Pierre Buyoya: diferenças entre revisões
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Em setembro de 1987, Buyoya [[Golpe de Estado no Burundi em 1987|liderou um golpe militar]] contra a Segunda República do Burundi, liderada por [[Jean-Baptiste Bagaza]], e instalou-se como o primeiro presidente da Terceira República.<ref>{{citar web|url=http://global.britannica.com/EBchecked/topic/86877/Pierre-Buyoya|título=Pierre Buyoya|data=|publicado=[[Encyclopædia Britannica]]|acessodata=}}{{Ligação inativa|1={{subst:DATA}} }}</ref> Ele proclamou uma agenda de liberalização e correções das relações entre os grupos étnicos [[hutus]] e [[tutsis]], porém presidiu uma junta militar opressora que consistiu principalmente de tutsis. Isso levou a uma revolta hutu em agosto de 1988, que causou cerca de 20 |
Em setembro de 1987, Buyoya [[Golpe de Estado no Burundi em 1987|liderou um golpe militar]] contra a Segunda República do Burundi, liderada por [[Jean-Baptiste Bagaza]], e instalou-se como o primeiro presidente da Terceira República.<ref>{{citar web|url=http://global.britannica.com/EBchecked/topic/86877/Pierre-Buyoya|título=Pierre Buyoya|data=|publicado=[[Encyclopædia Britannica]]|acessodata=}}{{Ligação inativa|1={{subst:DATA}} }}</ref> Ele proclamou uma agenda de liberalização e correções das relações entre os grupos étnicos [[hutus]] e [[tutsis]], porém presidiu uma junta militar opressora que consistiu principalmente de tutsis. Isso levou a uma revolta hutu em agosto de 1988, que causou cerca de 20 000 mortes. Depois destas mortes, Buyoya nomeou uma comissão para encontrar uma maneira de mediar a violência. |
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Esta comissão criou uma nova constituição que Buyoya aprovou em 1992. Esta constituição apelou para um governo não étnico com um presidente e um parlamento. As eleições democráticas foram realizadas em junho de 1993, e o hutu [[Melchior Ndadaye]] obteve a vitória; este, criou um governo equilibrado entre hutus e tutsis. No entanto, o exército assassinou Ndadaye em outubro de 1993 e o [[Guerra Civil do Burundi|Burundi voltou à guerra civil]]. Cerca de 150 |
Esta comissão criou uma nova constituição que Buyoya aprovou em 1992. Esta constituição apelou para um governo não étnico com um presidente e um parlamento. As eleições democráticas foram realizadas em junho de 1993, e o hutu [[Melchior Ndadaye]] obteve a vitória; este, criou um governo equilibrado entre hutus e tutsis. No entanto, o exército assassinou Ndadaye em outubro de 1993 e o [[Guerra Civil do Burundi|Burundi voltou à guerra civil]]. Cerca de 150 000 pessoas foram mortas quando a guerra recrudesceu. Houve várias tentativas de governo, mas até mesmo o governo de coalizão sob [[Sylvestre Ntibantunganya]] não foi capaz de parar com os combates. |
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Em 25 de julho de 1996, com forte apoio do exército, Buyoya [[Golpe de Estado no Burundi em 1996|voltou ao poder em um golpe militar]], expulsando o presidente interino Ntibantunganya que estava sendo contestado pela população, devido à sua incapacidade de impedir os assassinatos perpetrados pelos rebeldes. A guerra civil tornou-se menos intensa, mas continuou. As sanções econômicas também foram impostas pela [[comunidade internacional]] devido à natureza do retorno ao poder de Buyoya, mas foram aliviadas quando Buyoya criou um governo etnicamente inclusivo. Buyoya escolheu como seu vice-presidente [[Domitien Ndayizeye]], um hutu. As condições do acordo governamental exigiam que Buyoya entregasse o poder em 2005, o que ele fez.<ref>{{citar web|url=http://www.nytimes.com/2003/04/30/world/world-briefing-africa-burundi-power-transfer.html?ref=pierrebuyoya|título=World Briefing - Africa: Burundi: Power Transfer|data=30 de abril de 2003|publicado=[[The New York Times]]|acessodata=}}</ref> Ndayizeye tornou-se o Presidente do Burundi em 30 de janeiro. |
Em 25 de julho de 1996, com forte apoio do exército, Buyoya [[Golpe de Estado no Burundi em 1996|voltou ao poder em um golpe militar]], expulsando o presidente interino Ntibantunganya que estava sendo contestado pela população, devido à sua incapacidade de impedir os assassinatos perpetrados pelos rebeldes. A guerra civil tornou-se menos intensa, mas continuou. As sanções econômicas também foram impostas pela [[comunidade internacional]] devido à natureza do retorno ao poder de Buyoya, mas foram aliviadas quando Buyoya criou um governo etnicamente inclusivo. Buyoya escolheu como seu vice-presidente [[Domitien Ndayizeye]], um hutu. As condições do acordo governamental exigiam que Buyoya entregasse o poder em 2005, o que ele fez.<ref>{{citar web|url=http://www.nytimes.com/2003/04/30/world/world-briefing-africa-burundi-power-transfer.html?ref=pierrebuyoya|título=World Briefing - Africa: Burundi: Power Transfer|data=30 de abril de 2003|publicado=[[The New York Times]]|acessodata=}}</ref> Ndayizeye tornou-se o Presidente do Burundi em 30 de janeiro. |
