Milena (Caltanissetta)
Milena
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Comuna | |
Localização | |
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Localização de Milena na Itália | |
37° 28′ 00″ N, 13° 44′ 00″ L | |
País | Itália |
Região | ![]() |
Província | Caltanissetta |
Características geográficas | |
Área total | 24 km² |
População total | 3 446 hab. |
Densidade | 144 hab./km² |
Altitude | 423 m |
Outros dados | |
Comunas limítrofes | Bompensiere, Campofranco, Grotte (AG), Racalmuto (AG), Sutera |
Código ISTAT | 085010 |
Código postal | 93010 |
Prefixo telefônico | 0934 |
Sítio | www.comune.milena.cl.it/ |
Milena (Milocca em Siciliano, gentílico: milenesi) é uma comuna italiana da região da Sicília, província de Caltanissetta, com cerca de 3.446 habitantes. Estende-se por uma área de 24 km², tendo uma densidade populacional de 144 hab/km². Faz fronteira com Bompensiere, Campofranco, Grotte (AG), Racalmuto (AG), Sutera.[1][2][3][3]
Geografia
[editar | editar código-fonte]Milena surge numa zona montanhosa a 423 metros acima do nível do mar. Acha-se na parte ocidental da província a leste do rio Platani, região central da Sicília.[1][2][3] Faz limites com as comunas de Bompensiere, Campofranco, Grotte, Racalmuto e Sutera.[1][2][3] Distante 36 km da Agrigento, 45 km de Caltanissetta e a 86 km de Enna.
História
[editar | editar código-fonte]Com o nome originário de "Milocca" (do árabe Mulok, que significa cerejeira ou propriedade grande) o município nasce em 1924 sob o decreto n°3032 de Vítor Emanuel III da Itália.[1][2][3]
A partir de 1933, em homenagem à rainha Milena de Montenegro, mãe da rainha Helena de Montenegro, esposa de Vítor Emanuel III da Itália o município foi renominado para "Milena".
Em 1946, as primeiro eleições administrativas foram realizadas escolhendo a primeira administração municipal democraticamente.
Pontos turísticos
[editar | editar código-fonte]- Igreja Matriz - Dedicada à Imaculada Conceição, está localizado na Praça Garibaldi, erguda em 1881 e foi concluída em 1877, por necessidade de se ter uma igreja maior que a de São Martinho, pequenas e inseguras, que comportassem toda a população. Tem pinturas e esculturas dentro de Francesco Biangardi.[1][2][3] Após a construção da igreja se seguiu a construção da torre do relógio, passando por recente[quando?] restauração.
- Quinta de São Martinho - Remonta ao século XVII.[1][2][3]
- A Cruz - localizado na Via Nazionale, é um santuário construído na primeira metade do século XX, substituindo uma antiga capela, sob a forma de giz "cubuluni", que foi feito para segurar a cruz de madeira dado a Milena, carregado sobre os ombros do padre Gioacchino La Lomia, um frade capuchinho de Canicatti, a quem a população atribui graças e milagres.
Cultura
[editar | editar código-fonte]Festas
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A primeira festa do ano coincide com o carnaval, entre fevereiro e março. A festa caracteriza por carros alegóricos marchando com quadros de máscaras. A terça-feira de carnaval caracteriza-se pelo desfile de todas as escolas, enquanto a quinta-feira a festa é dedicada aos costumes culinários, onde se consome almôndegas ao molho de tomate com farinha de rosca condimentadas, queijo e aromas, como um tipo especial de hortelã chamada "sambriglia", acompanhado de degustação livre de outros produtos locais, incluindo pão chamado "scanatu" temperado com azeite e queijo e vinho.
Durante os verões, cerca de trinta dias, espetáculos de teatro, cinema, jogos e atividades para crianças são realizadas na Praça e no Parque da Cidade. Espetáculos teatrais e projeções de filmes e animações para crianças desenvolvem-se em praças e no Parque Urbano da cidade. No parque há um jardim naturalístico, contando com um panorama de inumeráveis espécies de flores.
Festa de São Giuseppe
[editar | editar código-fonte]A festa de São Giuseppe, patrono da Itália, celebra-se em 19 de março.[1][2][3] Em Milena é marcada pela elaboração de um baquete oferecido pelas famílias aos mais carentes. A prática é caracterizada por uma grande mesa onde sentam-se geralmente 13 pessoas, representando os Apóstolos, José, Maria e Jesus.[1][2][3]
O almoço é preparado com produtos da estação e diversos pratos. Oferece-se em almoço pães de erva-doce especialmente preparados com amêndoa torrada, laranja e grão-de-bico, chamados de "truscitedda" ou "rizzimedda". Após o almoço acontece a missa e uma procissão.
Sexta-feira Santa
[editar | editar código-fonte]Em comemoração à Sexta-feira Santa ocorre a procissão do Senhor Morto acompanhado de antigos cantos populares de lamento. A procissão e encenação é marcada pelas quinze estações da Paixão de Cristo.
Festa de Santo Antão
[editar | editar código-fonte]Na segunda-feira consecutiva ao segundo domingo de agosto é dedicado a festa religiosa de Santo Antão do Deserto.[1][2][3] A jornada de feste é cadenciada por liturgias solenes e culmina com a procissão e encenação da vida de Santao Antão pelo deserto nas ruas da cidade.
Segundo Domingo de Maio
[editar | editar código-fonte]No segundo domingo de maio, na Vila de Vittorio Veneto, realiza-se a subida no Pau-de-sebo, que consiste em subir em um tronco de árvore, com cerca de oito metros, tomado por sabão, sebo ou graxa, a fim de buscar o prêmio, uma crina de cavalo no topo.
Festivais
[editar | editar código-fonte]O segundo sábado de agosto é o dia dedicado ao Festival da Imbriulata, prato típico local. Prato que as donas de casa preparavam como refeição para os camponeses, para comer durante o trabalho no campo, feita com massa folhada laminados, azeitonas, batatas, queijo e carne de porco picada, que agora substitui o "frittole".
População
[editar | editar código-fonte]Demografia
[editar | editar código-fonte]Variação demográfica do município entre 1861 e 2011[3] |
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Fonte: Istituto Nazionale di Statistica (ISTAT) - Elaboração gráfica da Wikipedia |
Emigração
[editar | editar código-fonte]Nos anos 50 a população chegou a 5.000 habitantes, por causa da escassez de empregos, e da emigração do norte da Itália para o exterior. Grande parte dos emigrantes estabelecu-se em Asti e municípios vizinhos, outra grande parte de Aix-les-Bains (França), na sequência outras pequenas comunidades foram para Basileia (Suíça) e em menor número para Inglaterra, Bélgica, Venezuela e Estados Unidos.[1][2][3] Na década de 60 começou um declínio grande da população que continua até os dias atuais, tanto com a diminuição de nascimentos (uma família média naqueles anos era entre 3 e 5 crianças) quanto a emigração que continuou.
Economia
[editar | editar código-fonte]Milena é uma cidade dedicada à agricultura, os campos são cultivados por quase completamente por milho, e o restante por vinhas, amêndoa, fava, tomate.[1][2][3] Quase toda a população é composta de agricultores, seu rendimento é direta ou indiretamente, um produto da agricultura. Há pequenas atividades manufaturadas de ferro e madeira.[1][2][3]
Cidades irmãs
[editar | editar código-fonte]Atualmente Milena tem como cidade irmã: