Basílica de São Vital: diferenças entre revisões

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
ajustes + infocaixa
Linha 3: Linha 3:
{{Sem infocaixa}}
{{Sem infocaixa}}
{{Ver desambig|a igreja homônima em [[Roma]]|Basílica de São Vital (Roma)}}
{{Ver desambig|a igreja homônima em [[Roma]]|Basílica de São Vital (Roma)}}
{{Info/Templo católico
[[Imagem:San Vitale Ravenna.jpg|thumb|300px|Basílica de São Vital.]]
|nome = Basílica de São Vital
|imagem = San Vitale Ravenna.jpg
|legenda = Basílica de São Vital
|autor = desconhecido
|construção = {{DC|525|x}} - {{DC|548|x}}
|padre =
|bispo =
|diocese =
|estilo arquitetônico = [[Arquitetura da Roma Antiga|Arquitetura romana]] e [[Arquitetura bizantina|bizantina]]
|localização= [[Ravena]], {{ITA}}
|tombamento = Parte de um sítio do [[Patrimônio Mundial]]
|órgão =
}}
A '''Basílica de São Vital''' ({{langx|it|''Basilica di San Vitale''}}) e o monumento mais famoso de [[Ravena]], [[Itália]] e um dos exemplos mais importantes de [[arte bizantina]] (e arquitetura) na [[Europa Ocidental]]. A basílica é uma das oito construções de Ravena consideradas [[Património Cultural da Humanidade]] pela [[UNESCO]]. É dedicada a [[Vital de Milão]].


A Basílica começou a ser construída em {{DC|525|x}}, sob ordem do bispo Eclésio, ainda no reinado do [[Ostrogodos|ostrogodo]] {{Lknb|Teodorico,|o Grande}} e foi concluída por Maximiniano em {{DC|548|x}}, durante o [[Exarcado de Ravena]], já há sete anos sob domínio do [[Império Bizantino]]. Não se sabe quem foi o arquiteto da obra.
A '''Basílica de São Vital''' ({{langx|it|''Basilica di San Vitale''}}) e o monumento mais famoso de [[Ravena]], [[Itália]] e um dos exemplos mais importantes de [[arte bizantina]] (e arquitetura) na [[Europa Ocidental]]. A basílica é uma das oito construções de Ravena consideradas [[Património Cultural da Humanidade]] pela [[UNESCO]]. É dedicada a [[São Vital de Milão]].


A igreja tem um plano octogonal. Combina elementos de [[Arquitetura da Roma Antiga|arquitetura romana]] (cúpula, forma dos vãos das portas) com elementos [[Arquitetura bizantina|bizantinos]] (abside poligonal, capiteis, tijolos estreitos). Contudo, a basílica é mais famosa por sua riqueza de [[mosaico]]s bizantinos, os maiores e mais bem preservados fora de [[Constantinopla]]. A Basílica é de extrema importância para a arte bizantina, visto que é a única grande igreja do período do imperador [[Justiniano]] que sobreviveu virtualmente intacta até hoje.
A Basílica começou a ser construída em [[525]], sob ordem do bispo Eclésio, ainda no reinado do [[Ostrogodos|ostrogodo]] {{Lknb|Teodorico,|o Grande}} e foi concluída por Maximiniano em [[548]], durante o [[Exarcado de Ravena]], já há sete anos sob domínio [[bizantino]]. Não se sabe quem foi o arquiteto da obra.


A construção foi patrocinada pelo banqueiro grego [[Juliano Argentário]], de quem pouco se sabe, exceto que também tinha patrocinado a construção da [[Basílica de Santo Apolinário em Classe]] na mesma época. O imperador bizantino Justiniano deve também ter patrocinado a obra como propaganda de seu governo, a fim de acelerar a incorporação de novos territórios ao império. O banqueiro Juliano Argentário é representado nos mosaicos na corte de dignitários de Justiniano, entre o imperador e o bispo.
A igreja tem um plano octogonal. Combina elementos de [[arquitetura romana]] (cúpula, forma dos vãos das portas) com elementos [[bizantinos]] (abside poligonal, capiteis, tijolos estreitos). Contudo, a basílica é mais famosa por sua riqueza de [[mosaico]]s bizantinos, os maiores e mais bem preservados fora de [[Constantinopla]]. A Basílica é de extrema importância para a arte bizantina, visto que é a única grande igreja do período do Imperador [[Justiniano]] que sobreviveu virtualmente intacta até hoje.


