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Mário Kertész: diferenças entre revisões

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Em [[2001]], criou a rádio [[Metrópole FM|Metrópole AM]], cuja frequência é a mesma da extinta Rádio Clube AM, que também havia comprado, e saiu do Jogo Aberto, voltando no final de [[2003]]. Novos projetos foram lançados mais tarde, incrementando seu empreendimento jornalístico: a revista Metrópole ([[2007]]), o Jornal da Metrópole ([[2008]]) e até a TV Metrópole, existente apenas no site da rádio.
Em [[2001]], criou a rádio [[Metrópole FM|Metrópole AM]], cuja frequência é a mesma da extinta Rádio Clube AM, que também havia comprado, e saiu do Jogo Aberto, voltando no final de [[2003]]. Novos projetos foram lançados mais tarde, incrementando seu empreendimento jornalístico: a revista Metrópole ([[2007]]), o Jornal da Metrópole ([[2008]]) e até a TV Metrópole, existente apenas no site da rádio.


==Prefeito de Salvador==

Mário Kertész foi prefeito da cidade de [[Salvador (Bahia)|Salvador]] por duas vezes. Sua primeira gestão, entre 1979 e 1981, foi como prefeito [[Cargo biônico|biônico]], indicado pelo então governador [[Antônio Carlos Magalhães]] em seu segundo governo. Nesta gestão, foram reurbanizadas as regiões da [[Baixa dos Sapateiros]] e da [[Barroquinha]], no [[Centro (Salvador)|centro]] da cidade, e foi construído o Plano Inclinado [[Liberdade (Salvador)|Liberdade]]-[[Calçada (Salvador)|Calçada]]. Também foram criadas a Limpurb (Empresa de Limpeza Urbana do Salvador), a Renurb (Companhia de Renovação Urbana de Salvador) e a Transur (Companhia de Transportes Urbanos de Salvador), todas em 1979.

Voltou à prefeitura sendo eleito democraticamente em 15 de novembro de 1985, com uma premiada campanha, idealizada pelo publicitário baiano [[Duda Mendonça]]. Assumiu em 1 de janeiro de 1986, já rompido com ACM e considerado como "a nova cara da oposição". Foi nesta segunda administração que Kertész era conhecido pelas obras espalhadas por toda a cidade, em sua maioria projetadas pelo arquiteto [[João Filgueiras Lima]], o "Lelé", que revolucionaram a paisagem urbana. Dentre essas obras, pode-se citar:

* Palácio Thomé de Souza, sede atual da Prefeitura de Salvador, construída em aço e vidro em 14 dias e inaugurada em 16 de maio de 1986;

* Abrigos pré-moldados para pontos de ônibus;

* Urbanização de praças ([[Campo Grande (Salvador)|Campo Grande]], [[Praça da Piedade (Salvador)|Piedade]], Largo do [[Bonfim (Salvador)|Bonfim]], Praça Visconde de Cairu e muitas outras), utilizando bancos pré-moldados;

* Passarelas no [[Iguatemi (Salvador)|Iguatemi]], na Bonocô e na avenida Vasco da Gama;

* Vias exclusivas para ônibus na Bonocô e na Vasco da Gama;

* Estação de Transbordo do Iguatemi;

* Escolas municipais construídas em pré-moldados pela Faec (Fábrica de Equipamentos Comunitários ou Fábrica de Cidade), a partir de 1986;

* Mercado Municipal do [[Rio Vermelho (Salvador)|Rio Vermelho]], também feito em pré-moldado, no Largo da Mariquita;

* Reforma do Plano Inclinado Liberdade-Calçada, em 1986;

* Centro de Treinamento de Professores, na [[Pituba]].

Em [[1987]], Kertész lançou o projeto TMS (Transporte de Massa de Salvador), uma série de obras de construção pesada que seriam destinadas para o [[VLT]] (Veículo Leve sobre Trilhos), sendo propagandisticamente conhecido como Bonde Moderno, espécie de precursor do [[Metropolitano de Salvador|Metrô de Salvador]]. Esse projeto, entretanto, foi enterrado.


==Ligações externas==
*[http://www.radiometropole.com.br Rádio Metrópole FM]: Página da emissora de rádio de Salvador, dirigida por Mário Kertész.



