Política do Barém: diferenças entre revisões

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Geosapiens (discussão | contribs)
Geosapiens (discussão | contribs)
Linha 1: Linha 1:
O [[Bahrein]] é uma [[monarquia]] absolutista com um [[primeiro-ministro]] e um gabinete inegralmente apontados pelo Monarca.<br>
O [[Bahrein]] é uma [[monarquia]] absolutista com um [[primeiro-ministro]] e um gabinete integralmente apontados pelo Monarca.<br>


O actual primeiro-ministro (que se mantém desde 1971) bem como a totalidade do gabinete são da familia real.<br>
O actual primeiro-ministro (que se mantém desde 1971) bem como a totalidade do gabinete são da familia real.<br>
Linha 5: Linha 5:
Este estado tem órgãos bicamerais compostos por um ''concelho consultivo'' (quarenta membros apontados pelo Monarca) e um ''concelho dos representantes'' (quarenta deputados eleitos que têm uma legislatura de quatro anos), na teoria estes dois ''concelhos'' dever-se-iam equilibrar um ao outro, mas na pratica o primeiro tem completa ascedência sobre o segundo e o ''concelho dos representantes'' tem apenas poderes limitados de propor legislação sendo que esta na sua grande maioria é chumbada pelo ''concelho consultivo'', gerando algumas tensões entre a maioria da população que se opõe á monarquia governante e a minoria que a apoia.<br>
Este estado tem órgãos bicamerais compostos por um ''concelho consultivo'' (quarenta membros apontados pelo Monarca) e um ''concelho dos representantes'' (quarenta deputados eleitos que têm uma legislatura de quatro anos), na teoria estes dois ''concelhos'' dever-se-iam equilibrar um ao outro, mas na pratica o primeiro tem completa ascedência sobre o segundo e o ''concelho dos representantes'' tem apenas poderes limitados de propor legislação sendo que esta na sua grande maioria é chumbada pelo ''concelho consultivo'', gerando algumas tensões entre a maioria da população que se opõe á monarquia governante e a minoria que a apoia.<br>


Essas tensões levaram a algumas revoltas, violentamente reprimidas pelos monarcas, por parte dos ''Sunnis'' que são a maioria da população deste pequeno sultanato, que é governado por uma dinastia ''Shia'', este facto demonstra-se na actual representação parlamentar do ''concelho dos representantes'' que se realizou em [[Fevereiro de 2007]], mesmo com todas as restrições democraticas que os partidos da oposição detêm num país governado por uma monarquia absolutista, a oposição (composta pelos partidos ''al Asala'', que são ''sunnis'' salafistas, com oito representantes eleitos, a ''al Minbar'' que é o ramo no Bahrein da [[Irmandade Muçulmana]] com sete e mais três ''sunnis'') tem dezoito representantes e não fosse haver um deputado ''sunni'' independente (que saiu do ''al Asala'') bem como mais quatro ''sunnis'' do partido ''al Mustaqbal'' (criado pela monarquia para contrariar a sua oposição nesta área social) os sunnis teriam a maioria dos quarenta lugares, contra os dezasete que compõem a bancada ''shia'' (representadas pelo partido ''al Wifaq'') e apoiante tradicional da casa reinante.
Essas tensões levaram a algumas revoltas, violentamente reprimidas pelos monarcas, por parte dos ''Sunnis'' que são a maioria da população deste pequeno sultanato, que é governado por uma dinastia ''Shia'', este facto demonstra-se na actual representação parlamentar do ''concelho dos representantes'' que se realizou em [[fevereiro de 2007]], mesmo com todas as restrições democraticas que os partidos da oposição detêm num país governado por uma monarquia absolutista, a oposição (composta pelos partidos ''al Asala'', que são ''sunnis'' salafistas, com oito representantes eleitos, a ''al Minbar'' que é o ramo no Bahrein da [[Irmandade Muçulmana]] com sete e mais três ''sunnis'') tem dezoito representantes e não fosse haver um deputado ''sunni'' independente (que saiu do ''al Asala'') bem como mais quatro ''sunnis'' do partido ''al Mustaqbal'' (criado pela monarquia para contrariar a sua oposição nesta área social) os sunnis teriam a maioria dos quarenta lugares, contra os dezasete que compõem a bancada ''shia'' (representadas pelo partido ''al Wifaq'' e apoiante tradicional da casa reinante).


{{Bahrein/Tópicos}}
{{Bahrein/Tópicos}}

Revisão das 06h55min de 30 de março de 2008

O Bahrein é uma monarquia absolutista com um primeiro-ministro e um gabinete integralmente apontados pelo Monarca.

O actual primeiro-ministro (que se mantém desde 1971) bem como a totalidade do gabinete são da familia real.

Este estado tem órgãos bicamerais compostos por um concelho consultivo (quarenta membros apontados pelo Monarca) e um concelho dos representantes (quarenta deputados eleitos que têm uma legislatura de quatro anos), na teoria estes dois concelhos dever-se-iam equilibrar um ao outro, mas na pratica o primeiro tem completa ascedência sobre o segundo e o concelho dos representantes tem apenas poderes limitados de propor legislação sendo que esta na sua grande maioria é chumbada pelo concelho consultivo, gerando algumas tensões entre a maioria da população que se opõe á monarquia governante e a minoria que a apoia.

Essas tensões levaram a algumas revoltas, violentamente reprimidas pelos monarcas, por parte dos Sunnis que são a maioria da população deste pequeno sultanato, que é governado por uma dinastia Shia, este facto demonstra-se na actual representação parlamentar do concelho dos representantes que se realizou em fevereiro de 2007, mesmo com todas as restrições democraticas que os partidos da oposição detêm num país governado por uma monarquia absolutista, a oposição (composta pelos partidos al Asala, que são sunnis salafistas, com oito representantes eleitos, a al Minbar que é o ramo no Bahrein da Irmandade Muçulmana com sete e mais três sunnis) tem dezoito representantes e não fosse haver um deputado sunni independente (que saiu do al Asala) bem como mais quatro sunnis do partido al Mustaqbal (criado pela monarquia para contrariar a sua oposição nesta área social) os sunnis teriam a maioria dos quarenta lugares, contra os dezasete que compõem a bancada shia (representadas pelo partido al Wifaq e apoiante tradicional da casa reinante).