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Gaza: diferenças entre revisões

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Em [[635]] dC, Gaza foi a primeira cidade de [[Palestina]] conquistada pelo exército Rashidum dos [[Califas bem guiados]] e logo se tornou um centro da Lei Islamica. A chegada dos governantes [[Islam|muçulmano]]s trouxe consigo drásticas mudanças. A maior parte de suas igrejas foi transformada em mesquitas, a população logo adotou o [[Islã|islamismo]] como sua religião e o [[Idioma árabe]] se converteu na língua oficial. Sob os árabes muçulmanos a cidade passou por períodos de prosperidade e declive.


Os [[Templários]] arrancaram o controle de gaza do Califado [[Fatímida]] em [[1100]] e governaram a cidade até [[1187]], quando a cidade foi conquistada por [[Saladino]] e os [[Aiúbidas]]. Gaza esteve em mãos dos [[Mameluco]]s em fins do [[século XIII]] e se converteu na capital de uma província que abarcava desde o [[Sinai]] até [[Cesareia]]. Em [[1799]], Gaza foi ocupada pelos franceses, e logo após, quando foi incorporada ao [[Império otomano]] a cidade já não era mais que uma pequena povoação.
Os [[Cruzados]] arrancaram o controle de gaza do Califado [[Fatímida]] em [[1100]] e governaram a cidade até [[1187]], quando a cidade foi conquistada por [[Saladino]] e os [[Aiúbidas]]. Gaza esteve em mãos dos [[Mameluco]]s em fins do [[século XIII]] e se converteu na capital de uma província que abarcava desde o [[Sinai]] até [[Cesareia]]. Em [[1799]], Gaza foi ocupada pelos franceses, e logo após, quando foi incorporada ao [[Império otomano]] a cidade já não era mais que uma pequena povoação.


== O Mandato Britânico e os dois Estados ==
== O Mandato Britânico e os dois Estados ==

Revisão das 12h01min de 12 de fevereiro de 2012

 Nota: Para outros significados, veja Gaza (desambiguação).
Gaza
Hebraico עזה
Árabe غزة
Significado "o forte", "o poderoso" ou "o violento"
Fundada em 6.000 a.C
Governo Cidade
População 409,680 (2006)
Prefeito Rafiq Tawfiq al-Makki
Mapa

Gaza (em árabe: غزة Ghazza, pronúncia árabe: [ɣaz um ː], em hebraico: עזה "Azza", pronúncia hebraica: [ʕaza], também conhecida como Cidade de Gaza) é a maior cidade dos territórios palestinos, com uma população de 676 mil habitantes.

Atualmente é administrada pelo grupo fundamentalista islâmico Hamas desde 2006, quando venceu as eleições mas o partido rival recusou-se empossar o primeiro-ministro do governo da Autoridade Nacional Palestina, instituída pelo Acordos de Oslo de 1993 com Israel. A cidade dá o nome à região em que se encontra, a Faixa de Gaza.

História antiga

Tendo sido habitada desde o século XV aC, a história de Gaza remonta a 4.000 anos durante os quais esta cidade foi governada e habitada por diversos povos e governada por várias dinastias.[1] Originariamente um assentamento cananeu caiu sob o controle dos antigos egípcios por uns 350 anos antes de ser conquistada pelos filisteus, que a converteram em uma das suas principais cidades de sua pentápolis no século XII a.C..

Em 730 a.C. Gaza caiu sob o domínio do Império Assírio e subseqüentemente do Império sassânida persa e após foi conquistada por Alexandre o Grande que sitiou a cidade por cinco meses antes de capturá-la em 332 a.C.. A maior parte de seus habitantes foi assassinada no assalto à cidade. Depois de re-povoada por árabes beduínos da região tornou-se um centro de irradiação da civilização helenística, sofrendo mais um sítio ainda, em 96 a.C., por parte dos asmoneus.

Período romano

Com sua incorporação ao Império romano no ano de 63 a.C., Gaza foi reconstruída sob a direção de Cneu Pompeu Magno e concluída por Herodes I o Grande trinta anos mais tarde. Durante o período romano e posterior , Gaza experimentou relativa paz e manteve sua prosperidade; seu porto floresceu e recebeu subvenções de vários imperadores. Um senado de 500 membros governava a cidade. O povo que a habitava então era constituído de uma ampla gama de filisteus, gregos, romanos, cananeus , fenícios, judeus, egípcios, persas e árabes. A conversão ao cristianismo se deu sob o governo de Porfírio de Gaza, que destruiu seus oito templos pagãos entre 396 e 420 d.C.

Domínio árabe

Em 635 dC, Gaza foi a primeira cidade de Palestina conquistada pelo exército Rashidum dos Califas bem guiados e logo se tornou um centro da Lei Islamica. A chegada dos governantes muçulmanos trouxe consigo drásticas mudanças. A maior parte de suas igrejas foi transformada em mesquitas, a população logo adotou o islamismo como sua religião e o Idioma árabe se converteu na língua oficial. Sob os árabes muçulmanos a cidade passou por períodos de prosperidade e declive.