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Em 2008, Buyoya foi nomeado pela [[União Africana]] para liderar uma missão de paz no [[Chade]] <ref>{{citar web|url=http://afp.google.com/article/ALeqM5haxpJaJ1oKdFTt5Qg8Yf6N3Kf3WQ|título=African Union to send peace mission to Chad and Sudan|data=10 de outubro de 2008|publicado=[[Agence France-Presse|AFP]]|acessodata=|arquivourl=https://web.archive.org/web/20081015115720/http://afp.google.com/article/ALeqM5haxpJaJ1oKdFTt5Qg8Yf6N3Kf3WQ|arquivodata=2008-10-15|urlmorta=yes}}</ref> e ainda é internacionalmente solicitado para operações de manutenção de paz e fóruns de processo de paz, como na [[República Centro-Africana]], Chade, [[Mauritânia]], entre outros. |
Em 2008, Buyoya foi nomeado pela [[União Africana]] para liderar uma missão de paz no [[Chade]] <ref>{{citar web|url=http://afp.google.com/article/ALeqM5haxpJaJ1oKdFTt5Qg8Yf6N3Kf3WQ|título=African Union to send peace mission to Chad and Sudan|data=10 de outubro de 2008|publicado=[[Agence France-Presse|AFP]]|acessodata=|arquivourl=https://web.archive.org/web/20081015115720/http://afp.google.com/article/ALeqM5haxpJaJ1oKdFTt5Qg8Yf6N3Kf3WQ|arquivodata=2008-10-15|urlmorta=yes}}</ref> e ainda é internacionalmente solicitado para operações de manutenção de paz e fóruns de processo de paz, como na [[República Centro-Africana]], Chade, [[Mauritânia]], entre outros. |
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Em 2012, foi nomeado Alto Representante da União Africana no [[Mali]] e no [[Sahel]] pelo presidente da Comissão da UA, Nkosazan Dlamini-Zuma, no contexto da resolução da [[Revolta no norte do Mali (2012–presente)|crise no norte do Mali]]<ref>{{citar web|url=http://www.slateafrique.com/97165/pierre-buyoya-nomme-haut-representant-de-lua-pour-le-mali-et-le-sahel|título=''Pierre Buyoya nommé Haut représentant de l'UA pour le Mali et le Sahel''}}.</ref><ref>{{citar web|url=http://www.inforpress.publ.cv/index.php?option=com_content&task=view&id=74808&Itemid=2|título=União Africana nomeia Pierre Buyoya para chefiar missão no Mali|data=|publicado=Inforpress|acessodata=}}</ref> |
Em 2012, foi nomeado Alto Representante da União Africana no [[Mali]] e no [[Sahel]] pelo presidente da Comissão da UA, Nkosazan Dlamini-Zuma, no contexto da resolução da [[Revolta no norte do Mali (2012–presente)|crise no norte do Mali]].<ref>{{citar web|url=http://www.slateafrique.com/97165/pierre-buyoya-nomme-haut-representant-de-lua-pour-le-mali-et-le-sahel|título=''Pierre Buyoya nommé Haut représentant de l'UA pour le Mali et le Sahel''}}.</ref><ref>{{citar web|url=http://www.inforpress.publ.cv/index.php?option=com_content&task=view&id=74808&Itemid=2|título=União Africana nomeia Pierre Buyoya para chefiar missão no Mali|data=|publicado=Inforpress|acessodata=}}</ref> |
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Budoya morreu no dia 17 de dezembro de 2020 em um hospital de [[Paris]], aos 71 anos, de [[COVID-19]].<ref>{{citar revista|último=Gras|primeiro=Romain|data=18 de dezembro de 2020|título=Burundi : décès de Pierre Buyoya, le putschiste devenu démocrate|url=https://www.jeuneafrique.com/1092704/politique/burundi-lancien-president-pierre-buyoya-est-decede/|língua=fr|revista=Jeune Afrique|acessodata=18 de dezembro de 2020}}</ref> |
Revisão das 16h14min de 20 de julho de 2021
Pierre Buyoya | |
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2013 | |
Presidente do Burundi | |
Período | 9 de setembro de 1987 - a 10 de julho de 1993 |
Antecessor(a) | Jean-Baptiste Bagaza |
Sucessor(a) | Melchior Ndadaye |
Dados pessoais | |
Nascimento | 24 de novembro de 1949 Rutovu, Ruanda-Urundi |
Morte | 17 de dezembro de 2020 (71 anos) Paris, França |
Alma mater | Universidade do Saint-Cyr |
Primeira-dama | Sophie Buyoya |
Partido | União para o progresso nacional |
Ocupação | político |
Pierre Buyoya (Rutovu, 24 de novembro de 1949 – Paris, 17 de dezembro de 2020) foi um político e militar que governou o Burundi por duas vezes: de 1987 a 1993 e de 1996 a 2005. Com os quinze anos juntos como Chefe de Estado, Buyoya é, até agora, o político que por mais tempo atuou como presidente do país.
