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'''Jonas''' (do [[língua hebraica|hebraico]] יוֹנָה [''Yonah'']; em [[latim]] ''Ionas'') foi um [[profeta]] israelita da [[Tribo de Zebulão]], filho de Amitai, natural Gete-Héfer. Profetizou durante o reinado de [[Jeroboão II]], Rei de [[Israel Setentrional]]. (II Reis 14:25; Jonas 1:1) Crê-se que tenha sido o escritor do [[Livro de Jonas|livro]] [[Bíblia|bíblico]] do [[Antigo Testamento]] que leva o seu nome.
'''Jonas''' (do [[língua hebraica|hebraico]] יוֹנָה [''Yonah'']; em [[latim]] ''Ionas'') foi um [[profeta]] israelita da [[Tribo de Zebulão]], filho de Amitai, natural Gete-Héfer. Profetizou durante o reinado de [[Jeroboão II]], Rei de [[Israel Setentrional]]. (II Reis 14:25; Jonas 1:1) Crê-se que tenha sido o escritor do [[Livro de Jonas|livro]] [[Bíblia|bíblico]] do [[Antigo Testamento]] que leva o seu nome.


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Segundo o relato bíblico, durante a viagem acontece um violenta tempestade. Esta só acaba quando Jonas é lançado ao mar. Ele é engolido por um "grande peixe [em grego ''këtos'']" (Jonas 1:17) e no seu estômago, passa três dias e três noites. Sentindo como se estivesse sepultado, nesta situação arrependido reconsidera a sua decisão. Tendo se arrependido, é vomitado pelo "grande peixe" numa praia e segue rumo para Nínive.
Segundo o relato bíblico, durante a viagem acontece um violenta tempestade. Esta só acaba quando Jonas é lançado ao mar. Ele é engolido por um "grande peixe [em grego ''këtos'']" (Jonas 1:17) e no seu estômago, passa três dias e três noites. Sentindo como se estivesse sepultado, nesta situação arrependido reconsidera a sua decisão. Tendo se arrependido, é vomitado pelo "grande peixe" numa praia e segue rumo para Nínive.
[[Ficheiro:Sistine jonah.jpg|180px|thumb|left|Pintura do profeta Jonas na Capela Sistina, Vaticano, por [[Miguel Ângelo]]]]
[[Ficheiro:Sistine jonah.jpg|180px|thumb|left|Pintura do profeta Jonas arroiz
na Capela Sistina, Vaticano, por [[Miguel Ângelo]]]]


Segundo o [[Livro de Jonas]], os habitantes de Nínive (e povoados dependentes) mais dados à [[superstição]] e ao temor das divindades, teriam mostrado-se arrependidos de sua conduta sanguinária fazendo jejum e vestidos de sacos sarapilheira. Jonas se mostra desgostoso pela não destruição de Nínive e acaba por ser repreendido por isso. Cerca de cem anos depois, [[Naum]], profeta israelita do Antigo Testamento, avisa que Nínive será destruída.
Segundo o [[Livro de Jonas]], os habitantes de Nínive (e povoados dependentes) mais dados à [[superstição]] e ao temor das divindades, teriam mostrado-se arrependidos de sua conduta sanguinária fazendo jejum e vestidos de sacos sarapilheira. Jonas se mostra desgostoso pela não destruição de Nínive e acaba por ser repreendido por isso. Cerca de cem anos depois, [[Naum]], profeta israelita do Antigo Testamento, avisa que Nínive será destruída.

Revisão das 18h27min de 7 de maio de 2013

O profeta Jonas brothers pregando em Nínive

Jonas (do hebraico יוֹנָה [Yonah]; em latim Ionas) foi um profeta israelita da Tribo de Zebulão, filho de Amitai, natural Gete-Héfer. Profetizou durante o reinado de Jeroboão II, Rei de Israel Setentrional. (II Reis 14:25; Jonas 1:1) Crê-se que tenha sido o escritor do livro bíblico do Antigo Testamento que leva o seu nome.

