Igreja do Carmo (Porto)

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Igreja de Nossa Senhora Carmo
Igreja do Carmo (Porto)
Nomes alternativos Igreja de Nossa Senhora do Monte do Carmo, Igreja dos Terceiros do Carmo
Estilo dominante Rococó
Arquiteto José Figueiredo Seixas
Início da construção 1756
Inauguração 1768
Proprietário atual Igreja Católica
Função atual Igreja
Património Nacional
Classificação  Monumento Nacional
Ano 2013
DGPC 155835
SIPA 5521
Geografia
País Portugal
Cidade Porto
Coordenadas 41° 8' 51" N 8° 36' 58" O
Mapa
Localização em mapa dinâmico

A Igreja do Carmo ou Igreja da Venerável Ordem Terceira de Nossa Senhora do Carmo, localiza-se no cruzamento entre a Praça de Carlos Alberto e a Rua do Carmo, nas proximidades da Igreja e Torre dos Clérigos, na freguesia portuguesa da Vitória cidade do Porto.

De estilo barroco/rococó, foi construída na segunda metade do século XVIII, entre 1756 e 1768, pela Ordem Terceira do Carmo, sendo o projecto do arquitecto José Figueiredo Seixas. A construção do hospital começou mais tarde, ficando concluído em 1801.

Esta igreja foi edificada num terreno contíguo à Igreja dos Carmelitas, do lado oeste, cedido à Ordem em 1752. Por não ser então permitida a construção de duas Igrejas juntas, foi edificada entre ambas a chamada Casa Escondida do Porto que separa as duas igrejas e tem pouco mais de 1 metro e meio de largura.

Foi classificada como Monumento Nacional a 3 de Maio de 2013, em conjunto com a Igreja dos Carmelitas adjacente.[1]

Em anos recentes a Ordem do Carmo procurou abrir o seu vasto património à visita do público. Inicialmente abriu a "Casa Escondida", considerada por guias locais como a "Casa mais estreita da cidade do Porto", e uma das mais estreitas do país.[2] Foi abrindo pouco a pouco novos espaços do seu recheio, estando hoje em dia disponível a visita ao Circuito Turístico da Ordem do Carmo. Por uma pequena quantia (3,5 euros) realiza-se através da Casa Escondida uma visita à Casa, Igreja, Catacumbas (de pequenas dimensões), Salão Nobre, Sala dos Paramentos e Sacristia, permitindo um vislumbre ao rico património móvel e imóvel da Ordem, que inclui pinturas, esculturas, vestes litúrgicas e relíquias. Parte do bilhete apoia o restauro de bens patrimoniais da Ordem. Esta visita é possível de Terça a Domingo entre as 10 e as 18 horas; às segundas inicia-se às 12 e termina às 18. Não é possível a realização do circuito completo sempre que há missa (todos os dias às 9:30 e 15 horas), rosário (todos os dias às 14:30) ou casamento (esporadicamente e sob marcação), mantendo-se nessas alturas a possibilidade de visitar a Casa Escondida pelo preço de 2 euros por pessoa.

Realizam também visitas guiadas mediante marcação.

Decoração[editar | editar código-fonte]

Fachada[editar | editar código-fonte]

A fachada apresenta, em lugar de relevo, Santa Ana, a quem a Ordem Carmelitana professava grande devoção, porque, segundo as crónicas, apareceu a um grupo de Carmelitas dos primeiros tempos.[1] É também a patrona desta igreja. Dois nichos que ladeiam a porta de entrada albergam as imagens dos profetas Elias e Eliseu, os dois modelos mais representativos da Ordem.[3] No corpo superior da frontaria, coruchéus e esculturas das figuras dos quatro Evangelistas, revelando influências do estilo barroco Italiano” criado por Nicolau Nasoni.

Azulejos[editar | editar código-fonte]

A fachada lateral da Igreja do Carmo está revestida por um grandioso painel de azulejos, representando cenas alusivas à fundação da Ordem Carmelita e ao Monte Carmelo. A composição foi desenhada por Silvestre Silvestri, pintada por Carlos Branco e executada nas fábricas do Senhor do Além e da Torrinha, em Vila Nova de Gaia, e datados de 1912.

Interior[editar | editar código-fonte]

No interior da Igreja do Carmo, destaca-se a excelente talha dourada nas capelas laterais e no altar-mor, a estatuária e diversas pinturas a óleo.

O seu programa iconográfico relaciona-se com a Paixão, um dos temas característicos dos Carmelitas. Neste caso, as imagens esta dispostas segundo um percurso descendente, a partir do lado da Epístola: Agonia no Horto, Prisão do Senhor, Flagelação, Senhor da Cana Verde, Ecce Homo, Senhor a Caminho do Calvário. Conclui na Crucificação: cruz do altar-mor e com a pintura da Ressurreição de Cristo, no tecto.[3]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b «Estatuto de monumento nacional para igrejas das Carmelitas e do Carmo, no Porto - JN». JN. Consultado em 3 de maio de 2013 
  2. Rodrigues, Nelson (30 de agosto de 2019). «Casa Escondida». CM jornal. Consultado em 15 de outubro de 2019 
  3. a b «I Congresso sobre a Diocese do Porto : Tempos e lugares de memória .» (PDF). 2002. Consultado em 20 de março de 2017 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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