Ilha do Boqueirão

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Ilha do Boqueirão é uma ilha na Baía de Guanabara, 300 metros ao norte da ilha do Governador, no Rio de Janeiro.[1][2] Abriga as dependências do Centro de Munição da Marinha.[3]

Histórico[editar | editar código-fonte]

Inicialmente era denominada Ilha dos Coqueiros, devido a uma plantação de coqueiros ali formada em 1822 com espécimes vindos da Região Norte. Pertencia a Ezequiel da Rocha Freire, que morreu em 1867. Sua viúva, Adelaide Alves Ferreira e, vendeu as terras ao Ministério da Guerra em 20 de dezembro de 1872[4].

Em 8 de maio de 1873, o Visconde do Rio Branco apresentou proposta de orçamento nacional que incluía a construção de um depósito de pólvora na ilha, por reivindicação do Ministério da Guerra, por não haver mais espaço na Fortaleza de São João em em Inhomirim[5].

O depósito foi inaugurado em 1874, e em 1909 passou a pertencer à Marinha do Brasil, que também instalou na ilha a Diretoria de Artilharia do Arsenal[4]. Durante a Revolta da Chibata, em 1911, alguns dos revoltosos foram fuzilados na Ilha do Boqueirão[6], como já havia acontecido durante a Revolta da Armada[7].

Em 16 de julho de 1995, uma explosão no arsenal deixou cerca de 60 feridos e causou pânico em moradores do Rio de Janeiro. A explosão arrebentou janelas em casas e prédios na Ilha do Governador e no bairro da Urca[8].

Pesca[editar | editar código-fonte]

Apesar de a ilha ser de acesso exclusivo à Marinha, pescadores da região costumam trabalhar no seu entorno. A pesca é abundante porque martinheiros jogam comida na água, atraindo os peixes[9].

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. LOVE, Joseph. The Revolt of the Whip. Stanford University Press, 2012. Página xv (em inglês)
  2. #RioéRua: as ilhas da Guanabara e o mestre-sala das letras. Projeto Colabora, 14 de maio de 2018
  3. MARANHÃO, Romero de Albuquerque. [Desenvolvimento de capacidades dinâmicas a partir de sistemas de gestão ambiental: um estudo em organizações militares da marinha do Brasil]. 2016. 120 f. Tese (Programa de Pós-Graduação em Administração) - Universidade Nove de Julho, São Paulo. P. 89
  4. a b Centro de Munição da Marinha. Corpo de Intendentes da Marinha
  5. BRASIL. Proposta e Relatório. Ministério da Fazenda, 8 de dezembro de 1873
  6. GARCIA, Maria Olívia. O lamento dos oprimidos em Augusto dos Anjos. Campinas/SP, 2009. 375f. Tese (Doutorado em Letras) –Instituto de Estudos da Linguagem, Universidade Estadual de Campinas. P. 174
  7. CABEDA, Coralio Bragança Pardo. A sombra do Conde de Lippe no Brasil: Os Artigos de Guerra. Rio Grande do Sul: Academia de História Militar Terrestre do Brasil
  8. Arsenal da Marinha explode no Rio. Folha de S.Paulo, 17 de julho de 1995
  9. CHAVES, Carla Maria. Mapeamento Participativo da Pesca Artesanal da Baía de Guanabara. Dissertação (Mestrado em Geografia) PPGG/UFRJ, 2011. 185 p. P. 144
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