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Manuel Rui

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Manuel Rui
Nome completo Manuel Rui Alves Gomes
Nascimento 4 de novembro de 1941 (82 anos)
Huambo
Nacionalidade angolana
Ocupação Escritor
Principais trabalhos Sim Camarada!
Quem me dera ser Onda
Meninos de Huambo

Manuel Rui Alves Monteiro (Huambo, 4 de novembro de 1941 - ), mais conhecido por Manuel Rui, é um escritor angolano, autor de poesia, contos, romances e obras para o teatro.

Muitos dos seus trabalhos contêm ironia, comédia e humor sobre o que ocorreu após a independência de Angola.

Biografia

Manuel Rui frequentou a Universidade de Coimbra, em Portugal e licenciou-se em Direito no ano de 1969. Praticou direito em Coimbra e Viseu durante a guerra pela independência em Angola [1].

Em Coimbra, foi membro da redacção da revista Vértice, da direcção da Centelha Editora, onde publicou A Onda, em 1973 [2], e colaborador do Centro de Estudos Literários da Associação Académica [1].

Após a revolução de 25 de Abril de 1974, regressou a Angola, tornando-se Ministro da Informação do MPLA no governo de transição estabelecido pelo Acordo do Alvor [3]. Foi também o primeiro representante de Angola na Organização da Unidade Africana e nas Nações Unidas. Foi ainda Director do Departamento de Orientação Revolucionária e do Departamento dos Assuntos Estrangeiros do MPLA.

Manuel Rui foi membro fundador da União dos Artistas e Compositores Angolanos, da União dos Escritores Angolanos e da Sociedade de Autores Angolanos.

É autor da letra do Hino Nacional de Angola, de outros hinos como o «Hino da Alfabetização» e o «Hino da Agricultura», e da versão angolana da Internacional [1].

No plano académico, Manuel Rui foi director da Faculdade de Letras do Lubango e do Instituto Superior de Ciências da Educação [1].

Obras [nota 1]

Poesia

  • Manuel Rui (1967). Poesia Sem Notícias. Porto: [s.n.] 
  • Manuel Rui (1973). A Onda. Coimbra: Centelha 
  • Manuel Rui (1976). 11 Poemas em Novembro: Ano Um. Primeiro livro de poesia publicado em Angola após a independência. Luanda: UEA 
  • Manuel Rui (1977). 11 Poemas em Novembro: Ano Dois. Luanda: UEA 
  • Manuel Rui (1978). 11 Poemas em Novembro: Ano Três. Luanda: UEA 
  • Manuel Rui (1978). Agricultura. Luanda: Instituto Angolano do Livro 
  • Manuel Rui (1979). 11 Poemas em Novembro: Ano Quatro. Luanda: UEA 
  • Manuel Rui (1980). 11 Poemas em Novembro: Ano Cinco. Luanda: UEA 
  • Manuel Rui (1981). 11 Poemas em Novembro: Ano Seis. Luanda: UEA 
  • Manuel Rui (1984). 11 Poemas em Novembro: Ano Sete. Luanda: UEA 
  • Manuel Rui (1981). Assalto. Literatura infantil - Desenhos de Henrique Arede. Luanda: Instituto Nacional do Livro e do Disco 
  • Manuel Rui (2006). Ombela. Edição bilingue português-umbundu [7][8]. Luanda: Nzila  ref stripmarker character in |notas= at position 61 (ajuda)
  • Manuel Rui (2009 [9][10]). O Semba da Nova Ortografia. Luanda: UEA  ref stripmarker character in |ano= at position 6 (ajuda); Verifique data em: |ano= (ajuda)

