Jurgis Baltrušaitis

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Jurgis Baltrušaitis
Jurgis Baltrušaitis
Nascimento 20 de abril de 1873
Paantvardys (Império Russo)
Morte 3 de janeiro de 1944 (70 anos)
Paris
Sepultamento Paris
Cidadania Império Russo, Lituânia, União Soviética
Filho(a)(s) Jurgis Baltrušaitis
Alma mater
Ocupação poeta, diplomata, ator, dramaturga

Jurgis Kazimirovitsj Baltrušaitis (cirílico russo: Ю́ргис Казими́рович Балтруша́йтис, Paantvardys, 2 de maio de 1873-Paris, 3 de janeiro de 1944) foi um poeta simbolista, tradutor, diplomata e crítico de arte da Lituânia.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Nasceu numa família de agricultores perto de Jurbarkas (então Império Russo). Estudou em Kaunas e cursou matemática e física la Universidade Estatal de Moscovo, onde ao mesmo tempo estudou história e filologia. Baltrušaitis aprendeu 15 línguas ao longo da sua vida.

A partir de 1895 Baltrušaitis começou a escrever para algumas revistas literárias de Moscovo (Scorpio, Vesy, Severnyie Tzvety). Membro da elite cultural da cidade, Baltrušaitis foi amigo e colega de Anton Chekhov, Konstantin Balmont, Valeri Briusov, Viacheslav Ivanov, Maksim Gorki, Konstantin Stanislavski, Mikhail Vrubel e Aleksandr Skriabin. Boris Pasternak foi precetor dos seus filhos.

Baltrušaitis publicou três antologias de poesia em russo e outras em lituano e traduziu par russo escritores como Henrik Ibsen, Oscar Wilde, August Strindberg, Knut Hamsun ou Gabriele D'Annunzio. A sua tradução de Sult (Fome) de Hamsun é considerada um clássico e tem sido republicada continuamente até à atualidade.

Entre 1900 e 1914 viveu na Itália e Noruega e viajou muito pela Europa Ocidental. Durante a Primeira Guerra Mundial e a subsequente Revolução Russa participou ativamente na independência da Lituania. Em 1919 foi eleito presidente da União de Escritores de Moscovo e ajudou muitos intelectuais durante a República Socialista Federativa Soviética da Rússia.[1]

Foi embaixador lituano na Rússia a partir de 1920 e recebeu um doutoramento honoris causa da Universidade Vytautas Magnus. Manteve o cargo de embaixador até 1939, quando foi nomeado conselheiro cultural na embaixada lituana em Paris. Após a anexação da Lituânia pela URSS, o seu filho, Jurgis Baltrušaitis, artista e crítico de arte, foi também diplomata. Baltrušaitis (pai) morreu em Paris e está sepultado em Montrouge.

Referências

  1. «Baltrušaitis». Consultado em 4 de janeiro de 2007. Arquivado do original em 6 de dezembro de 2006