As séries de mosaicos representam sacrifícios do [[Antigo Testamento]]: a história de [[Abraão]] e [[Melquisedeque]], o sacrifício de [[Isaac]], a história de [[Moisés]], [[Jeremias]] e [[Isaías]], representações das 12 [[tribos de Israel]], [[Abel]], [[Caim]] e o [[Cordeiro de Deus]]. Há também mosaicos dos quatro [[Evangelista]]s, sob seus símbolos e todos vestidos de branco. Todos os mosaicos foram executados na tradição helenístico-romana: vívidos e imaginativos, com ricas cores e uma certa perspectiva, com vívidas representações da paisagem, plantas e pássaros.
A construção foi patrocinada pelo banqueiro grego [[Juliano Argentário]], de quem pouco se sabe, exceto que também tinha patrocinado a construção da [[Basílica de São Apolinário em Classe]] na mesma época. O imperador bizantino Justiniano deve também ter patrocinado a obra como propaganda de seu governo, a fim de acelerar a incorporação de novos territórios ao império. O banqueiro Juliano Argentário é representado nos mosaicos na corte de dignitários de Justiniano, entre o imperador e o bispo.


Ao pé da [[abside]] estão dos dois mosaicos mais famosos, executados em 548, com o Imperador Justiniano, vestido em branco e com um halo dourado, ao lado de sua corte. A semelhança da corte do imperador com [[Jesus]] e seus apóstolos marca a simbologia de que o [[Império Romano]] tinha se transformado no [[Teocracia|teocrático]] [[Império Bizantino]]. Do outro lado está a imperatriz [[Teodora (esposa de Justiniano)|Teodora]], solene e formal, também com um halo dourado, joias e sua corte. Esses mosaicos são praticamente os únicos exemplos que ainda existem de mosaicos seculares do Império Bizantino.
As séries de mosaicos representam sacrifícios do [[Velho Testamento]]: a história de [[Abraão]] e [[Melquisedeque]], o sacrifício de [[Isaac]], a história de [[Moisés]], [[Jeremias (profeta)|Jeremias]] e [[Isaías]], representações das 12 [[tribos de Israel]], [[Abel]], [[Caim]] e o [[Cordeiro de Deus]]. Há também mosaicos dos quatro [[Evangelista]]s, sob seus símbolos e todos vestidos de branco. Todos os mosaicos foram executados na tradição Helenística-Romana: vívidos e imaginativos, com ricas cores e uma certa perspectiva, com vívidas representações da paisagem, plantas e pássaros.

Ao pé da [[abside]] estão dos dois mosaicos mais famosos, executados em 548, com o Imperador Justiniano, vestido em branco e com um halo dourado, ao lado de sua corte. A semelhança da corte do imperador com Cristo e seus apóstolos marca a simbologia de que o Império de Roma tinha se transformado no Império [[Teocracia|teocrático]] bizantino. Do outro lado está a Imperatriz [[Teodora (século VI)|Teodora]], solene e formal, também com um halo dourado, jóias e sua corte. Esses mosaicos são praticamente os únicos exemplos que ainda existem de mosaicos seculares do [[Império Bizantino]].


A basílica foi a inspiração para que [[Filippo Brunelleschi]] projetasse a cúpula da [[Santa Maria del Fiore]], em [[Florença]].
A basílica foi a inspiração para que [[Filippo Brunelleschi]] projetasse a cúpula da [[Santa Maria del Fiore]], em [[Florença]].
Linha 21: Linha 33:
== Mosaicos ==
== Mosaicos ==
<center>
<center>
<gallery mode=packed caption=" " widths="125px" heights="125px">
<gallery>
Imagem:Mosaic of Justinian I - San Vitale - Ravenna 2016.jpg|<center>[[Justiniano I]]</center>
Imagem:Mosaic of Justinian I - San Vitale - Ravenna 2016.jpg|<center>[[Justiniano]]</center>
Imagem:Justinian.jpg|<center>[[Justiniano I]]</center>
Imagem:Justinian.jpg|<center>Justiniano</center>
Imagem: Meister von San Vitale in Ravenna 013.jpg|<center>[[Belisário]]</center>
Imagem: Meister von San Vitale in Ravenna 013.jpg|<center>[[Belisário]]</center>
Imagem:Mosaic of Theodora - San Vitale - Ravenna 2016 (3).jpg|<center>Imperatriz [[Teodora (esposa de Justiniano)|Teodora]]</center>
Imagem:Mosaic of Theodora - San Vitale - Ravenna 2016 (3).jpg|<center>[[Teodora (esposa de Justiniano)|Teodora]]</center>
</gallery>
</gallery>
</center>
</center>

