Itagibá

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Itagibá
  Município do Brasil  
Símbolos
Hino
Lema terra boa pra morar
Gentílico itagibense
Localização
Localização de Itagibá na Bahia
Localização de Itagibá na Bahia
Localização de Itagibá na Bahia
Itagibá está localizado em: Brasil
Itagibá
Localização de Itagibá no Brasil
Mapa
Mapa de Itagibá
Coordenadas 14° 17' 02" S 39° 50' 34" O
País Brasil
Unidade federativa Bahia
Municípios limítrofes Ipiaú, Aiquara, Dário Meira, Gongogi, Itagi e Itapitanga.
Distância até a capital 370 km
História
Fundação 1958
Administração
Prefeito(a) Gilson Manoel Fonseca (PR22, 2009 – 2012)
Características geográficas
Área total [1] 810,340 km²
População total (IBGE/2010[2]) 15 210 hab.
Densidade 18,8 hab./km²
Clima Tropical quente e úmido, com índice pluviométrico em média de 1.100mm ano e umidade relativa do ar 70% a 85%
Fuso horário Hora de Brasília (UTC−3)
Indicadores
IDH (PNUD/2000 [3]) 0,615 médio
PIB (IBGE/2008[4]) R$ 90 350,455 mil
PIB per capita (IBGE/2008[4]) R$ 5 423,52

Itagibá[nota 1] é um município brasileiro do estado da Bahia.

História

Inicialmente habitada por índios e desbravada pelo Sr. Martins Ribeiro, em 1927, Distampina (assim chamada por ser um lugar aberto e destampado), pertenceu sucessivamente a Boa Nova, Itacaré e Ubaitaba e novamente Boa Nova.

Distampina apesar de ter sido uma vila pacata, era morada de cangaceiros, mas com a revolução de 1930, os cangaceiros foram desarmados, pondo fim ao cangaço.

Como Distrito de Boa Nova, pertenceu durante 12 anos, com o nome de Distampina, até que, em 1947, o então prefeito interventor Odorico Silveira, mudou o nome de Distampina para Itagibá, que na língua tupi-guarani significa Pedra forte, ou seja, Pedra dura.

Com a mudança de nome, Itagibá começou a crescer e com o crescimento o desejo natural de sua autonomia política. Sob a liderança de Hélio Vaz de Quadros, José Carlos de Almeida, Juvenal Almeida Sampaio, Dermival Luiza Santos, Mário J. Alves, Osmar Costa Almeida. Foi encaminhado um memorial abaixo assinado aos deputados: Josapha Marinho, Osvaldo Pinto de Carvalho e Osias Maron, pedindo a emancipação de Itagibá.

Políticos locais influentes como Hélio Vaz de Quadros, Clovis Marrocos de Moraes e Walter Lomanto que eram vereadores desse Distrito, representados em Boa Nova, encaminharam o Projeto de Emancipação para a câmara de vereadores daquele município, onde foi aprovado por maioria de votos e sancionada pelo prefeito Landualdo Magalhães Silveira.

Aprovado o Projeto pela Câmara de Vereadores de Boa Nova, foi encaminhado para a Assembleia Legislativa do Estado da Bahia, sendo apresentado e defendido pelo Deputado Lomanto Júnior. Finalmente, em 14 de agosto de 1958, por força da Lei Estadual nº 1.020, sancionada e promulgada pelo então Governador do Estado da Bahia, Antônio Balbino. Itagibá atingiu assim sua Emancipação política, tornando realidade o desejo do povo itagibense. Assim, em 12 de abril de 1959, instala-se o 1º Governo Municipal de Itagibá, tendo como prefeito eleito pelo povo, o Profº José Fernandes, aos 26 anos de idade.

