Edílson Pereira de Carvalho

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Edílson Pereira de Carvalho
Nascimento 4 de agosto de 1962 (61 anos)
Jacareí, São Paulo
Cidadania Brasil
Ocupação árbitro de futebol

Edílson Pereira de Carvalho (Jacareí, 4 de agosto de 1962)[1] é um ex-árbitro de futebol brasileiro que pertenceu aos quadros da FIFA.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Quando jovem, tentou se tornar um jogador de futebol fazendo um teste no São José Esporte Clube, mas não foi aprovado.[2]

Em 1991, ele iniciou a carreira de árbitro.[3] Três anos depois ele apitou seu primeiro jogo profissional pelo Campeonato Paulista de Futebol.[2]

Tornou-se árbitro internacional em 2000,[1] por indicação de Armando Marques, então presidente da Comissão de Arbitragem da Confederação Brasileira de Futebol, em substituição ao árbitro Dacildo Mourão.[4] Apitou em importantes competições como o Campeonato Brasileiro, Campeonato Paulista e torneios internacionais, como a Copa Libertadores e a Copa Sul-americana, sem nunca, porém, chegar a uma Copa do Mundo.[5]

Entre os jogos mais importantes de que participou estão as duas partidas das semifinais da Copa Libertadores da América de 2000 entre Corinthians e Palmeiras.[2]

Religioso, antes de cada jogo ele sempre seguia o mesmo ritual: levantava seus cartões (amarelo e vermelho), que eram personalizadas com a inscrição Deus é Fiel, e rezava no centro do campo.[5]Separado da mulher,tem uma filha e atualmente mora em Jacareí, São Paulo.[2]

Escândalos[editar | editar código-fonte]

Em 2003, sofreu acusações de submeter a Federação Paulista de Futebol um falso comprovante de conclusão do ensino médio, requisito básico para qualquer um tornar-se árbitro no país. A acusação nunca foi confirmada pela Federação.[6]

Em 2005, ele foi acusado de insultar os jogadores argentinos Sebá e Carlitos Tévez, durante uma partida entre São Paulo e Corinthians.[7]

Figura central do escândalo da Máfia do Apito em 2005, foi acusado de receber entre dez e quinze mil reais fixos por jogo,[5] fato que levou a Confederação Brasileira de Futebol a anular onze partidas por ele apitadas, e a determinar que essas partidas fossem novamente realizadas. Edilson Pereira de Carvalho foi suspenso em 24 de setembro de 2005, e posteriormente banido do futebol.[8] Também foi acusado de fraude, conspiração e crimes contra a economia.[2] Em sua defesa alega que só chegou a tal atitude em razão de não ter como honrar uma dívida que possuía no valor de quarenta mil reais.[9]

Referências

  1. a b «ANAF (Associação Nacional dos Árbitros de Futebol)». Anaf.com.br. Consultado em 14 de agosto de 2008. Arquivado do original em 28 de setembro de 2007 
  2. a b c d e «Jogo sujo - Veja Online». Universo Online. Veja. Consultado em 14 de agosto de 2008. Arquivado do original em 16 de fevereiro de 2007 
  3. «Árbitro suspenso - Jornal Nacional». Globo.com. Jornalnacional.globo.com. Consultado em 14 de agosto de 2008 
  4. «Armando Marques levou Carvalho à Fifa e deve cair». Folha de S.Paulo. Consultado em 14 de agosto de 2008 
  5. a b c «Jogos do Brasileiro estavam sendo manipulados por árbitros - Jornal de Uberaba». Jornaldeuberaba.com.br. Consultado em 14 de agosto de 2008 
  6. «Máfia do apito: vice de federação quer processar ex-árbitro de Jacareí Edilson». Universo Online. Esporte.uol.com.br. Consultado em 14 de agosto de 2008 
  7. «Corintiano Sebá e juiz vão fazer acareação em tribunal». Folha de S.Paulo. Consultado em 14 de agosto de 2008 
  8. «Cronologia do escândalo de arbitragem - Terra». Terra Networks. Esportes.terra.com.br. Consultado em 14 de agosto de 2008 
  9. «Custo para repetir jogos do Nacional chega a R$ 1,3 milhão». Folha de S.Paulo. Consultado em 14 de agosto de 2008 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]