José de Anchieta Júnior

José de Anchieta Júnior
José de Anchieta Júnior Foto oficial de governador de Roraima
Governador de Roraima
Período	11 de dezembro de 2007 4 de abril de 2014
Antecessor(a)	Ottomar Pinto
Sucessor(a)	Chico Rodrigues
Vice-governador de Roraima
Período	1º de janeiro de 2006 até 11 de dezembro de 2007
Governador	Ottomar Pinto
Dados pessoais
Nascimento	11 de março de 1965 Jaguaribe, Ceará
Morte	6 de dezembro de 2018 (53 anos) Boa Vista, Roraima
Partido	PSDB
Profissão	Engenheiro Civil
Assinatura

José de Anchieta Júnior (Jaguaribe, 11 de março de 1965 - Boa Vista, 6 de dezembro de 2018) foi um engenheiro e político brasileiro, filiado ao Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB). Elegeu-se em 2006 vice-governador do estado de Roraima na chapa de Ottomar Pinto pelo PSDB para o mandato de de 2007 a 2011. Com a morte do governador Ottomar Pinto, assumiu o governo do estado em 11 de dezembro de 2007. Reeleito em 2010, renunciou ao cargo de governador em 4 de abril de 2014 para ser candidato ao Senado.

Faleceu de um infarto em 6 de dezembro de 2018 em Boa Vista (RR).

Biografia

Em 1988, formou-se em Engenharia Civil pela Universidade Federal do Ceará (UFC).

Em 1991 chegou em Roraima, onde atualmente exerce o cargo de governador. Em 2004, assumiu seu primeiro cargo público como secretário de Estado de Infra-Estrutura de Roraima, além de assumir temporariamente a Secretaria de Estado de Articulação Municipal.

Foi presidente do Conselho Rodoviário Estadual e membro do Comitê Gestor para Assuntos Fronteiriços e se descompatibilizou de suas atividades públicas em março de 2006, para concorrer à vaga de vice-governador na chapa de Ottomar Pinto que disputaria a vaga para reeleição ao Governo de Roraima.

O período de gestão de José de Anchieta Jr. proporcionou o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de Roraima. Uma pesquisa de 2011 realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) atestou um crescimento econômico de 7,65%, colocando o estado com os números de maior crescimento na região Norte.

O governo Anchieta Júnior foi destaque na mídia nacional em 2011, depois que uma pesquisa realizada pelo Portal G1 apontou Roraima como um dos estados brasileiros com melhor remuneração para o professor de nível médio, com salário médio de R$ 2.099,47 por 25 horas semanais. Segundo a pesquisa, o maior salário do país, no Distrito Federal - no valor de R$ 3.121,96 – era referente a uma carga horária de 40 horas. No mesmo ano, a ONG Todos pela Educação também destacou Roraima como o segundo estado brasileiro com maior investimento no aluno da educação básica ao ano, com R$ 4.834, 43, para cada aluno.

Ações no Governo de Roraima

Como governador, Anchieta conseguiu junto ao Governo Federal uma ampla restauração da BR 174, ligando Roraima ao restante do país. Parte da obra foi feita com recursos do próprio Estado. Em sua gestão, também asfaltou mais de 400 km de estradas vicinais, ação inédita no Brasil; investiu em obras de infraestrutura e saneamento, fazendo de Boa Vista a primeira capital brasileira com 100% de água tratada, além de aumentar a coleta de esgoto de 18% para 70%. Até 2015, serão 80%. Na capital (Boa Vista, onde vivem cerca de 70% da população do Estado), fez parceria com a prefeitura, recuperando mais de 220 km de ruas.

Levou eletricidade para os demais municípios do Estado, onde a energia da hidrelétrica venezuelana de Guri antes não chegava. Ampliou a capacidade do Complexo de Jatapu e fez parceria com o Governo Federal para levar eletricidade ao campo através do Luz para Todos.^{[carece de fontes]}

Juntando a isso o asfaltamento das vicinais e das estradas estaduais, os 26.000 km de pontes recuperadas e as ações de incentivo à agricultura , Roraima viveu um salto histórico e inédito em sua produção.

No setor da habitação, entregou 2.250 casas e apartamentos e deixou quase 4.000 em construção.

