Étienne Geoffroy Saint-Hilaire: diferenças entre revisões
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Após desistir da [[sacerdote|carreira eclesiástica]], estudou ciências naturais e graduou-se em direito, quando então conheceu o famoso naturalista [[Louis Daubenton]], que o convenceu a estudar medicina e a dedicar-se à pesquisa científica. Nomeado para a cátedra de Zoologia no Museu de História Natural (1793), publicou Histoire des Makis, ou singes de Madagascar (1798), em que expressou pela primeira vez suas ideias sobre a unidade da composição orgânica. |
Após desistir da [[sacerdote|carreira eclesiástica]], estudou ciências naturais e graduou-se em direito, quando então conheceu o famoso naturalista [[Louis Daubenton]], que o convenceu a estudar medicina e a dedicar-se à pesquisa científica. Nomeado para a cátedra de Zoologia no Museu de História Natural (1793), publicou Histoire des Makis, ou singes de Madagascar (1798), em que expressou pela primeira vez suas ideias sobre a unidade da composição orgânica. |
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Ao contrário do naturalista francês [[Georges Cuvier]], seu contemporâneo, o qual defendia que as espécies animais não haviam mudado desde a criação, ele acreditava na mutação das espécies, antecipando-se na teoria, às famosas teorias de [[Charles Darwin]]. Integrou a comissão científica de Napoleão ao Egito (1798), onde coletou grande número de espécimes e fundou o Instituto do Cairo. De volta a Paris, foi eleito membro da Academia de Ciências, que mais tarde passou a presidir. Nomeado catedrático de zoologia da Sorbonne (1809) passou a se dedicar aos estudos de anatomia comparada, porém acometido de cegueira, teve que abandonar suas atividades científicas, acadêmicas e administrativas (1840) pouco antes de sua morte, em Paris. Sua obra principal, ''Philosophie anatomique'' (1818-1822) gerou uma intensa polêmica com Cuvier. Como alguns de seus conceitos, no entanto, vêm sendo comprovados pela ciência moderna, é considerado o fundador da Embriologia. |
Ao contrário do naturalista francês [[Georges Cuvier]], seu contemporâneo, o qual defendia que as espécies animais não haviam mudado desde a criação, ele acreditava na mutação das espécies, antecipando-se na teoria, às famosas teorias de [[Charles Darwin]] e [[Alfred Russel Wallace]]. Integrou a comissão científica de Napoleão ao Egito (1798), onde coletou grande número de espécimes e fundou o Instituto do Cairo. De volta a Paris, foi eleito membro da Academia de Ciências, que mais tarde passou a presidir. Nomeado catedrático de zoologia da Sorbonne (1809) passou a se dedicar aos estudos de anatomia comparada, porém acometido de cegueira, teve que abandonar suas atividades científicas, acadêmicas e administrativas (1840) pouco antes de sua morte, em Paris. Sua obra principal, ''Philosophie anatomique'' (1818-1822) gerou uma intensa polêmica com Cuvier. Como alguns de seus conceitos, no entanto, vêm sendo comprovados pela ciência moderna, é considerado o fundador da Embriologia. |
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Seu filho, [[Isidore Geoffroy Saint-Hilaire]], foi um [[zoólogo]] de renome. |
Seu filho, [[Isidore Geoffroy Saint-Hilaire]], foi um [[zoólogo]] de renome. |
Revisão das 17h43min de 30 de julho de 2020
Étienne Geoffroy Saint-Hilaire | |
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Nascimento | 15 de abril de 1772 Étampes |
Morte | 19 de junho de 1844 (72 anos) Paris |
Batizado | 15 de abril de 1772 |
Residência | França |
Sepultamento | cemitério do Père-Lachaise, Grave of Geoffroy Saint-Hilaire |
Cidadania | França |
Cônjuge | Angélique-Jeanne-Louise-Pauline Brière de Mondétour |
Filho(a)(s) | Isidore Geoffroy Saint-Hilaire |
Irmão(ã)(s) | Marc-Antoine Geoffroy-Château |
Alma mater | |
Ocupação | biólogo, político, zoólogo, naturalista, ornitólogo |
Prêmios |
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Empregador(a) | Museu Nacional de História Natural |
Étienne Geoffroy Saint-Hilaire (Étampes, 15 de abril de 1772 — Paris, 19 de junho de 1844) foi um naturalista e zoólogo francês. É considerado o fundador da teratologia, ramo da medicina que estuda as malformações congênitas.
Biografia
Após desistir da carreira eclesiástica, estudou ciências naturais e graduou-se em direito, quando então conheceu o famoso naturalista Louis Daubenton, que o convenceu a estudar medicina e a dedicar-se à pesquisa científica. Nomeado para a cátedra de Zoologia no Museu de História Natural (1793), publicou Histoire des Makis, ou singes de Madagascar (1798), em que expressou pela primeira vez suas ideias sobre a unidade da composição orgânica.
Ao contrário do naturalista francês Georges Cuvier, seu contemporâneo, o qual defendia que as espécies animais não haviam mudado desde a criação, ele acreditava na mutação das espécies, antecipando-se na teoria, às famosas teorias de Charles Darwin e Alfred Russel Wallace. Integrou a comissão científica de Napoleão ao Egito (1798), onde coletou grande número de espécimes e fundou o Instituto do Cairo. De volta a Paris, foi eleito membro da Academia de Ciências, que mais tarde passou a presidir. Nomeado catedrático de zoologia da Sorbonne (1809) passou a se dedicar aos estudos de anatomia comparada, porém acometido de cegueira, teve que abandonar suas atividades científicas, acadêmicas e administrativas (1840) pouco antes de sua morte, em Paris. Sua obra principal, Philosophie anatomique (1818-1822) gerou uma intensa polêmica com Cuvier. Como alguns de seus conceitos, no entanto, vêm sendo comprovados pela ciência moderna, é considerado o fundador da Embriologia.
Seu filho, Isidore Geoffroy Saint-Hilaire, foi um zoólogo de renome.
Bibliografia
- (em francês) L'Expédition d'Égypte
- Nascidos em 1772
- Mortos em 1844
- Homens
- Oficiais da Ordem Nacional da Legião de Honra
- Membros da Academia de Ciências da França
- Membros da Academia de Ciências de Göttingen
- Membros da Academia de Ciências da Baviera
- Naturalistas da França
- Zoólogos da França
- Biólogos evolutivos
- Sepultados no Cemitério Père-Lachaise
- Naturais de Étampes