Malea pomum

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Como ler uma infocaixa de taxonomiaMalea pomum
Vista inferior de um espécime de M. pomum coletado na baía de Maputo, em Moçambique; pertencente à coleção do Museu Nacional de História Natural, Paris.
Vista inferior de um espécime de M. pomum coletado na baía de Maputo, em Moçambique; pertencente à coleção do Museu Nacional de História Natural, Paris.
Classificação científica
Reino: Animalia
Classe: Gastropoda
Subclasse: Caenogastropoda
Ordem: Littorinimorpha
Superfamília: Tonnoidea
Família: Tonnidae
Suter, 1913 (1825)[1]
Género: Malea
Brünnich, 1771[2]
Espécie: M. pomum
Nome binomial
Malea pomum
(Linnaeus, 1758)[2]
Distribuição geográfica
Embora a principal área de distribuição de M. pomum seja o Indo-Pacífico,[3] a espécie também se encontra nas ilhas da costa brasileira, onde recebera a denominação de M. noronhensis.[2][4]
Embora a principal área de distribuição de M. pomum seja o Indo-Pacífico,[3] a espécie também se encontra nas ilhas da costa brasileira, onde recebera a denominação de M. noronhensis.[2][4]
Sinónimos
Buccinum pomum Linnaeus, 1758
Cadium pomum (Linnaeus, 1758)
Cadus pomum (Linnaeus, 1758)
Dolium pomum (Linnaeus, 1758)
Malea pommum (Linnaeus, 1758) (sic)
Quimalea pomum (Linnaeus, 1758)
Cassis labrosa Gray, 1847
Malea noronhensis Kempf & Matthews, 1969
(WoRMS)[2]

Malea pomum (denominada, em inglês, Pacific grinning tun, apple grinning tun ou simplesmente grinning tun;[3][5][6][7] este termo, "tun", traduzido para o português, significando "tonel"[8] e relacionando-se com o gênero Tonna,[3] estando junto a "grinning", cujo significado é "sorrindo")[9] é uma espécie de molusco gastrópode, predadora e marinha, do Indo-Pacífico e ilhas do oeste do oceano Atlântico,[7] pertencente à família Tonnidae da ordem Littorinimorpha, na subclasse Caenogastropoda; classificada por Carolus Linnaeus, em 1758; nomeada Buccinum pomum em sua obra Systema Naturae, com sua localidade-tipo na Indonésia (Sudeste Asiático).[2]

Descrição da concha e hábitos[editar | editar código-fonte]

Concha inflada, globosa-ovalada, sólida e brilhante, com espiral baixa, podendo atingir até 9 centímetros de comprimento, mas normalmente atingindo 6 centímetros; dotada de grande volta terminal e abertura ligeiramente estreita, além de apresentar tonalidade geralmente castanha a alaranjada e com manchas mais claras, alongadas; com suturas (junções entre as voltas de sua espiral) rasas; dotada de um relevo muito esculpido de chanfraduras, ou cordões grossos, em espiral, mas não possuindo varizes. Columela ligeiramente escavada; abaixo dela há uma dobra retorcida e irregular; acima, há quatro a cinco pequenas dobras. Abertura com lábio externo espesso, engrossado e fortemente dentado. Canal sifonal curto, resumindo-se a uma ondulação. Opérculo apenas na fase jovem. Protoconcha bastante grande.[3][4][5][6][10]

É encontrada em águas da zona nerítica, principalmente em áreas com areia entre 5 e 30 metros de profundidade; coletada acidentalmente em armadilhas para peixes e redes de arrasto, ou suas conchas encontradas nas praias.[7]

Distribuição geográfica[editar | editar código-fonte]

Malea pomum ocorre no Indo-Pacífico,[3] entre Moçambique, Madagáscar, Maurícia e o Mar Vermelho, passando pela China e Sudeste Asiático até a Austrália, Nova Zelândia e Havaí.[11] No oeste do oceano Atlântico ela ocorre nas ilhas da costa brasileira, em Fernando de Noronha, Atol das Rocas e Trindade; onde fora descoberta, em 1969, e recebera a denominação de Malea noronhensis,[2][4] posteriormente considerada um sinônimo.[2]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. «Malea Valenciennes, 1832» (em inglês). World Register of Marine Species. 1 páginas. Consultado em 9 de fevereiro de 2021 
  2. a b c d e f g «Malea pomum (Linnaeus, 1758)» (em inglês). World Register of Marine Species. 1 páginas. Consultado em 9 de fevereiro de 2021 
  3. a b c d e ABBOTT, R. Tucker; DANCE, S. Peter (1982). Compendium of Seashells. A color Guide to More than 4.200 of the World's Marine Shells (em inglês). New York: E. P. Dutton. p. 118. 412 páginas. ISBN 0-525-93269-0 
  4. a b c RIOS, Eliézer (1994). Seashells of Brazil (em inglês) 2ª ed. Rio Grande, RS. Brazil: FURG. p. 83-84. 492 páginas. ISBN 85-85042-36-2 
  5. a b DANCE, S. Peter (2002). Smithsonian Handbooks: Shells. The Photographic Recognition Guide to Seashells of the World (em inglês) 2ª ed. London, England: Dorling Kindersley. p. 91. 256 páginas. ISBN 0-7894-8987-2 
  6. a b «Malea pomum» (em inglês). Hardy's Internet Guide to Marine Gastropods. 1 páginas. Consultado em 9 de fevereiro de 2021. Arquivado do original em 11 de agosto de 2021 
  7. a b c «Malea pomum (Linnaeus, 1758) grinning tun» (em inglês). SeaLifeBase. 1 páginas. Consultado em 9 de fevereiro de 2021 
  8. «tun» (em inglês). Google Tradutor. 1 páginas. Consultado em 9 de fevereiro de 2021 
  9. «grinning» (em inglês). Google Tradutor. 1 páginas. Consultado em 9 de fevereiro de 2021 
  10. FERRARIO, Marco (1992). Guía del Coleccionista de Conchas (em espanhol). Barcelona, Espanha: Editorial de Vecchi. p. 105. 220 páginas. ISBN 84-315-1972-X 
  11. «Malea pomum (Linnaeus, 1758) distribution» (em inglês). World Register of Marine Species. 1 páginas. Consultado em 9 de fevereiro de 2021