A 101.ª edição do Giro d'Italia é uma corrida de ciclismo em estrada por etapas que se celebrou entre 4 e 27 de maio de 2018 partindo em terra santa desde a cidade de Jerusalém e finalizando na área metropolitana de Roma sobre um percurso de 3571,4 quilómetros.[1] Uma das grandes novidades desta edição é o início pela primeira vez na história de uma das Grandes Voltas fora do continente europeu com as primeiras 3 etapas em Israel e as restantes em território italiano.
A corrida faz parte do UCI World Tour de 2018 e foi ganhada pelo ciclista britânicoChris Froome[2] da equipa Sky, quem com este triunfo converteu-se no sétimo corredor a conquistar as três grandes voltas com um total de seis triunfos. O pódio foi completo pelo ciclista holandêsTom Dumoulin, quem não pôde revalidar o triunfo obtido na edição anterior e o ciclista colombianoMiguel Ángel López da equipa Astana, quem continuou mostrando a sua progressão em tentar de procurar a sua primeira vitória numa grande volta.
Tomaram a partida um total de 22 equipas dos quais assistem por direito próprio as 18 equipas UCI WorldTeam e por convite direto dos organizadores da prova (RCS Sport) 4 equipas de categoria Profissional Continental. As 4 equipas convidadas são: a Androni Giocattoli-Sidermec quem ganhou uma dos quatro convites ao ter sido vencedor da Copa Itália de ciclismo 2017, o Israel Cycling Academy, cujo convite se viu influenciada pelo início da corrida em Israel e repetem a Bardiani-CSF e o Wilier Triestina-Selle Italia.[3] Uma novidade destacada com respeito a edições anteriores é a redução do número de ciclistas por equipa de 9 a 8, de forma que o grosso do pelotão que tomará a saída reduzir-se-á de 198 a 176 participantes.
Chris Froome (Sky). Depois de ganhar a Volta a Espanha de 2017, o quatro vezes vencedor da Volta a França tentará agregar a seu palmarés a única grande volta que lhe falta e que também lhe foi esquiva à equipa Sky e se converter no primeiro corredor a ganhar três grandes voltas de maneira consecutiva desde que o fizesse o francêsBernard Hinault. Assim mesmo procura na presente temporada vencer no doblete Giro-Tour, o qual não tem sido atingido desde que Marco Pantani o conseguisse em 1998. No entanto, a sua presença está sujeita a controvérsia, como o seu positivo por Salbutamol na passada Volta ainda não tem resultado numa decisão disciplinaria.
Tom Dumoulin (Sunweb). Como principal objectivo para a temporada 2018 Dumoulin tem optado por procurar revalidar o título obtido no Giro 2017 em frente a outras opções como o Tour, do qual não tem descartado a sua participação. Sobre a sua decisão Dumoulin a indicado que: "Vou a onde tenha mais possibilidades"[4] e, em especial, os 44,1 km de contrarrelógio individual presentes na Volta a Itália, fazem do vigente campeão mundial da especialidade um candidato muito forte para ganhar a "Maglia Rosa" e demonstrar, de acordo com as suas palavras, que seu triunfo em 2017 "não foi flôr de um dia".[5]
Outros favoritos:
Fabio Aru (UAE Emirates). Depois de um início prometedor na temporada de 2017, na que conseguiu vencer numa etapa e vestir o "Maillot Jeune" no Tour e seu posterior estancamento ao final do Tour e na Volta, o italiano vencedor da Volta a Espanha de 2015, segundo no Giro d'Italia de 2015 e terceiro no Giro d'Italia de 2014 procurará em sua nova equipa dar a briga pela "Maglia Rosa".
Thibaut Pinot (Groupama-FDJ). Chega ao Giro precedido de uma vitória no exigente Tour dos Alpes e uma preparação focada no Giro mediante a qual o ciclista francês, quem fosse terceiro no Tour de France de 2014, espera dar o salto de nível necessário para ganhar sua primeira grande volta.
Miguel Angel López (Astana). Chega ao Giro precedido de boas actuações com um triunfo de etapa e um segundo lugar no Tour de Omã e um triunfo de etapa e um terceiro lugar na Volta aos Alpes, com os que o ciclista colombiano, quem demonstrou grande força na montanha com dois triunfos de etapa e o título de melhor jovem na passada Volta a Espanha, espera continuar sua progressão procurando um lugar destacado na classificação final.[7]
Domenico Pozzovivo (Bahrain Merida). Depois da sua sexta lacuna em 2017, o Italiano esperará fazer uma melhor posição na classificação geral, em onde terá a um homem como Giovanni Visconti quem apoiá-lo-á nas etapas duras de montanha.
Michael Woods (EF Education First-Drapac). O ciclista canadiense do Cannondale-Drapac foi a grande revelação da última edição da Volta a Espanha com a sua 7.ª posto da classificação geral na que era a sua segunda participação numa grande volta de 3 semanas, já com 31 anos tendo atingido a sua maturidade desportiva tentará lutar por se meter no pódio deste Giro e subir um degrau desportivamente.
George Bennett (LottoNL-Jumbo). Vem a esta Volta a Itália como chefe de equipa do LottoNL-Jumbo depois da ausência do holandês Steven Kruijswijk, depois de um irregular ano 2017 cheio de quedas e lesões que não lhe deixaram render a bom nível tentará demonstrar que o 10.º posto conseguido na classificação geral da Volta a Espanha de 2016 não foi fruto da casualidade, nas altas cimeiras contará com um gregário de luxo como Robert Gesink.
Louis Meintjes (Dimension Data). Sua 8ª posição nas duas anteriores edições do Tour de France (2016 e 2017) foram dois boas surpresas que também acabaram consolidando ao ciclista sul-africano como um dos grandes escaladores do momento e alguém a ter muito em conta nesta edição da Volta a Itália, para as etapas de montanha contará com a inestimável ajuda de um grande conhecedor da corrida como o espanhol Igor Antón.