Prosa

  • Manuel Rui (1973). Regresso Adiado Lisboa. Inclui os contos: Mulato de Sangue Azul, O Aquário, Com ou Sem Pensão, Em Tempo de Guerra não se Limpam Armas e O Churrasco. [S.l.: s.n.]  [11][12][13]
  • Manuel Rui (1977). Sim Camarada!. Primeiro livro de ficção angolana publicado após a independência. Luanda: UEA 
Integra os contos O Conselho, O Relógio, O Último Bordel, Duas Rainhas e Cinco Dias depois da Independência
  • Manuel Rui (1977). A Caixa. Primeiro livro angolano de literatura infantil. Luanda: Conselho Nacional de Cultura 
  • Manuel Rui (1979). Cinco Dias depois da Independência. Publicado originalmente no livro Sim Camarada!, foi editado separadamente, em formato de bolso, na colecção 2K da União dos Escritores Angolanos. Luanda: UEA 
  • Manuel Rui (1980). Memória de Mar. Luanda: UEA 
  • Manuel Rui (1982 [14][15]). Quem me dera ser Onda. Lisboa: Edições Cotovia  ref stripmarker character in |ano= at position 6 (ajuda); Verifique data em: |ano= (ajuda)
  • Manuel Rui (1989 [16]). Crónica de um Mujimbo. Luanda: UEA  ref stripmarker character in |ano= at position 6 (ajuda); Verifique data em: |ano= (ajuda)
  • Manuel Rui (1993). Um Morto & Os Vivos. Adaptado para a série O Comba da Televisão Pública de Angola. Lisboa: Edições Cotovia 
  • Manuel Rui (1997 [17]). Rio Seco. Lisboa: Edições Cotovia  ref stripmarker character in |ano= at position 6 (ajuda); Verifique data em: |ano= (ajuda)
  • Manuel Rui (1998). Da Palma da Mão. Lisboa: Cotovia 
  • Manuel Rui (2001). Saxofone e Metáfora: Estórias. Lisboa: Cotovia. ISBN 972-795-012-4 
  • Manuel Rui (2002 [18]). Um Anel na Areia. Luanda: Nzila  ref stripmarker character in |ano= at position 6 (ajuda); Verifique data em: |ano= (ajuda)
  • Manuel Rui (2002 [19]). Nos Brilhos. Luanda: Instituto Nacional das Indústrias Culturais  ref stripmarker character in |ano= at position 6 (ajuda); Verifique data em: |ano= (ajuda)
  • Manuel Rui (2002 [20]). Maninha: Crónicas (Cartas Optimistas e Sentimentais). Luanda: Nzila  ref stripmarker character in |ano= at position 6 (ajuda); Verifique data em: |ano= (ajuda)
  • Manuel Rui (2003). Conchas e Búzios. Literatura infantil - Ilustrado por Malangatana. Luanda: Nzila 
  • Manuel Rui (2005). O Manequim e o Piano. Luanda: UEA 
  • Manuel Rui (2006). Estórias de Conversa. Reúne os contos: O Menino da Cachoeira, Curto Relato de um Feiticeiro, Desculpe, Tia!, O Telefone Celular e Isidoro e o Cabrito. Luanda: Nzila 
  • Manuel Rui (2007 [21][22]). A Casa do Rio. Luanda: Nzila  ref stripmarker character in |ano= at position 6 (ajuda); Verifique data em: |ano= (ajuda)
  • Manuel Rui (2009 [10]). Janela de Sónia. Luanda: UEA  ref stripmarker character in |ano= at position 6 (ajuda); Verifique data em: |ano= (ajuda)

Teatro

  • Manuel Rui (1973). O Espantalho. Obra inspirada na tradição oral e representado por trabalhadores da construção civil da cidade do Lubango. [S.l.: s.n.] 
  • Manuel Rui (1985). Meninos de Huambo. [S.l.: s.n.] 

Uma citação

O que é preciso é que as contradições se agudizem e a aliança operário-camponesa tome de assalto este Palácio o mais depressa possível para o salto qualitativo.

Chiça! Com salto e tudo? O camarada almoçou dicionário e se não é doutor herdou biblioteca. Vamos com calma!

E o outro escapava-se no meio da multidão.

 
«O Conselho» in Sim Camarada!.

Notas

  1. Para as obras publicadas foram utilizadas, para além das referenciadas expressamente quando é caso disso, as seguintes fontes:[1][2][4][5][6]. Foram consideradas, sempre que encontrada informação, as primeiras edições angolanas.

Referências

  1. a b c d e «Biografias - Manuel Rui Alves Monteiro». UEA. Consultado em 1 de outubro de 2011  Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
  2. a b «Manuel Rui». Biblioteca Nacional de Portugal. Consultado em 1 de outubro de 2011  Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
  3. Phillis Reisman Butler (1991). Manuel Rui's Sim Camarada!: Interpolation and the Transformation of Narrative Discourse. 14, n.º 2. [S.l.]: Phillis Reisman Butler Callaloo. p. 307-312 
  4. «Manuel Rui». Câmara Municipal da Póvoa do Varzim. Consultado em 1 de outubro de 2011  Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
  5. Manuel Rui. «Catálogo». Memória de África. Consultado em 1 de outubro de 2011  Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
  6. «Manuel Rui». Beto Gomes. Consultado em 1 de outubro de 2011  Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
  7. ««Ombela» a nova obra do escritor Manuel Rui». Nexus. 1 de novembro de 2007. Consultado em 1 de outubro de 2011  Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
  8. Carmem Lucia Tindó Secco. «História e Imaginação, Erotismo e Afetos: Algumas Reflexões sobre a Poesia Angolana Pós-1990» (PDF). Consultado em 1 de outubro de 2011  Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
  9. Manuel Rui. «O Semba da Nova Ortografia». Ciberdúvidas. Consultado em 1 de outubro de 2011  Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
  10. a b «Manuel Rui Monteiro lança dois livros Em Destaque». UEA. Consultado em 1 de outubro de 2011  Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
  11. «Análise de Regresso Adiado» (PDF). Consultado em 1 de outubro de 2011  Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
  12. «Como Explicar àquele Colono um Regresso Adiado?» (PDF). Consultado em 1 de outubro de 2011  Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
  13. Maria Teresa Salgado Guimarães da silva. «Uma Grande Dolorosa Comédia» (PDF). Consultado em 1 de outubro de 2011  Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
  14. «Quem Me Dera Ser Onda». Infopédia. Consultado em 1 de outubro de 2011  Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
  15. Maria Cristina Pacheco. «Imagens de Luanda na Literatura Angolana» (PDF). Consultado em 1 de outubro de 2011  Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
  16. Tereza Salgado. «Crônica de um Mujimbo: Fazendo das Fraquezas Forças» (PDF). Consultado em 1 de outubro de 2011  Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
  17. Maria de Lourdes de Melo Pinto. «A Linguagem Secreta de Rio Seco, de Manuel Rui: Perspectivas do Entre Lugar Angolano» (PDF). Consultado em 1 de outubro de 2011  Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
  18. Cibele Verrangia Correa da Silva. «Uma anel na areia: fantasias de amor». Trabalho apresentado na Universidade Estadual Paulista, campus de Assis. Consultado em 1 de outubro de 2011  Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
  19. «Obra literária Nos brilhos já no mercado». Nexus. 5 de outubro de 2002. Consultado em 1 de outubro de 2011  Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
  20. «É lançada hoje a "Maninha" de Manuel Rui». Nexus. 8 de fevereiro de 2003. Consultado em 1 de outubro de 2011  Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
  21. Luiz Maria Veiga (Maio de 2008). «Viagem a Angola Profunda ou «é Triste Pá», «Podes Crer»» (PDF). Revista Crioula, nº3. Consultado em 1 de outubro de 2011  Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
  22. «A Casa do Rio». Juventude de Angola. Consultado em 1 de outubro de 2011  Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
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