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[[Categoria:Baianos de Salvador]]
[[Categoria:Empresários do Brasil]]
[[Categoria:Radialistas do Brasil]]
[[Categoria:Prefeitos de Salvador]]
[[Categoria:Judeus do Brasil]]
[[Categoria:Partido do Movimento Democrático Brasileiro]]
[[Categoria:Administradores do Brasil]]

Revisão das 13h08min de 22 de maio de 2009

Ficheiro:Mário Kertész.jpg
Mário Kertész

Mário de Mello Kertész (Salvador, 1944) é um político, empresário e radialista brasileiro, descendente de uma família de judeus tradicionais.

Formado em Administração de Empresas pela Universidade Federal da Bahia, com cursos de pós-graduação na Espanha e na França, iniciou sua trajetória de vida pública por meio do então prefeito de Salvador, Antônio Carlos Magalhães, em 1967, aos 22 anos, como chefe de gabinete da Secretaria de Finanças. Na primeira gestão de ACM como governador da Bahia (1971-1975), Kertész foi o primeiro titular da Secretaria do Planejamento, Ciência e Tecnologia, sendo responsável pela implantação do Centro Administrativo da Bahia e pela primeira etapa das obras de recuperação do Centro Histórico de Salvador.

Foi chefe de gabinete de ACM, quando este era presidente da Eletrobrás, entre 1975 e 1978, e prefeito nomeado de Salvador (1979-1981) por ACM em seu segundo governo.

Em 1982, foi o primeiro a romper com o carlismo, na época forte em quase todos os municípios baianos. Filiou-se, então, ao PMDB, e conseguiu fazer de sua então mulher, Eliana Kertész, a vereadora mais votada de Salvador. Sua candidatura à prefeitura da capital surgiu em 1985, derrotando com facilidade o então deputado federal Marcelo Cordeiro, peemedebista autêntico, na convenção do partido, que já havia eleito 26 dos 33 vereadores três anos antes. Kertész, portanto, atraiu a esquerda para apoiá-lo e foi o primeiro prefeito de Salvador eleito pelo voto popular em 15 de novembro daquele ano, após 23 anos de jejum imposto pelo regime militar que o lançara para a carreira política.

Como prefeito, ajudou a eleger Waldir Pires governador da Bahia em 1986, ao lado de outros ex-carlistas, como os então senadores Luís Viana Filho e Jutahy Magalhães, o então deputado federal Ruy Bacelar e o ex-prefeito de Guanambi, Nilo Coelho, escolhido vice na chapa de um dos líderes do "grupo histórico" do PMDB.

Tentou articular a candidatura de Gilberto Gil, presidente da Fundação Gregório de Mattos, para a sua sucessão em 1988, mas não deslanchou. No mesmo ano, rompeu definitivamente com a esquerda, aliando-se ao empresário do setor de comunicação Pedro Irujo para lançar a candidatura do seu empregado, o radialista populista Fernando José, à prefeitura da capital, que foi eleito naquele pleito.

Um ano após terminar o mandato de prefeito, em 1990, investiu no setor midiático, comprando três emissoras de rádio - Cidade FM, antiga propriedade do grupo carioca Jornal do Brasil (hoje Metrópole FM), Itaparica FM e Clube AM - e voltou a se aliar com ACM, até então seu desafeto, que o nomeou interventor do Jornal da Bahia, revolucionário veículo da imprensa baiana que se transformou num simples diário sensacionalista, inspirado no paulista Notícias Populares. Tentou, sem sucesso, a prefeitura de Salvador em 1992, ficando em último lugar. Foi o grande responsável pelo declínio e pela falência do Jornal da Bahia, ocorrida em 1994. O nome do periódico, mais tarde, acabou sendo utilizado exclusivamente por ele num dos programas da grade da rádio Metrópole FM.

A escalada de Kertész como radialista se deu em 1997, apresentando os principais radiojornais na Cidade FM e o telejornal matutino Bom Dia Bahia, da TV Aratu, que era transmitido simultaneamente com a estação de rádio do ex-prefeito. Em 1999, ele comprou ações na TV Bandeirantes Bahia, comandando o noticiário populista Jogo Aberto (que também era apresentado pelo locutor Raimundo Varela). A Cidade FM, que Kertész havia comprado, foi rebatizada Metrópole FM em abril de 2000.

Em 2001, criou a rádio Metrópole AM, cuja frequência é a mesma da extinta Rádio Clube AM, que também havia comprado, e saiu do Jogo Aberto, voltando no final de 2003. Novos projetos foram lançados mais tarde, incrementando seu empreendimento jornalístico: a revista Metrópole (2007), o Jornal da Metrópole (2008) e até a TV Metrópole, existente apenas no site da rádio.