Jennifer Boylan

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Jennifer Boylan
Nascimento 22 de junho de 1958 (65 anos)
Valley Forge
Residência Belgrade
Cidadania Estados Unidos
Alma mater
Ocupação escritora, ativista LGBTQIAPN+, professora universitária
Empregador(a) Colby College, Barnard College
Página oficial
http://www.colby.edu/profile/jfboylan/

Jennifer Finney Boylan (22 de junho de 1958) é uma ativista transgênero norte-americana, escritora e professora do Barnard College.[1][2]

Anos iniciais e educação[editar | editar código-fonte]

Nasceu em 1958 em Valley Forge, Pennsylvania, e cresceu em Newtown Square e Devon, também na Pennsylvania.[1]

Jennifer estudou na Wesleyan University, em Connecticut, onde obteve seu bacharelado em Inglês em 1980. Estudou na Universidade Johns Hopkins, concluindo seu mestrado em fine arts em 1986.[3] Logo após, se tornou professora de Inglês da Colby College, Maine, onde atua desde 1988.[4] Entre os anos de 2007 e 2008, teve um ano sabático, durante o qual planejou visitar o Bard College, a University of Vermont, e a University of Connecticut.[5]

Em 2001, recebeu um mestrado honorário pela Colby College.[3]

Vida pública[editar | editar código-fonte]

A autobiografia de Boylan, intitulada She's Not There – a life in two genders, publicada pela Doubleday em 2003, foi o primeiro best seller de uma mulher transexual americana. Jenny, como é popularmente conhecida, tem sido uma presença frequente em vários programas de televisão e rádio, incluindo três visitas ao Oprah Winfrey Show. Também apareceu no Larry King Live, The Today Show e foi foco do documentário da CBS 48 Horas.[1]

Contribui para a revista americana Conde Nast Traveler e também com frequência para a GQ, People, Allure, e Glamour. Sua coluna, There From Here aparece aos domingos nos jornais da região central do Maine.

Em 2013, se tornou a primeira mulher transgênero a participar do conselho da GLAAD (anteriormente conhecida como The Gay and Lesbian Alliance Against Defamation), uma organização não-governamental estadunidense que foca na maneira que a mídia representa pessoas LGBT. Ficou sete anos neste cargo.[4][6]

Foi membro do conselho do Kinsey Institute for Research on Sex, Gender, and Reproduction.[2]

Participou como consultora na série de ficção Transparent, de 2014, e na série documental I Am Cait, lançada em 2015, que trata da transição de gênero de Caitlyn Jenner.[7][8][9]

Na ocasião dos 50 anos da Rebelião de Stonewall, uma manifestação pelos direitos LGBT ocorrida em 1969 nos EUA, Jennifer foi chamada pelo jornal The New York Times para compartilhar sua trajetória como pessoa trans.[10]

Vida pessoal[editar | editar código-fonte]

Boylan é lésbica e casou-se com a esposa, Deirdre, antes de sua transição de gênero, que anunciou aos 40 anos de idade.[6][11] O casal tem duas crianças, que são filhos biológicos de Boylan e da sua esposa, uma delas sendo uma menina trans.[10]

Livros publicados[editar | editar código-fonte]

Antologias[editar | editar código-fonte]

  • Sexual Metamorphosis: An Anthology of Transsexual Memoirs (April 12, 2005) ISBN 978-1400030149
  • The Book of Dads: Essays on the Joys, Perils, and Humiliations of Fatherhood (May 12, 2009) ISBN 978-0061711558
  • Love Is a Four-Letter Word: True Stories of Breakups, Bad Relationships, and Broken Hearts (July 28, 2009) ISBN 978-0452295506
  • How Beautiful the Ordinary (October 6, 2009) ISBN 978-0061154980
  • It Gets Better (March 22, 2011) ISBN 978-0525952336
  • Truth & Dare: 20 Tales of Heartbreak and Happiness (April 26, 2011) ISBN 978-0762441044

Prêmios e distinções[editar | editar código-fonte]

Jennifer recebeu diversas premiações, seja especificamente por seus livros ou por sua atuação em geral.