Para a segurança, Anchieta contratou novos policiais por concurso, investiu em armamentos e viaturas e instalou câmeras de monitoramento na capital.

Anchieta modernizou a educação, investindo em qualidade de ensino, capacitação de professores e em mais de 160 laboratórios de informática para as escolas públicas. Também fez da Univirr (Universidade Virtual de Roraima) a única do País com polo de apoio presencial em todos os municípios do Estado e com conceito máximo (AA) do MEC.

Para a Educação Indígena, Anchieta construiu 11 escolas, reformou outras e criou, numa iniciativa inédita no país, um curso de licenciatura para formar professores indígenas para lecionar nessas escolas.

Na área social, criou ações de destaque nacional, como a Rede Viva, o Crédito Social e o Programa Cuidar.

Quando Anchieta assumiu o Governo, o Estado não recebia um novo leito hospitalar há 20 anos. Anchieta construiu o Hospital de Rorainópolis, com 35 leitos, e dobrou o número de leitos da UTI do HGR. Nossa maternidade também ganhou novos leitos de UTI neonatal e foi a terceira do país a ser considerada referência pelo Ministério da Saúde no Método Canguru, recebendo o Selo Amigo da Criança, do UNICEF.

Durante a gestão de Anchieta, Roraima liderou o ranking nacional como o Estado que mais cumpriu as metas do PAC, entregando, proporcionalmente, o maior número de obras no Brasil. Roraima ficou em 1º lugar no ranking nacional dos Estados que mais registraram abertura de empresas. Foi campeão brasileiro no crescimento do comércio varejista e o que mais cresceu na região Norte. Três de nossas escolas ficaram entre as seis melhores do país por três anos consecutivos. O piso salarial pago aos nossos educadores foi o mais alto do Brasil. Roraima ficou em 1º lugar em frequência escolar no ranking nacional.

Finalizou o ano de 2013 tengo gasto 865 milhões de reais a mais do que o Estado de Roraima arrecadou, o que gerou um déficit fiscal em relação ao PIB de 10,7 por cento, o maior entre os Estados. Ao finalizar o governo, deixou uma dívida de cerca de R$ 2 bilhões, valor que descapitaliza o Estado mensalmente em cerca de R$ 22 milhões para pagamento de juros e amortização.

Em 4 de abril de 2014, desincompatibilizou-se do Governo para lançar sua pré-candidatura ao Senado por Roraima. No dia 29 de Junho, sua candidatura foi oficializada após a Convenção do PSDB.

No pleito realizado em 5 de outubro de 2014, recebeu 48.309 votos para o cargo de senador por Roraima, equivalentes a 20,56 por cento do total de votos válidos. Com isso, terminou em 3º lugar, não sendo eleito.

Denúncias de corrupção

Em 2009, foi acusado pelo Ministério Público Eleitoral (MPE) de abuso de poder político, econômico, compra de votos, conduta vedada a agente público e fraude eleitoral nas eleições de 2006. O pedido de cassação foi protocolado originalmente contra o governador Ottomar Pinto, que havia sido reeleito para o cargo mas morreu em 2007. O processo então se manteve contra Anchieta, seu vice, que assumiu o governo. Após julgamento, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu rejeitar o pedido de cassação.

Em 2010, foi acusado de envolvimento em irregularidades nas obras de ampliação de rede elétrica no estado de Roraima. Orçado em 99 milhões de reais, o projeto obteve recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). No mesmo ano, o governador teve seu carro revistado pela Polícia Federal, que apurava a denúncia de que dois veículos do Executivo estadual estariam transportando dinheiro para compra de votos, porém nada foi encontrado.

Em 2011, Anchieta assumiu seu segundo mandato envolto em denúncias de irregularidades nas prestações de contas de campanha e acusações de compras de votos, que resultaram em sete pedidos de cassação. Em 11 de fevereiro do mesmo ano, teve seu mandato de governador cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) por usar a emissora de rádio do governo para se promover durante as eleições de 2010. Três dias depois, em 14 de fevereiro, o ministro Arnaldo Versiani, do TSE, concedeu uma liminar para mantê-lo no cargo. Em junho, após julgamento e votação, o TRE decidiu por manter a cassação.

Ligações externas

• Perfil oficial

Precedido por Ottomar Pinto

Governador de Roraima 2007 — 2014

Sucedido por Chico Rodrigues