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Fitoterapia: diferenças entre revisões

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== Vantagens e riscos ==
== Vantagens e riscos ==
Há uma grande quantidade de plantas medicinais, em todas as partes do mundo, utilizadas há milhares de anos para o tratamento de doenças, através de mecanismos na maioria das vezes desconhecidos. O estudo desses mecanismos e o isolamento do [[princípio ativo]] (a substância ou conjunto delas que é responsável pelos efeitos terapêuticos) da planta é uma das principais prioridades da [[farmacologia]].
Há uma grande quantidade de plantas medicinais, em todas as partes do mundo, utilizadas há milhares de anos para o tratamento de doenças, através de mecanismos na maioria das vezes desconhecidos. O estudo desses mecanismos e o isolamento do [[princípio ativo]] (a substância ou conjunto delas que é responsável pelos efeitos terapêuticos) da planta é uma das principais prioridades da [[farmacologia]].Creu neles


Enquanto o [[princípio ativo]] não é isolado, as [[plantas medicinais]] são utilizadas de forma caseira, principalmente através de [[chás]], ultradiluições, ou de forma industrializada, com extrato homogêneo da planta.
Enquanto o [[princípio ativo]] não é isolado, as [[plantas medicinais]] são utilizadas de forma caseira, principalmente através de [[chás]], ultradiluições, ou de forma industrializada, com extrato homogêneo da planta.

Revisão das 23h37min de 1 de julho de 2013

Manual árabe de fitoterapia, cerca de 1334.

Fitoterapia (do grego therapeia = tratamento e phyton = vegetal) é o estudo das plantas medicinais e suas aplicações na cura das doenças. Ela surgiu independentemente na maioria dos povos. Na China, surgiu por volta de 3000 a.C. quando o imperador Cho-Chin-Kei descreveu as propriedades do Ginseng e da Cânfora.

Deve-se observar que a definição de medicamento fitoterápico é diferente de fitoterapia pois não engloba o uso popular das plantas em si, mas sim seus extratos. Os medicamentos fitoterápicos são preparações elaboradas por técnicas de farmácia, além de serem produtos industrializados.[1]

Vantagens e riscos

Há uma grande quantidade de plantas medicinais, em todas as partes do mundo, utilizadas há milhares de anos para o tratamento de doenças, através de mecanismos na maioria das vezes desconhecidos. O estudo desses mecanismos e o isolamento do princípio ativo (a substância ou conjunto delas que é responsável pelos efeitos terapêuticos) da planta é uma das principais prioridades da farmacologia.Creu neles

Enquanto o princípio ativo não é isolado, as plantas medicinais são utilizadas de forma caseira, principalmente através de chás, ultradiluições, ou de forma industrializada, com extrato homogêneo da planta.

Ao contrário da crença popular, o uso de plantas medicinais não é isento de risco. Além do princípio ativo terapêutico, a mesma planta pode conter outras substâncias tóxicas, a grande quantidade de substâncias diferentes pode induzir a reação alérgica, pode haver contaminação por agrotóxicos ou por metais pesados .

Além disso, todo princípio ativo terapêutico é benéfico dentro de um intervalo de quantidade - abaixo dessa quantidade, é inócuo e acima disso passa a ser tóxico. A variação de concentração do princípio ativo em chás pode ser muito grande, tornando praticamente impossível atingir a faixa terapêutica com segurança em algumas plantas aonde essa faixa é mais estreita. Na forma industrializada, o risco de contaminações pode ser reduzida através do controle de qualidade da matéria prima, mas mesmo assim a variação na concentração do princípio ativo em cápsulas pode variar até em 100%. Nas ultradiluições, como na homeopatia, aonde não há o princípio ativo na apresentação final, não há nenhum desses riscos anteriores, mas também não há nada que indique que haja qualquer efeito benéfico.

À medida que os princípios ativos são descobertos, eles são isolados e refinados de modo a eliminar agentes tóxicos e contaminações, e as doses terapêutica e tóxica são bem estabelecidas, de modo a determinar de forma precisa a faixa terapêutica e as interações desse fármaco com os demais.

No entanto, o isolamento e refino de princípios ativos também não é isento de riscos. Primeiro porque pretende substituir o conhecimento popular tradicional e livre, testado há milênios, por resultados provindos de algumas pesquisas analítico-científicas que muitas vezes são antagônicas. Segundo, porque a simples idéia de extrair princípios ativos despreza os muitos outros elementos existentes na planta que, em estado natural, mantêm suas exatas proporções. Assim sendo, o uso de fitoterápicos de laboratório poderia introduzir novos efeitos colaterais ou adversos inesperados, devidos à ausência de sinergismo ou antagonismo parcial entre mais de um princípio ativo que apenas seriam encontrados na planta.

Exemplos de plantas medicinais

Ver artigo principal: Lista de plantas medicinais

Referências

  • Amitava Dasgupta. Review of Abnormal Laboratory Test Results and Toxic Effects Due to Use of Herbal Medicines Am J Clin Pathol 120(1):127-137, 2003.
  • Zhou S; Koh HL; Gao Y; Gong ZY; Lee EJ. Herbal bioactivation: the good, the bad and the ugly. Life Sci. 2004; 74(8):935-68
  • Stedman C Herbal hepatotoxicity. Semin Liver Dis. 2002; 22(2):195-206
  • Chan TY; Tam HP; Lai CK; Chan AY A multidisciplinary approach to the toxicologic problems associated with the use of herbal medicines. Ther Drug Monit. 2005; 27(1):53-7
  • Cheng KF; Leung KS; Leung PC Interactions between modern and Chinese medicinal drugs: a general review. Am J Chin Med. 2003; 31(2):163-9
  • Millonig G; Stadlmann S; Vogel W. Herbal hepatotoxicity: acute hepatitis caused by a Noni preparation (Morinda citrifolia). Eur J Gastroenterol Hepatol. 2005; 17(4):445-7
  • Bensoussan A; Myers SP; Drew AK; Whyte IM; Dawson AH. Development of a Chinese herbal medicine toxicology database. J Toxicol Clin Toxicol. 2002; 40(2):159-67
  • Berrin Y; Ali O; Umut S; Meltem E; Murat B; Barut Y Multi-organ toxicity following ingestion of mixed herbal preparations: an unusual but dangerous adverse effect of phytotherapy. Eur J Intern Med. 2006; 17(2):130-2
  • Tomassoni AJ; Simone K Herbal medicines for children: an illusion of safety? Curr Opin Pediatr. 2001; 13(2):162-9

Ver também

Ligações externas

Notas e referências

  1. Anvisa. «Uso de plantas medicinais da tradição popular é regulamentado». Consultado em 12 de março de 2010