Em 1987, se tornou fellow em Literatura do Pennsylvania State Council on the Arts. Em 1999, recebeu o Alex Award da American Library Association.[3]

Seu livro She's Not There recebeu o Lambda Literary Association Prize em 2004, e foi selecionado pelo Book of the Month Club em 2003.[3]

Em 2009, recebeu o Stonewall Legacy Award, concedido pela Universidade de Massachusetts Amherst. Em 2012, recebeu o Maryann Hartmann Award, concedido pela Universidade do Maine para mulheres do estado de Maine, nos Estados Unidos, que se destaquem nas artes, política, negócios, educação e serviço comunitário.[3]

Em 2020, a revista Queerty a nomeou uma das 50 heroínas "liderando a nação para a equidade, aceitação e dignidade para todas as pessoas".[6][12]

Seu texto “Keeping Trans Kids From Medicine Doesn’t Make Them Disappear” (The New York Times, 2021)[13] foi nomeado para o 33rd Annual GLAAD Media Awards na categoria Outstanding Print Article.[14]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b c «Jennifer Finney Boylan Home Page | The Author». Colby University. Consultado em 5 de agosto de 2023 
  2. a b «Stonewall Uprising 50 Years Later | Alumnae and Faculty Describe the Social Movement's Impact». Barnard College (em inglês). 7 de junho de 2019. Consultado em 5 de agosto de 2023 
  3. a b c d e «Jennifer Boylan». Barnard College. Consultado em 5 de agosto de 2023 
  4. a b Roberts, Scott (12 de novembro de 2013). «GLAAD appoints first transgender co-chair». PinkNews | Latest lesbian, gay, bi and trans news | LGBTQ+ news (em inglês). Consultado em 5 de agosto de 2023 
  5. «Jennifer Finney Boylan home page». Colby University. Arquivado do original em 28 de maio de 2007 
  6. a b c «LGBT History Month Icons 2022: Jennifer Finney Boylan». Hotspots! Magazine (em inglês). 9 de outubro de 2022. Consultado em 5 de agosto de 2023 
  7. Gross, Terry (21 de abril de 2020). «'I'm Living In The World With No Secrets,' Says Trans Activist Jennifer Finney Boylan». NPR. Consultado em 5 de agosto de 2023 
  8. «Bruce Jenner Documentary Series to Premiere on E! in July». Yahoo News (em inglês). 25 de abril de 2015. Consultado em 5 de agosto de 2023 
  9. Teeman, Tim (4 de junho de 2019). «Jennifer Finney Boylan: 'Treat Trans People Like the Brave, Decent, Precious Souls They Are'». The Daily Beast (em inglês). Consultado em 5 de agosto de 2023 
  10. a b «Jennifer Finney Boylan: Love Prevails, Mostly». New York Times (em inglês). 16 de junho de 2019. Consultado em 5 de agosto de 2023 
  11. jmasters (22 de dezembro de 2020). «LGBTQ&A Podcast: Jennifer Finney Boylan talks about how much the trans experience has changed since her groundbreaking memoir, She's Not There, was published - GLAAD». GLAAD (em inglês). Consultado em 5 de agosto de 2023 
  12. «Queerty Pride50 2020 Honorees». Queerty (em inglês). Consultado em 5 de agosto de 2023 
  13. «Opinion | Keeping Trans Kids From Medicine Doesn't Make Them Disappear». The New York Times (em inglês). 7 de abril de 2021. Consultado em 5 de agosto de 2023 
  14. sharvey (19 de janeiro de 2022). «GLAAD announces nominees for the 33rd Annual GLAAD Media Awards». GLAAD (em inglês). Consultado em 5 de agosto de 2023 
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