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Isaura Lemos

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Isaura Lemos
Deputada estadual por Goiás Goiás
Período 1 de fevereiro de 1999 a 31 de janeiro de 2019
Dados pessoais
Nome completo Maria Isaura Lemos
Nascimento 22 de maio de 1954 (70 anos)
Jundiaí, São Paulo
Nacionalidade Brasileira
Progenitores Mãe: Isaura Rocha Lemos
Pai: Arnaldo Lemos
Cônjuge Euler Ivo
Filhos(as) Tatiana Lemos
Maíra Lemos
Júlia Lemos
Partido PCdoB (1985-1992)
PDT (1992-2011)
PCdoB (2011-presente)
Profissão Técnica em enfermagem e política

Maria Isaura Lemos (Jundiaí, 22 de maio de 1954) é uma técnica em enfermagem e política brasileira, ex-deputada estadual em Goiás e filiada ao Partido Comunista do Brasil (PC do B).[1]

Maria Isaura Lemos é a décima primeira filha de Arnaldo Lemos e Isaura Rocha Lemos, um casal de classe média paulista que teve outros treze filhos.[1] É casada com o também político Euler Ivo, com quem teve três filhas: a vereadora Tatiana Lemos e as cantora Maíra e Júlia.

Carreira política

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Aos 14 anos, em 1968, Isaura participou do primeiro evento político de sua vida, quando fez parte de uma passeata em protesto à morte de um estudante universitário.[1] No auge da repressão, sentiu-se instigada com a situação do país e passou a integrar o grêmio estudantil da escola, até que, por força da ditadura, as aglomerações foram proibidas.[1] Com a repressão, passou a atuar no Serviço Pastoral Estudantil Secundarista, movimento menos visado pelos militares, onde participou de reuniões clandestinas.[1] Foi aí que conheceu seu futuro marido Euler Ivo, que estava em Campinas em atividade da Ação Popular (AP).[1]

Aos 20 anos de idade, em 1974, Isaura e Euler se casaram – este último sob a identidade falsa de José Moreira Gomes.[1] No mesmo ano, Isaura abandonou a família em Campinas para fazer parte da luta armada contra a ditadura militar do Brasil (1964–1985), atuando em uma base guerrilheira situada no sertão da Bahia.[1]

Ao lado do marido, o ex-vereador de Goiânia Euler Ivo, Isaura foi uma das fundadoras do PC do B em Goiás.[1] Sua atuação política em Goiás começou a ganhar visibilidade quando ajudou a criar o Movimento Contra a Carestia, que lutava para diminuir o preço da cesta básica.[1] Em 1982, seu marido elegeu-se vereador em Goiânia e Isaura continuou a liderança popular.[1] Em 1991, no segundo mandato de Euler na Câmara, fundaram o Movimento de Luta pela Casa Própria (MLCP).[1] No ano seguinte, deixou o PC do B para integrar o Partido Democrático Trabalhista (PDT), e, em 1998, tentou com sucesso a primeira eleição para a Assembleia Legislativa de Goiás, sendo reeleita em 2002, 2006 e 2010.[1] Em outubro de 2011, após disputas internas no PDT, retornou ao PC do B.[1]

Em 2012, concorreu, sem sucesso, à prefeitura de Goiânia pelo PC do B, obtendo apenas 3,34% dos votos válidos e ficando em quinto lugar na disputa pelo Paço Municipal. Antes disso, Isaura havia concorrido nos pleitos de 2000 e de 2004 pelo PDT, quando obteve 1,72% (quinto lugar na disputa) e 1,73% dos votos (sexto lugar), respectivamente. Em 2014, Isaura Lemos se reelegeu para o quinto mandato de deputada estadual.

Em 2018, Isaura desistiu da reeleição e colocou sua filha, a vereadora de Goiânia Tatiana Lemos, também do PC do B, como candidata a deputada estadual. Isaura candidatou-se a deputada federal, no lugar de Tatiana, e obteve 24.258 votos totalizados (0,80% dos votos válidos), mas não foi eleita. [2][3] Após 20 anos, Isaura deixou a Assembleia Legislativa de Goiás e afirmou que continuaria nas lutas sociais.[4]

Referências

  1. a b c d e f g h i j k l m n "Perfil biográfico de Maria Isaura Lemos - PC do B". Assembleia Legislativa de Goiás. Página acessada em 18 de outubro de 2012.
  2. Gouveia, Marcelo (28 de agosto de 2018). «Isaura Lemos desiste da reeleição e coloca filha como candidata». Jornal Opção. Consultado em 7 de junho de 2019 
  3. «Isaura Lemos 6565 (PC do B) - Deputada Federal - Goiás - Eleições 2018». Gazeta do Povo. 13 de novembro de 2018. Consultado em 7 de junho de 2019 
  4. Morais, Ludmilla (28 de janeiro de 2019). «Após 20 anos, Isaura deixa Assembleia e afirma que continuará nas lutas sociais». Jornal Opção. Consultado em 7 de junho de 2019