Estação Ferroviária de Caldas da Rainha

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Caldas da Rainha
Fachada exterior do edifício da Estação.
Fachada exterior do edifício da Estação.
Linha(s): Linha do Oeste
Coordenadas: 39° 24′ 23,39″ N, 9° 08′ 26,14″ O
Município: Caldas da Rainha
Serviços: Serviço de táxis Bilheteira e/ou máquina de venda de bilhetes Parque de estacionamento Sala de espera Lavabos
Inauguração: 1 de Agosto de 1887
Website:

A Estação Ferroviária de Caldas da Rainha, igualmente conhecida como Estação de Caldas da Rainha, é uma interface da Linha do Oeste, que serve a localidade de Caldas da Rainha, no Distrito de Leiria, em Portugal.

Caracterização

Localização e acessos

Situa-se no centro da localidade de Caldas da Rainha, junto ao Largo da Estação de Caminhos de Ferro.[1]

Caracterização física

Em 2004, esta Estação ostentava a classificação D da Rede Ferroviária Nacional, apresentava 3 vias de circulação, aonde se podiam efectuar manobras, e dispunha de um serviço de abastecimento de gasóleo; também detinha um serviço de informação ao público.[2] O complexo da estação incluía, em 2005 um edifício de passageiros, sanitários, um antigo restaurante e uma habitação, dormitórios, e uma cocheira.[3]

Contava, em Janeiro de 2011, com 3 vias de circulação, com 558 e 310 metros de comprimento; as plataformas tinham todas 196 metros de extensão, apresentando 45 e 40 centímetros de altura.[4]

As paredes exteriores do edifício de passageiros encontram-se parcialmente revestidas por 11 painéis de azulejos bicromáticos, produzidos pela Fábrica Aleluia de Aveiro em 1924, representando vários marcos da cidade e da região, como o Chafariz das Cinco Bicas, a Praça da República, a Torre da Igreja de Nossa Senhora do Pópulo, o Hospital Termal, a Mata e o Parque D. Carlos I, a Foz do Arelho e a Lagoa de Óbidos; existem, ainda retratos da Rainha D. Leonor e de Rafael Bordalo Pinheiro.[3]

Serviços

Esta interface era utilizada, em Maio de 2011, por serviços Regionais e InterRegionais da transportadora Comboios de Portugal.[5]

História

Feixe de vias da estação, no sentido de Figueira da Foz, em 2009.

Abertura ao serviço

O troço entre Torres Vedras e Leiria, no qual esta Estação se insere, abriu à exploração a 1 de Agosto de 1887.[6]

A estação no Século XXI

Em Setembro de 2009, a Coligação Democrática Unitária transitou pela Estação de Caldas da Rainha na sua acção de protesto sobre as condições do serviço de passageiros na Linha do Oeste; o evento contou com uma sessão de protesto no largo em frente à estação.[7]

A Estação sofreu alvo de obras em 2002, tendo sido remodelados o interior do edifício de passageiros e os sanitários; a intervenção no edifício passou pela pintura, reparação das coberturas e reconstituição dos azulejos.[3] Em 2004, foram instaladas, após obras de recuperação, no antigo restaurante e num antigo edifício para habitação no interior da estação, os serviços do Eixo Oeste; encontra-se, igualmente, projectada a recuperação da cocheira.[3]

Movimento de passageiros e mercadorias

Em 1958, a Estação oferecia serviços de passageiros e bagagens, da Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses.[8] Nesse ano, esta era a principal interface, em tráfego de passageiros, na região em que se insere; nas época balnear, da Páscoa e do Natal, notava-se um acentuado acréscimo no movimento de passageiros.[9]

No movimento de mercadorias, Caldas da Rainha detinha, em 1958 a maior quantidade de remessas na região, nos regimes de Grande e Pequena Velocidades; as exportações em regime de Pequena Velocidade eram trigo, vinho de pasto, madeiras de eucalipto ou de pinho em bruto, milho, farinha de trigo, batata, gado diverso, madeira de eucalipto ou de pinho aplainada ou serrada, fios e tecidos, louças e vidros, feijão e grão-de-bico, gado bovino, madeira em obra, excepto mobiliário, e vasilhames de madeira.[10] As principais mercadorias expedidas, em 1958, em regime de Grande Velocidade, foram frutas verdes, hortaliças e legumes verdes, criação e caça, e outras mercadorias diversas.[10]

Ver também

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Referências

  1. «Caldas da Rainha». Comboios de Portugal. Consultado em 30 de Outubro de 2010 
  2. «Directório da Rede Ferroviária Portuguesa 2005». Rede Ferroviária Nacional. 13 de Outubro de 2004: 61, 67, 82 
  3. a b c d «Estação de Caldas da Rainha Onde o comboio chega em 1887 Objecto de ampla remodelação em 2002». Notícias Refer. 9 (45). 4 páginas. Outubro de 2005. Consultado em 30 de Outubro de 2010 
  4. «Directório da Rede 2012». Rede Ferroviária Nacional. 6 de Janeiro de 2011. 77 páginas 
  5. «Horários Lisboa/Mira Sintra-Meleças/Coimbra/Figueira da Foz» (PDF). Comboios de Portugal. 29 de Maio de 2011. Consultado em 30 de Outubro de 2010 
  6. «1875/1899 - Do Início da Construção da Ponte Maria Pia ao Fim do Séc. XIX». Comboios de Portugal. Consultado em 30 de Outubro de 2010 
  7. «CDU faz protesto de comboio». Jornal das Caldas. 23 de Setembro de 2009. Consultado em 30 de Outubro de 2010 
  8. Silva et al, 1961:189
  9. Silva et al, 1961:202
  10. a b Silva et al, 1961:205-206

  • A Região a Oeste da Serra dos Candeeiros. Estudo económico-agrícola dos concelhos de Alcobaça, Nazaré, Caldas da Rainha, Óbidos e Peniche. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian. 1961. 767 páginas  |nome1= sem |sobrenome1= em Authors list (ajuda)

Ligações externas