-1965)
Fundação 1945
Ideologia Democracia cristã

O Partido Democrata Cristão (PDC) foi fundado em São Paulo por Antônio Cesarino Júnior em 9 de julho de 1945. Teve expressão eleitoral média e filiados ilustres como Queirós Filho, Carlos Alberto Alves de Carvalho Pinto, André Franco Montoro, Plínio de Arruda Sampaio e o ex-presidente Jânio Quadros, tendo sido extinto pelo Regime Militar de 1964, por meio do Ato Institucional Número Dois - o AI-2, de 27 de outubro de 1965.

Fundado sob os princípios da democracia cristã, notadamente em sua versão italiana (que passou a governar o país após o fim do fascismo), era um partido conservador moderado, com majoritária expressão em São Paulo e sem grande força nas demais unidades da federação. Ganhou tal força regional graças à liderança populista de Jânio Quadros, o principal nome da história do PDC. Governou São Paulo por oito anos (1955 a 1963, com Jânio e Carvalho Pinto) e era o partido de Jânio quando de sua passagem pela Presidência da República em 1961. Suas mais frequentes alianças eram com a União Democrática Nacional e sua principal rivalidade nas urnas era com o Partido Social Progressista, presidido por Adhemar de Barros.

Foi refundado em julho de 1985 logo após a restauração do poder aos civis tendo disputado eleições até ser fundido ao Partido Democrático Social (PDS) para formar o Partido Progressista Reformador (PPR) em 1993, depois renomeado Partido Progressista Brasileiro (PPB) resultado de outra fusão com o Partido Progressista liderado por Álvaro Dias. Afinal, mudou esta sigla para o atual Partido Progressista (PP). Disputou as eleições parlamentares de 1986 quando elegeu cinco deputados federais e de 1990 quando elegeu dois senadores e vinte e dois deputados federais. O curioso é que o maior lastro eleitoral do partido veio do estado de Goiás resultado da liderança política do então deputado federal José Wilson Siqueira Campos, tanto que dos cinco deputados federais eleitos em 1986 três vieram das urnas goianas. O domínio de Siqueira Campos nas urnas foi confirmado em 1988 quando este foi eleito governador do recém-criado estado do Tocantins e consigo elegeu os senadores Antônio Luís Maia e Moisés Abrão.

A influência de Siqueira junto ao corpo partidário foi confirmada dois anos mais tarde quando o PDC elegeu quatro deputados federais em Tocantins e mais quatro em Goiás, ou seja, mais de um terço da bancada democrata-cristã veio de áreas sob a sua influência política. Ainda em 1990 foram eleitos pela legenda os senadores Amazonino Mendes pelo Amazonas e Epitácio Cafeteira pelo Maranhão, que haviam sido eleitos governadores de seus respectivos estados pelo Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) quatro anos antes. Em convenção nacional realizada a 4 de abril de 1993 os filiados ao PDC decidiram pela fusão com o PDS para fundar o PPR, que nasceu com uma bancada de dez senadores e setenta e nove deputados federais.

A Democracia Cristã foi extremamente ativa nas décadas de 60 a 80 na América Latina com partidos organizados em dezenas de países como a Guatemala (DCG), Honduras (PDCH), Nicarágua (PSC), El Salvador (PDC), Panamá (PDC), Argentina (PDC), Paraguai (PDC), Uruguai (PDC, integrante da Frente Ampla), Bolívia (PDC), Venezuela (COPEI). Com maior sucesso, foi fundado no Chile um Partido Democrata Cristão (PDC) na década de 60, que continua ativo e elegeu diversos Presidentes, sempre pelo voto direto.

Fontes de pesquisa

  • ALAMANAQUE ABRIL 1986. 13ª edição. São Paulo, Editora Abril, 1986.
  • ALAMANAQUE ABRIL 1994. 21ª edição. São Paulo, Editora Abril, 1994.

Ligações externas

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