Revisão das 22h33min de 25 de outubro de 2016

 Nota: Para a igreja homônima em Roma, veja Basílica de São Vital (Roma).
Basílica de São Vital
Basílica de São Vital
Basílica de São Vital
Estilo dominante Arquitetura romana e bizantina
Arquiteto desconhecido
Construção 525 d.C. - 548 d.C.
Website
Geografia
País Itália
Coordenadas 44° 25' 13" N 12° 11' 47" E

A Basílica de São Vital (em italiano: Basilica di San Vitale) e o monumento mais famoso de Ravena, Itália e um dos exemplos mais importantes de arte bizantina (e arquitetura) na Europa Ocidental. A basílica é uma das oito construções de Ravena consideradas Património Cultural da Humanidade pela UNESCO. É dedicada a Vital de Milão.

A Basílica começou a ser construída em 525 d.C., sob ordem do bispo Eclésio, ainda no reinado do ostrogodo Teodorico, o Grande e foi concluída por Maximiniano em 548 d.C., durante o Exarcado de Ravena, já há sete anos sob domínio do Império Bizantino. Não se sabe quem foi o arquiteto da obra.

A igreja tem um plano octogonal. Combina elementos de arquitetura romana (cúpula, forma dos vãos das portas) com elementos bizantinos (abside poligonal, capiteis, tijolos estreitos). Contudo, a basílica é mais famosa por sua riqueza de mosaicos bizantinos, os maiores e mais bem preservados fora de Constantinopla. A Basílica é de extrema importância para a arte bizantina, visto que é a única grande igreja do período do imperador Justiniano que sobreviveu virtualmente intacta até hoje.

A construção foi patrocinada pelo banqueiro grego Juliano Argentário, de quem pouco se sabe, exceto que também tinha patrocinado a construção da Basílica de Santo Apolinário em Classe na mesma época. O imperador bizantino Justiniano deve também ter patrocinado a obra como propaganda de seu governo, a fim de acelerar a incorporação de novos territórios ao império. O banqueiro Juliano Argentário é representado nos mosaicos na corte de dignitários de Justiniano, entre o imperador e o bispo.

As séries de mosaicos representam sacrifícios do Antigo Testamento: a história de Abraão e Melquisedeque, o sacrifício de Isaac, a história de Moisés, Jeremias e Isaías, representações das 12 tribos de Israel, Abel, Caim e o Cordeiro de Deus. Há também mosaicos dos quatro Evangelistas, sob seus símbolos e todos vestidos de branco. Todos os mosaicos foram executados na tradição helenístico-romana: vívidos e imaginativos, com ricas cores e uma certa perspectiva, com vívidas representações da paisagem, plantas e pássaros.

Ao pé da abside estão dos dois mosaicos mais famosos, executados em 548, com o Imperador Justiniano, vestido em branco e com um halo dourado, ao lado de sua corte. A semelhança da corte do imperador com Jesus e seus apóstolos marca a simbologia de que o Império Romano tinha se transformado no teocrático Império Bizantino. Do outro lado está a imperatriz Teodora, solene e formal, também com um halo dourado, joias e sua corte. Esses mosaicos são praticamente os únicos exemplos que ainda existem de mosaicos seculares do Império Bizantino.

A basílica foi a inspiração para que Filippo Brunelleschi projetasse a cúpula da Santa Maria del Fiore, em Florença.

Mosaicos

Ver também

O Commons possui uma categoria com imagens e outros ficheiros sobre Basílica de São Vital