Manuel de Arriaga Nunes

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Manuel de Arriaga Nunes (Pico, Madalena do Pico, Terra do Pão, 26 de Junho de 1843Lisboa, 9 de Março de 1894) foi um médico e político, deputado às Cortes e governador civil do Distrito da Horta. Foi avô do general Kaúlza Oliveira de Arriaga.

Família[editar | editar código-fonte]

Filho de Manuel Francisco de Araújo Nunes e de sua mulher Ana Francisca de Arriaga.[1]

Biografia[editar | editar código-fonte]

Depois de frequentar o Liceu da Horta, ainda muito jovem, emigrou para o Brasil, onde se formou como Licenciado em Medicina pela Faculdade de Medicina da Universidade do Rio de Janeiro. Em 1883 fixou-se em Lisboa, onde defendeu com êxito a sua tese de equiparação ao curso de Medicina da Escola Médico-Cirúrgica de Lisboa, partindo de seguida para Viena, onde se especializou[2].

Regressou então aos Açores e estabeleceu consultório de medicina e cirurgia nas ilhas do Faial e Pico. Na sua actividade médica ganhou renome pela sua perícia operatória e generosidade, ficando conhecido pelo médico dos pobres.

Para além da sua actividade como médico, dedicou-se ao jornalismo, publicando sobre temas literários e de saúde. Também se dedicou à política activa, liderando o Partido Regenerador no Distrito da Horta. Apresentou-se como candidato nas eleições legislativas de 1886 e 1889.

Foi governador civil do Distrito da Horta no período de 29 de Janeiro de 1890 a 20 de Fevereiro de 1893, um período longa para a época, já que a crónica instabilidade política forçava uma rápida rotação no cargo. Recebeu também a carta de Conselho[2].

O seu nome consta da toponímia da cidade da Horta e da vila da Madalena do Pico. Decorrido um século da sua morte, foi erigido um busto do Dr. Arriaga Nunes na Terra do Pão, o seu lugar natal[3].

Casamento e descendência[editar | editar código-fonte]

Casou em Buenos Aires com Joaquina dos Santos Lima, nascida no Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Candelária, filha de António Luís dos Santos Lima, nascido no Porto, , e falecido no Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, e de sua mulher Joaquina Teodorica Vieira (Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 1 de Julho de 1827 - Lisboa, Sacramento, 11 de Outubro de 1895), e neta materna de Joaquim Vieira da Cunha (Castelo de Paiva, Pedorido, bap. 15 de Março de 1789) e de sua segunda mulher Teresa Joaquina Bordalo (Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, bap. 22 de Agosto de 1801), de quem teve um filho e duas filhas:

Notas

  1. "Costados Alentejanos", António Luís de Torres Cordovil Pestana de Vasconcelos, Edição do Autor, 1.ª Edição, Évora, 2005, Vol. II, Árv.-p. 33
  2. a b Nota biográfica na Enciclopédia Açoriana[ligação inativa].
  3. Busto na Terra do Pão.

Ligações externas[editar | editar código-fonte]