Os Cruzados arrancaram o controle de gaza do Califado Fatímida em 1100 e governaram a cidade até 1187, quando a cidade foi conquistada por Saladino e os Aiúbidas. Gaza esteve em mãos dos Mamelucos em fins do século XIII e se converteu na capital de uma província que abarcava desde o Sinai até Cesareia. Em 1799, Gaza foi ocupada pelos franceses, e logo após, quando foi incorporada ao Império otomano a cidade já não era mais que uma pequena povoação.

O Mandato Britânico e os dois Estados

Durante a Primeira Guerra Mundial, a cidade de Gaza, como o restante da Palestina, foi tomada pelas forças britânicas e ficou sob seu poder desde 1917, no denominado "Mandato Britânico da Palestina", que perdurou até pouco depois do fim da Segunda Guerra Mundial, quando, com o advento da ONU foi preconizada a divisão da palestina em dois Estados, um para os judeus e outro para os palestinianos. Em 1948, foi entregue com toda a faixa costeira, à administração do Egito que a manteve até 1962.

Domínio Israelense

Na Guerra dos Seis Dias de 1967, Gaza foi capturada por Israel, que se manteve no controle direto da região gerando o levante popular chamado "Primeira Intifada" que eclodiu em 1987 com centro em Gaza.

Durante a revolta as condições econômicas da cidade pioraram e em setembro de 1993 o Estado de Israel e líderes da Organização de Libertação da Palestina (OLP) assinaram os Acordos de Oslo transferindo a administração da Faixa de Gaza, da Cisjordânia e de Jericó, para os palestinianos. Em cumprimento do acordo, em maio de 1994 a Autoridade Nacional Palestina (ANP) passou a administrar a cidade, liderada por Yasser Arafat.

A cidade na atualidade

Nas eleições de 25 de janeiro de 2006 o braço político do grupo fundamentalista islâmico Hamas obteve a maioria das cadeiras no Conselho Legislativo da Palestina (CLP), órgão legislativo da Autoridade Nacional Palestina (ANP), com 74 dos 132 eleitos, enquanto o Fatah conquistou 43 assentos.

Diante da oposição dos países do "Quarteto" (Estados Unidos, Rússia, União Europeia e ONU), o Fatah, a que pertence o presidente da ANP Mahmoud Abbas, recusou-se transmitir o poder ao primeiro-ministro da maioria vitoriosa. O Hamas acusou o Fatah de estar promovendo um golpe e após uma série de conflitos sangrentos, que seriam chamados de “Batalha de Gaza”, o Hamas conquistou o poder em toda a Faixa de Gaza, expulsando o Fatah[2].

Localização de Gaza.

O Sítio

Ver artigo principal: Bloqueio à Faixa de Gaza

A vitória do Hamas, grupo considerado terrorista por Canadá, União Europeia, Israel, Japão e Estados Unidos[3], possibilitou a decretação de um bloqueio econômico à Faixa de Gaza, cuja manutenção é exercida pelas forças armadas de Israel e do Egito. O bloqueio permite apenas que suprimentos humanitários cheguem à região, após um controle minucioso de seu conteúdo[4].

A Faixa de Gaza tem uma das maiores densidades populacionais do mundo, com 1,5 milhão de habitantes num território de apenas 40 km de comprimento e cerca de 6 km a 12 km de largura, cujas principais atividades econômicas eram a pequena indústria, a agricultura e prestação de serviços.

Os efeitos do bloqueio têm consequências graves para a economia da Cidade de Gaza e de toda a Faixa de Gaza. os oponentes do bloqueio afirmam que a medida gera desabastecimento e pune apenas a população civil. Diversas entidades de defesa dos direitos humanos qualificam o bloqueio à Faixa de Gaza como “desumano” e “cruel”. A Anistia Internacional chamou o bloqueio de "punição coletiva", que resulta em uma "crise humanitária"[5]; funcionários da ONU descreveram a situação como "preocupante". O governo israelense nega tais afirmações e diz que não há carência de itens básicos em Gaza[6].

Entre 27 de dezembro de 2008 e 18 de janeiro de 2009, as Forças de Defesa de Israel realizaram uma série de operações militares na Faixa de Gaza, em resposta aos constantes lançamentos de foguetes contra cidades da região sul de Israel. A Operação Chumbo Fundido deixou 1314 mortos – mais da metade civis – e cerca de cinco mil feridos no território palestino. No mesmo período, 13 israelenses morreram – quatro atingidos por foguetes lançados por militantes do Hamas contra o sul de Israel, sendo três civis e dez soldados mortos em ação[7]. Israel afirmou ter matado mais de 500 ativistas do Hamas durante a ofensiva, enquanto que o grupo palestino anunciou 48 baixas de militantes[7][8]. Grande parte da infraestrutura da Cidade de Gaza foi seriamente danificada nos ataques.

Ver também

Referências

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