Joana Angélica: diferenças entre revisões

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
m Revertidas edições por 177.42.238.97 para a última versão por Geovani.s, de 14h58min de 3 de janeiro de 2013 (UTC)
Addbot (discussão | contribs)
m A migrar 1 interwikis, agora providenciados por Wikidata em d:q10306986
Linha 45: Linha 45:
[[Categoria:Independência da Bahia]]
[[Categoria:Independência da Bahia]]
[[Categoria:Mortos em 1822]]
[[Categoria:Mortos em 1822]]

[[eo:Joanna Angélica de Jesus]]

Revisão das 04h28min de 9 de abril de 2013

 Nota: Se procura o filme de Walter Lima Jr., veja Joana Angélica (filme).

Predefinição:Portal-bahia

Desenho representando Joana Angélica.

Sóror Joana Angélica de Jesus, registrada Joanna Angélica de Jesus (Salvador, 12 de dezembro de 176119 de fevereiro de 1822) foi uma religiosa concepcionista baiana, nascida no Brasil colônia, que morreu defendendo o Convento da Lapa em Salvador (Bahia) contra soldados portugueses.

Mártir da independência da Bahia

A freira

Desfile cívico revive o martírio de Joana Angélica
Caetité-BA, 2 de julho de 2007.

Joana Angélica era filha de José Tavares de Almeida e sua esposa, Catarina Maria da Silva. Aos vinte anos de idade, a 21 de abril de 1782, entrou para o noviciado no Convento de Nossa Senhora da Conceição da Lapa, na capital baiana.

Ali foi escrivã, mestra de noviças, conselheira, vigária e, finalmente, abadessa.

Ocupava a direção do Convento, em fevereiro de 1822, quando a cidade ardia de agitação contra as tropas portuguesas do brigadeiro Inácio Luís Madeira de Melo - que tinham vindo para Salvador desde o Dia do Fico.

Tumultos na ocupação portuguesa

Grande resistência opunham os nativos baianos: no ano anterior (1821) a cidade já tinha sido palco de revoltas. A posse de Madeira de Melo tinha sido obstada, em 18 de fevereiro, mas a superioridade das forças do Brigadeiro impingiram a derrota dos nativos.

Soldados e marinheiros portugueses se embriagam e cometem excessos pela cidade, comemorando e, a pretexto de perseguir eventuais "revoltosos" atacam casas particulares e, continuando a sanha desenfreada pelo dia seguinte, tomam as ruas e dirigem-se ao Convento da Lapa.

Ataque à Casa de Deus

Sólida construção colonial, ainda hoje existente na Capital Baiana, o Convento da Lapa compõe-se de uma clausura, cuja principal entrada é guarnecida por um portão de ferro.

Os gritos da soldadesca são ouvidos no interior. Imediatamente a Abadessa, pressentindo certamente objetivos da profanação da castidade de suas internas, ordena que as monjas fujam pelo quintal.

O portão é derrubado e, num gesto heroico, Joana Angélica abre a segunda porta, postando-se como último empeço à inusitada invasão.

Conta a tradição, reproduzida por diversos historiadores, que então exclamou:

Abrindo os braços, num gesto comovente, tenta impedir que os invasores passem. É, então, assassinada a golpes de baioneta - penetrando no sagrado recinto, onde encontram apenas o velho capelão, Padre Daniel da Silva Lisboa - a quem espancam a golpes de coronhas, deixando-o como morto.

Joana Angélica tornou-se, assim, a primeira mártir da grande luta que continuaria, até a definitiva libertação da Bahia, no ano seguinte, a 2 de julho, data efetiva da Independência da Bahia.