Jonas é comissionado pelo Deus de Israel para ir a Nínive, capital da Assíria. A sua missão era admoestar os assírios que devido a sua crueldade e ao muito derramamento de sangue, iriam sofrer a ira Divina caso não se arrependessem dentro de quarenta dias. Os assírios eram famosos, por exemplo, por decapitar os povos vencidos, fazendo pirâmides com seus crânios. Crucificavam ou empalavam os prisioneiros, arrancavam seus olhos e os esfolavam vivos. Temendo pela sua vida, Jonas foge rumo a Társis, no SE da Península Ibérica (na moderna região da Andaluzia). Situa-se a aproximadamente 3.500 km do porto de Jope (a moderna Tel Aviv-Yafo).

Segundo o relato bíblico, durante a viagem acontece um violenta tempestade. Esta só acaba quando Jonas é lançado ao mar. Ele é engolido por um "grande peixe [em grego këtos]" (Jonas 1:17) e no seu estômago, passa três dias e três noites. Sentindo como se estivesse sepultado, nesta situação arrependido reconsidera a sua decisão. Tendo se arrependido, é vomitado pelo "grande peixe" numa praia e segue rumo para Nínive.

Pintura do profeta Jonas arroiz na Capela Sistina, Vaticano, por Miguel Ângelo

Segundo o Livro de Jonas, os habitantes de Nínive (e povoados dependentes) mais dados à superstição e ao temor das divindades, teriam mostrado-se arrependidos de sua conduta sanguinária fazendo jejum e vestidos de sacos sarapilheira. Jonas se mostra desgostoso pela não destruição de Nínive e acaba por ser repreendido por isso. Cerca de cem anos depois, Naum, profeta israelita do Antigo Testamento, avisa que Nínive será destruída.

Narrativa do "grande peixe"

Para alguns exegetas bíblicos, este relato tem apenas um valor de caráter didático, não devendo ser interpretado como um acontecimento literal. A expressão "um grande peixe" do relato de Jonas não permite fazer uma identificação com qualquer tipo de ser marinho. Para os que acreditam no relato literal do "grande peixe", procuram identificar que espécie de ser marinho seria. Para uns terá sido um Cachalote, para outros, seria um Grande Tubarão-branco. Recentemente, foi sugerido um outro candidato - o Tubarão-baleia.[1] Há uma referência Bíblica em que diz que Jonas Esteve no ventre de uma baleia: "Assim como Jonas esteve no ventre da baleia três dias e três noites,..." (Mateus 12:40). O Livro de Jonas, porém, não fala do ventre. É possível que a classificação que diferencia baleia de grande peixe não existisse nos dias de Jesus e nem nos de Jonas, nem na cultura do Israel Antigo... A diferenciação é moderna, surgiu apenas no último milênio, então tanto faz se as escrituras estivessem referindo-se a um grande peixe ou a uma baleia no caso de Jonas. Resta a hipótese que o profeta foi transportado na boca. O cachalote poderia ter conseguido tal façanha. Normalmente ele transporta os bebês doentes dele na boca, que é espaçosa como um pequeno quarto, e leva-os à tona para respirar. Nesta época cachalotes povoavam o mar mediterrâneo, o lugar desta narrativa. Resgates de seres humanos por cachalotes são, porém, pouco documentados. É conhecido o caso do marinheiro inglês, James Bartley, que foi salvo vivo perto das ilhas Malvinas em fevereiro de 1891, depois de passar quinze horas dentro do ventre de uma baleia da espécie Cachalote, na maneira igual à aplicada a Jonas segundo a Bíblia. É conhecido também o caso de outro marinheiro inglês, que caiu no canal de Calais, e foi tragado por um imenso tubarão da espécie "Rhincodon Typus", mais conhecida como "Tubarão Baleia". Este ficou dentro do Rhincodon durante 48 horas, e algumas horas após ser resgatado estava em bom estado, e foi exibido ao público no Museu de Londres. O fato é narrado no livro "The Harmony Science and Scripture", de Harry Rimmer, onde o autor conheceu pessoalmente o personagem da história.

O profeta Jonas saindo do "grande peixe".

Ver também

Referências

  1. "Monstros gentis das Profundezas" - Tubarões-baleia, National Geographic, Dezembro de 1992, Vol. 182, pág. 120-139

Ligações externas