Heinrich Rheinboldt

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Heinrich Rheinboldt
Nascimento 11 de agosto de 1891
Karlsruhe, Baden-Württemberg, Império Alemão
Morte 5 de dezembro de 1955 (64 anos)
São Paulo, SP, Brasil
Nacionalidade alemão
brasileiro
Alma mater Universidade de Estrasburgo (graduação e doutorado)
Orientado(a)(s) Simão Mathias
Instituições
Campo(s) Química

Heinrich Rheinboldt (Karlsruhe, 11 de agosto de 1891São Paulo, 5 de dezembro de 1955) foi um químico, pesquisador e professor universitário alemão, naturalizado brasileiro.

Foi fundamental para a modernização do ensino de química e para a fundação do Instituto de Química da Universidade de São Paulo.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Heinrich nasceu na cidade de Karlsruhe, em 1891. Era filho de Joseph Rheinboldt, ministro dos Transportes e das Finanças da Alemanha e mais tarde cônsul na Suíça, e neto de Heinrich Caro, químico com grande participação no desenvolvimento da indústria química alemã no século XIX e o primeiro a obter o ácido peroxomonossulfúrico, também conhecido como ácido de Caro.[1][2][3]

Influenciado pelo avô, a quem considerava um "guia espiritual",[1] Heinrich graduou-se e doutorou-se (em 1918) na Universidade de Estrasburgo. Voltou a Karlsruhe quando Estrasburgo foi anexada à França, e passou a trabalhar com o químico Paul Pfeiffer. Foi em 1922 com ele para a Universidade de Bonn, onde passou a ser considerado um cientista de fama internacional.[1] Ganhou fama também como professor, orientando 35 teses de doutoramento, e teve publicado em 1934 o livro Chemische Unterrichtsversuche (Experiências para o Ensino de Química, em alemão), que teria sucessivas edições ampliadas.[4]

Brasil[editar | editar código-fonte]

A ascensão do nazismo tornou sua situação difícil na Alemanha, e ele acabou por aceitar um convite da Universidade de São Paulo em 1934, atraído pela ideia de dar início ao curso de Ciências Químicas da recém-criada Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras (FFCL) da USP.[5] Ele chegou a São Paulo em julho daquele ano e cuidou das primeiras providências para que as aulas começassem, ainda que em condições precárias,[1] em 1935.[2][3]

Foi ele quem deu a primeira aula, dada em um francês simples e pausado, ajudado por experiências demonstrativas, que causaram grande impacto na plateia. Essas demonstrações eram preparadas com um cuidado metódico que se refletia até em termos estáticos.[4][3]

Morte[editar | editar código-fonte]

Rheinboldt morreu em 5 de dezembro de 1955, em São Paulo, aos 64 anos.[2][3]

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Referências

  1. a b c d Senise, Paschoal (2006). Origem do Instituto de Química da USP. São Paulo: Instituto de Química da USP. p. 18. ISBN 85-373-0068-3 
  2. a b c Paschoal E. Senise (ed.). «Rheinboldt, o pioneiro». Revista de Estudos Avançados. Consultado em 1 de novembro de 2019 
  3. a b c d Luis Nassif (ed.). «A sonegação da história da química no Brasil». Jornal GGN. Consultado em 1 de novembro de 2019 
  4. a b Senise, Paschoal (2006). Origem do Instituto de Química da USP. São Paulo: Instituto de Química da USP. p. 25. ISBN 85-373-0068-3 
  5. Senise, Paschoal (2006). Origem do Instituto de Química da USP. São Paulo: Instituto de Química da USP. p. 19. ISBN 85-373-0068-3