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Melbourne Shuffle: diferenças entre revisões

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Revisão das 11h30min de 14 de setembro de 2012

Melbourne Shuffle é um estilo de dança de Música Eletrônica, originado em meados de 1980 na cena Rave e Underground de Melbourne, Australia, e inspirada na cena Rave inglesa. Mundialmente conhecida e respeitada, é uma das danças eletrônicas mais ricas em cultura e diversidade de passos.

História

A dança começou a dar seus primeiros passos entre os meados e final da década de 80. Não se sabe a data específica, mas muitos afirmam que foi entre 1985~1989. Começou a ser dançada nas festas Rave e em clubes do subúrbio da cidade de Melbourne, na Austrália, e com a divulgação que teve, mesmo sendo uma dança extremamente Underground na época, não demorou muito para a dança começar a ser praticada em Kuala Lumpur, capital da Malásia, por meio de estudantes malaios que foram estudar em Melbourne, viram a dança nas Raves, aprenderam e levaram-na à Malásia. Por conta disso, tanto a dança como o estilo de músicas e cultura Raver começaram lá. Não se sabe quando foi isso.

Nessa época, a dança ainda não tinha um nome definitivo, mas era chamada de Rocking ou Stomping e aos dançarinos, foram dadas as denominações Rocker ou Stomper. Já os turistas, começaram a chamar de Shuffle (pode signficar misturar, ser evasivo ou pôr em confusão em inglês. Não há um significado dado como correto pelo fato do verbo Shuffle ser um substantivo nesse caso).

A dança só foi oficialmente conhecida fora desses ambientes suburbanos em 31 de Agosto de 1991, no Sarah Sands Hotel - Melbourne, AUS [1].

Em dezembro de 2002, em um programa da TV australiana chamado Rage, um DJ e Rocker, Rupert Keiller, foi entrevistado, e como muitos estrangeiros que visitavam a cidade chamavam a dança de Melbourne Shuffle, Rupert citou o nome neste programa. Um dia depois do fato no programa, a dança estava na capa de um dos principais jornais australianos, The Age [2]. Ainda sim, mesmo com a divulgação em rede nacional, a dança ainda permaneceu desconhecida à população.

A partir de 2005, a dança começou a tomar proporções fora de Melbourne e Kuala Lumpur, com o documentário Melbourne Shuffler [3], feita pela produtora Underground Epidemic Productions (UEP), na qual falava sobre a criação da dança, passos, como surgiu, etc. Para muitos, o pai do Melbourne Shuffle, e talvez o primeiro Shuffler a ser famoso mundialmente (mesmo ele não reconhecendo que dança Melbourne Shuffle, o seu estilo se enquadra perfeitamente à dança), Leeroy Thornhill[4], ex-dançarino do grupo The Prodigy e fã do estilo de dança dentro das Raves britânicas, teve presença neste documentário, comentando sobre a criação da dança, suas influencias, as músicas envolvidas na cultura e seu papel inspiracional para muitos dos primeiros Shufflers.

Já entre 2005~2006, começaram a serem postados os primeiros vídeos de Melbourne Shuffle no YouTube, tornando a dança famosa globalmente. No Brasil, a dança começou a ser difundida em território nacional por volta de 2007~2008, e ganhou impulso com a moda da dança Rebolation, na qual os dançarinos da mesma acrescentavam passos de Melbourne Shuffle aos seus respectivos estilos. O primeiro Meet Up da dança foi realizado no Parque Ibirapuera, em 21 de janeiro de 2008.[5]

Filosofia

Melbourne Shuffle é uma dança que possui muita riqueza de comportamento, uma delas é a chamada P.L.U.R. (Peace, Love, Unity and Respect), vinda de influencias Hippies e que foi criada nas Raves.

Uma frase clássica dita por muitos é Dance to express, not to impress (Dance para expressar-se, não para impressionar). Na verdade, não se sabe se essa frase partiu de um Shuffler, mas sempre foi usada pelos mesmos e se encaixa perfeitamente ao contexto da dança.

Quem praticava a dança no começo, os chamados Oldschools, repudiava a competição, a falta de respeito e de originalidade, e qualquer tipo de conflito que pudesse ocorrer por conta da dança e de sua rica diversidade de praticantes. Este pensamento foi se perdendo no tempo e hoje em dia poucos são aqueles que adotam os ideais dos mesmos.

Com a popularização da dança entre os jovens, a filosofia foi quase extinta, e assim, foram criados os Shufflers Teeny Boppers (termo usado para Shufflers que apenas querem atenção e são o oposto do que a dança prega), Posers ou Try Hards (termo usado para caracterizar Shufflers novatos que tentam fazer mais do que conseguem).

Outra marca do Melbourne Shuffle é a individualidade. Cada Shuffler é livre para executar a dança da maneira que lhe é mais conveniente, e geralmente, apesar da maioria dos Shufflers aprenderem novos passos observando outros Shufflers, cada um possui seu estilo único de dançar. É como se, ao invés de apenas copiar, a pessoa absorve o conhecimento, incorpora e aperfeiçoa, fazendo um ciclo que traz benefícios à dança e ao Shuffler, devido a frequente reciclagem e melhoria dos passos.

Cada dança possui uma essência envolvida. Por exemplo: Balé com a graça e Tango com a sensualidade. No caso do Melbourne Shuffle, a dança trata a liberdade como sua principal essência. Liberdade de poder fazer e sentir o que quiser, contanto que respeite o outro e queira bem do mesmo.

Passos

Passo T-Shuffle, ou também chamado de T-Step, passo principal do Melbourne Shuffle.

O passo principal da dança é o T-Shuffle, um passo originado com base no Sapateado Irlandês. O movimento de girar o pé é chamado de Twist.

A dança também possui o passo Running Man, ou apenas RM[6], criado nos anos 80, com bases no Jazz Moderno, muito famoso por ter sido usado em clipes de artistas como MC Hammer, Vanilla Ice e Technotronic. Devido a esses artistas, a dança também é conhecida como The Hammer ou Vanilla Ice. Com o tempo, o Running Man ganhou mais importância dentro da dança, por caracterizar melhor o estilo de um Shuffler, além de dar mais estabilidade que somente o T-Shuffle e causar um impacto visual maior aos espectadores, mas não se tranformou no passo principal. Vale lembrar também que se alguém utiliza somente o Running Man, ele não está dançando Melbourne Shuffle e também que pode se dançar sem utilizar esse passo. O movimento de saltar ou dar um pulinho é chamado de Hop. O Twist e o Hop dão origem a maioria das variações de passos no Melbourne Shuffle.

Os braços (Handmoves) compõem maior parte do estilo de um Shuffler. Mesmo muitos não os utilizando e considerando-os inúteis, ele é uma das peças fundamentais de um estilo.

A dança também incorpora elementos das danças Charleston e Jazz Moderno e variações de Street Dance, tais como Liquid, Waving, Hat Tricks (Movimentos usando Boné), Moonwalk, etc. Esta diversidade de danças nas origens do Melbourne Shuffle se deve ao público que frequentava as Raves da época.

Com o tempo, e principalmente, com a popularização da dança na Austrália e na Malásia (fora das Raves e indo pra Internet), os jovens foram alterando-a, e assim, nasceu dois estilos diferentes de Shuffle (variações, mas não deixando de ser Melbourne Shuffle): AUS & MAS, siglas sinalizando o local de origem de cada estilo:

AUS (Australian Shuffle/Australian Style): Estilo mais preso às raízes da dança. Usa-se muitos Kicks (Chutes), Slides/Glides (Ilusões de locomoção pelo solo), Spins (Giros), movimento com os braços (Handmoves) e dando prioridade às batidas da música e à locomoção pelo solo;

MAS (Malaysian Shuffle/Malaysian Style): Estilo de shuffle mais lento e agressivo. Usa-se mais pulos, Running Man alterado (pernas com distância maior e curvas entre si, uso de impulso e força ao invés de movimento mecânico nos Hops e, em certos casos, o uso de apenas um Hop), uso de T-Shuffle quase inexistente, mais Stomps (Pisões), Handmoves mais bruscos e dando prioridade a Combos (combinações de passos e variações).

Lembrando que o Melbourne Shuffle não se prende a esses estilos. Cada um pode dançar sem seguir essas regras e padrões.

Coreografias são muito difíceis de serem boladas e executadas se tratando de Melbourne Shuffle, pelo fato de que uma coreografia, em sua teoria, são todos os dançarinos executando os mesmos movimentos, e como a dança trata de todos serem diferentes, este é um ponto negativo da dança. Muitos consideram essa afirmação incoerente, partindo do ponto que muitas coreografias são bonitas e bem boladas.

Phat Pants

Ficheiro:Uber pants 51.jpg
Modelo de Phat Pants, feita pela heatwaveonline.multiply.com

Dentro da cultura encontram-se muitos elementos únicos. Um deles são as Phat pants ou Phatties.

Na decada de 80 e 90, calças pantalonas e macacões com suspensórios eram moda. Por essa razão, as Phat Pants possuem bocas largas e suspensórios caídos. Existem teorias de que elas tenham parte de sua influencia devido à cultura Cybergoth, outra cultura Raver, muito presente nas Raves européias e australianas, mas nada de conciso sobre isso existe. Esta cultura teria influenciado nos desenhos e no uso de refletivos nas Phatties.

Sabe-se que, devido ao clima de Melbourne (~15ºC no inverno e ~40ºC no verão), o design de calças estilo pantalona que as Phats Pants possuem, era, ao mesmo tempo, agradável, chamativo e confortável ao Shuffler, mesmo com as piores condições de temperatura.

O termo Phat, na gíria inglesa significa algo ótimo, superbo, etc.