Como pioneiros em suas respectivas profissões, destacaram no passado: Hélio Quadros 1º Armazém de Cacau e 1º Industriário, Noé Bonfim, 1º médico; Noêmia Bonfim, 1ª professora formada; Licurgo Meira de Brito Lobo, 1º professor leigo da zona urbana; Célia Carvalho Almeida, 1ª professora leiga da zona urbana; Timóteo Marcolino da Silva, 1º professor leigo da zona rural; Jocelísia de Almeida Fernandes, 2ª professora formada. O 1º padre que serviu a comunidade foi o Pe. Fileto e o 1º da paróquia foi o Pe. Emanuel Ranchella Passionista. A srª Adilina Maria de Jesus (Mãe Dilina) foi a 1ª parteira do município.

Em 16 de julho de 1967, foi criada a Comarca de 1ª Entrância de Itagibá, sendo o Dr. Almir Augusto Vieira, seu 1º Juiz de Direito; Cibele Almeida, 1ª Promotora de Justiça; Hilda de Sá Philadelpho, 1ª Advogada.

Em 14 de agosto de 1996, a Comarca de Itagibá foi elevada para 2ª Entrância, graças aos esforços do juiz de direito Dr. Wolney de Azevedo Perrucho Júnior e dos políticos locais, com destaque para Dr. Aurélio Quadros, mais conhecido como Léo Quadros, prefeito na época.

Na década de 1940 Ulisses Coelho Lima foi um dos mais destacados fazendeiro de Destampina e em passado mais recente, na década de 1960 os destaques eram Eliezer Coelho Lima, José Dantas Tavares e Hugo Santos Sampaio. Atualmente, em 2007, a atividade da pecuária mais significativa esta sendo exercida por empresas como Eao, Ebisa e Paes Mendonça.

Geografia

Sua população, conforme o IBGE, em 01.04.2007 é de 15.309 habitantes.

O seu principal rio é o rio do Peixe. Um rio eminentemente municipal, nascendo próximo ao povoada de Acaraci, na Serra de Jaquatirama, neste município, à sudoeste do município de Itagibá, vindo a atravessá-la e seguindo enfim o seu curso até a foz no Rio das Contas.

Existe um desejo da população de mudar o nome do rio para rio Itajibá, por se tratar de um rio municipal e o nome atual rio do Peixe, ser o nome de dezenas de rios em todo o Brasil.

O município de Itagibá não dispõe de tratamento de esgotos, sendo todos os efluentes líquidos lançados diretamente no rio do Peixe, gerando a poluição de suas águas, afetando toda a população à jusante do município.

Lazer e Esportes

O futebol é o principal esporte e lazer com destaque no ano de 2003 que a seleção ficou entre as quatro melhores do estado no campeonato intermunicipal. O futebol amador tem sido incentivado pelo governo municipal e pelos comerciantes do município.

As Cavalgadas, praticadas com frequência, reúnem grupos de dezenas de cavaleiros e damas para longas jornadas.

A Vaquejada é outra competição, muito atrelada à cultura rural do município, enquanto a festa de São João é a mais esperada e desejada pelos cidadãos itagibenses.

Economia

Atualmente a riqueza do município se fundamente nas atividades de pecuária leiteira e de corte assim como na cultura de cacau.

A partir do ano 2008 será implantado o mais novo polo de exploração de minério de níquel do Brasil, o maior do nordeste brasileiro, com beneficiamento no próprio município. O início das operações será no ano de 2009.

Itagibá passará a fazer parte dos municípios brasileiros produtores de minérios que se beneficiam da arrecadação de "royalties", recebendo parte da CFEM, sendo a previsão inicial de sete milhões de reais por ano, durante estimados 20 (vinte) anos.

Observações

Notas

Referências

  1. IBGE (10 out. 2002). «Área territorial oficial». Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Consultado em 5 dez. 2010 
  2. «Censo Populacional 2010». Censo Populacional 2010. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 29 de novembro de 2010. Consultado em 11 de dezembro de 2010 
  3. «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil». Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2000. Consultado em 11 de outubro de 2008 
  4. a b «Produto Interno Bruto dos Municípios 2004-2008». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 11 dez. 2010 
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