Biografia
Em setembro de 1987, Buyoya liderou um golpe militar contra a Segunda República do Burundi, liderada por Jean-Baptiste Bagaza, e instalou-se como o primeiro presidente da Terceira República.[1] Ele proclamou uma agenda de liberalização e correções das relações entre os grupos étnicos hutus e tutsis, porém presidiu uma junta militar opressora que consistiu principalmente de tutsis. Isso levou a uma revolta hutu em agosto de 1988, que causou cerca de 20 000 mortes. Depois destas mortes, Buyoya nomeou uma comissão para encontrar uma maneira de mediar a violência.
Esta comissão criou uma nova constituição que Buyoya aprovou em 1992. Esta constituição apelou para um governo não étnico com um presidente e um parlamento. As eleições democráticas foram realizadas em junho de 1993, e o hutu Melchior Ndadaye obteve a vitória; este, criou um governo equilibrado entre hutus e tutsis. No entanto, o exército assassinou Ndadaye em outubro de 1993 e o Burundi voltou à guerra civil. Cerca de 150 000 pessoas foram mortas quando a guerra recrudesceu. Houve várias tentativas de governo, mas até mesmo o governo de coalizão sob Sylvestre Ntibantunganya não foi capaz de parar com os combates.
Em 25 de julho de 1996, com forte apoio do exército, Buyoya voltou ao poder em um golpe militar, expulsando o presidente interino Ntibantunganya que estava sendo contestado pela população, devido à sua incapacidade de impedir os assassinatos perpetrados pelos rebeldes. A guerra civil tornou-se menos intensa, mas continuou. As sanções econômicas também foram impostas pela comunidade internacional devido à natureza do retorno ao poder de Buyoya, mas foram aliviadas quando Buyoya criou um governo etnicamente inclusivo. Buyoya escolheu como seu vice-presidente Domitien Ndayizeye, um hutu. As condições do acordo governamental exigiam que Buyoya entregasse o poder em 2005, o que ele fez.[2] Ndayizeye tornou-se o Presidente do Burundi em 30 de janeiro.
Em seu livro de 2007 From Bloodshed to Hope in Burundi, o ex-embaixador dos Estados Unidos Robert Krueger acusa Pierre Buyoya de orquestrar o golpe de 1993 que levou ao assassinato do Presidente Ndadaye.[3]
Em 2008, Buyoya foi nomeado pela União Africana para liderar uma missão de paz no Chade [4] e ainda é internacionalmente solicitado para operações de manutenção de paz e fóruns de processo de paz, como na República Centro-Africana, Chade, Mauritânia, entre outros.
Em 2012, foi nomeado Alto Representante da União Africana no Mali e no Sahel pelo presidente da Comissão da UA, Nkosazan Dlamini-Zuma, no contexto da resolução da crise no norte do Mali.[5][6]
Budoya morreu no dia 17 de dezembro de 2020 em um hospital de Paris, aos 71 anos, de COVID-19.[7]
Referências
- ↑ «Pierre Buyoya». Encyclopædia Britannica[ligação inativa]
- ↑ «World Briefing - Africa: Burundi: Power Transfer». The New York Times. 30 de abril de 2003
- ↑ Robert Krueger e Kathleen Tobin Krueger. From Bloodshed to Hope in Burundi. [S.l.: s.n.] p. 342. ISBN 978-0-292-71486-1
- ↑ «African Union to send peace mission to Chad and Sudan». AFP. 10 de outubro de 2008. Arquivado do original em 15 de outubro de 2008
- ↑ «Pierre Buyoya nommé Haut représentant de l'UA pour le Mali et le Sahel».
- ↑ «União Africana nomeia Pierre Buyoya para chefiar missão no Mali». Inforpress
- ↑ Gras, Romain (18 de dezembro de 2020). «Burundi : décès de Pierre Buyoya, le putschiste devenu démocrate». Jeune Afrique (em francês). Consultado em 18 de dezembro de 2020
Ligações externas
- Burundi Timeline 1858-1995
- 1996 comments on Burundi and Buyoya at the United Nations
- Mandela hails peace deal as genocide stalks Burundians
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