Elas, teoricamente, não ajudam um Shuffler a melhorar o seu estilo, mas dão uma noção maior de locomoção no solo (dependendo do tamanho da boca da calça e do estilo da pessoa), escondem certos erros em alguns passos e, se possuírem fitas refletivas, brilham quando há luz.

Os materiais refletivos (PVC refletivo) são usados para refletirem as luzes e lasers das Raves, dando assim, maior ilusão e psicodelia à dança e às calças. Quando uma Phat não possui refletivos ela é chamada de Plain Phat.

As primeiras Phats eram confeccionadas com materiais recicláveis, e, em sua maioria, tinham apenas listras, e quem tinha, gastava muito pouco pelos materiais ou, literalmente, catava do lixo. Em raras ocasiões, tinham materiais refletivos.

As primeiras lojas a venderem artigos de Rave Gear (termo usado para caracterizar qualquer roupa/acessório de um Raver) apenas começaram a aparecer nos anos 2000.

Na cultura Raver, somente os Melbourne Shufflers e Brisbane Stompers detém o poder de usá-las. Cada cultura com suas características, mas todas se respeitando e querendo bem-mútuo. Vale ressaltar que não precisa, necessariamente, usá-las para dançar Melbourne Shuffle.

Música

Como cultura Rave, Melbourne Shuffle é diretamente ligada à Música Eletrônica. Os primeiros Shufflers dançavam com músicas mais cruas e rápidas, tais como Acid House, Techno e Hard Trance.

Algumas boates se destacam dentro da cena, tais como a Pure Hard Dance (PHD), na Austrália[7], famosa por ser ponto de encontro de Shufflers e amantes dos estilos Hardstyle e Hard Trance em Melbourne. Elas ganharam fama mundial por conta de seus produtos, principalmente casacos, que são usados nos vídeos dos Shufflers.

Entretanto, como muitos Shufflers atuais veem no YouTube vídeos onde somente Hardstyle e Hard Trance são a trilha sonora, eles creem que só se possa dançar com esses estilos, porém isso é um equívoco. Se o dançarino conseguir acompanhar as batidas, ele pode dançar com qualquer estilo de música eletrônica que lhe desejar, o importante é ele se sentir bem ao dançar.

Fama

A dança começou a ganhar seu espaço global a partir de 2005, de lá pra cá, a fama aumentou drasticamente. Em 2009, o grupo alemão de música eletrônica Scooter lançou seu clipe J'adore Hardcore[8], na qual dois dos mais famosos Shufflers do mundo, Missaghi Pae Peyman & Sarah Miatt aparecerem dançando, na cidade de Melbourne.

Em 2010, o grupo The Black Eyed Peas começou a usar o Melbourne Shuffle na coreografia de sua música The Time[9] [10]. No mesmo ano, passou uma matéria na TV australiana falando sobre a dança, na qual mostrava um torneio chamado So you think you can Shuffle?, feito pela Australian Shuffle[11]. Ainda em 2010, o grupo sul-coreano 2PM[12] foi o primeiro a usar passos de Melbourne Shuffle dentre os grupos de K-pop.

Em 2011, a dupla norte-americana LMFAO lançou o clipe Party Rock Anthem [13], onde vários Shufflers aparecem. A partir deste clipe, a dança tornou-se conhecida e amada para o mundo todo. No mesmo ano e seguindo a iniciativa do 2PM, o grupo T-ara usou passos de Melbourne Shuffle na coreografia de Lovey Dovey[14].

A maioria dos Oldschools detesta essa popularização da dança, por parte do YouTube ou da mídia, porquê as massas apenas veem a dança, mas não a cultura e filosofia incorporada na mesma. Entretanto, isso significa que a dança está ganhando seu espaço dentro do mundo da dança. Mesmo somente a dança ganhando status de notoriedade, é um grande passo para a populatização do Melbourne Shuffle.

Ligações externas

ai galera, o LMFAO deixou a dança ainda mais conhecida! FICADICA,e outra.. eles são modinha. www.youtube.com/RoguerOFICIAL

  1. http://melbourneshuffleoldskool.blogspot.com/2008/02/shuffle-earliest-known-shuffle-footage.html
  2. http://www.theage.com.au/articles/2002/12/07/1038950203557.html
  3. http://www.melbourneshuffler.com/
  4. http://theprodigy.info/members/leeroy.shtml
  5. www.youtube.com/watch?v=G6pUh6qNjP4
  6. youtube.com/watch?v=JpZRPCZfz_E
  7. http://pureharddance.com/
  8. youtube.com/watch?v=_eNxZN3oquw&ob=av3e
  9. youtube.com/watch?v=xo9auVQIh4c
  10. youtube.com/watch?v=--hvtD7PC30#t=11m20s
  11. youtube.com/watch?v=4pZVgBB5Q8I
  12. www.youtube.com/watch?v=jMdofhj9WKU
  13. youtube.com/watch?v=KQ6zr6kCPj8&ob=av3e
  14. www.youtube.com/watch?v=CJ0djllyqwY