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Nova Olímpia (Paraná): diferenças entre revisões

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Na região [[Noroeste]] do puteiro[[Guarapuava]] ou de Trapp), onde as altitudes estão compreendidas entre as menores e as temperaturas entre as maiores do estado. Estas características físicas propiciaram aí, a implantação de culturas agrícolas de clima tropical, como o café, a cana-de-açúcar, o algodão dando a esta região características sócio-econômicas diferentes das outras existentes no estado.


A formação geológica desta área se deu na [[Era Mesozóica]] ( 230 a 65 milhões de anos) por grandes derrames vulcânicos de lavas negras denominadas basaltos, que foram recobertas por arenitos e sítios denominadas [[Arenito Caiuá]].
A formação geológica desta área se deu na [[Era Mesozóica]] ( 230 a 65 milhões de anos) por grandes derrames vulcânicos de lavas negras denominadas basaltos, que foram recobertas por arenitos e sítios denominadas [[Arenito Caiuá]].

Revisão das 12h55min de 14 de março de 2010

Nova Olímpia
  Município do Brasil  
Símbolos
Bandeira de Nova Olímpia
Bandeira
Brasão de armas de Nova Olímpia
Brasão de armas
Hino
Lema Unidos Seremos Fortes
Gentílico nova-olimpiense
Localização
Localização de Nova Olímpia no Paraná
Localização de Nova Olímpia no Paraná
Localização de Nova Olímpia no Paraná
Nova Olímpia está localizado em: Brasil
Nova Olímpia
Localização de Nova Olímpia no Brasil
Mapa
Mapa de Nova Olímpia
Coordenadas 23° 28′ 19″ S, 53° 05′ 20″ O
País Brasil
Unidade federativa Paraná
Municípios limítrofes Tapira, Tapejara, Maria Helena, Cidade Gaúcha, Cruzeiro do Oeste
Distância até a capital 600 km
História
Fundação 15 de dezembro de 1968 (55 anos)
Administração
Prefeito(a) Paulo Jobel Bezerra de Araujo (PMDB, 2009–2012)
Características geográficas
Área total 136,308 km²
População total (est. IBGE/2009 [1]) 5,391 hab.
Densidade 38,1 hab./km²
Clima Subtropical Úmido Mesotérmico
Altitude 438 m
Fuso horário Hora de Brasília (UTC−3)
Indicadores
IDH (PNUD/2000 [2]) 0,74 alto
PIB (IBGE/2005 [3]) R$ 25.534 mil
PIB per capita (IBGE/2005 [3]) R$ 4 904,00

Nova Olímpia é um município brasileiro do estado do Paraná.

Geografia

Localiza-se a uma latitude 23º28'19" sul e a uma longitude 53º05'19" oeste, estando a uma altitude de 438 metros, próximo ao município de Umuarama. Sua população é de 5.227 habitantes, segundo o Censo do IBGE de 2007.

Possui uma área de 134,39 km².

Na região Noroeste do puteiroGuarapuava ou de Trapp), onde as altitudes estão compreendidas entre as menores e as temperaturas entre as maiores do estado. Estas características físicas propiciaram aí, a implantação de culturas agrícolas de clima tropical, como o café, a cana-de-açúcar, o algodão dando a esta região características sócio-econômicas diferentes das outras existentes no estado.

A formação geológica desta área se deu na Era Mesozóica ( 230 a 65 milhões de anos) por grandes derrames vulcânicos de lavas negras denominadas basaltos, que foram recobertas por arenitos e sítios denominadas Arenito Caiuá.

Este tipo de solo apresenta grande suscetibilidade aos processos erosivos que afetam principalmente as camadas superficiais, sendo mais adequado às culturas perenes que não necessitem tombamento freqüente da terra. Logo após a derrubada da mata nativa, o solo apresenta uma boa fertilidade que se esvai em pouco tempo por ser fina a camada fértil. Este fenômeno promove a redução na produtividade agrícola, provoca assoreamento nas redes de drenagem, rios e represas e também compromete obras públicas e privadas. As cidades desta região têm sofrido muito com a erosão, porém, nos últimos anos, com a orientação da SUCEAM - Superintendência do Controle da Erosão e Saneamento Ambiental, têm conseguido contê-la dentro da área urbana. Mas a erosão periurbana constitui ainda um grande desafio.

Hidrografia

Localizado na Bacia do Rio Ivaí, o seu afluente Ribeirão Tapiracuí é o principal rio de Nova Olímpia. Este faz a divisa com Cidade Gaúcha e seus afluentes dentro do município são os córregos Água do Salto, do Mosquito, Água Mansa, do Engano, da Taboca, do Ouriço, do Ribeirão e do Capricórnio. A leste, na divisa com Tapira, estão os córregos da Ajuda, São Domingos, (Santa Olímpia divisor) e o Arroio do Lambari. A sede do município se encontra no divisor de águas entre as subbacias (do Rio Tapiracuí e do Rio das Antas. A micro-bacia hidrográfica de maior extensão e de importância municipal é a micro-bacia Córrego da Taboca, do Córrego do Engano, do Córrego Água Mansa, do córrego São Domingos localizado no Vale da Borboleta abrangendo também a bacia da Água Fria e parte da comunidade Ponte Seca, onde o restante desta comunidade é abastecida por pequenas nascentes de água. Não existem rios dentro do perímetro urbano apenas nascente de um córrego. Originariamente a Mata Pluvial Tropical se estendia por todo o Noroeste do Paraná, com belíssimos exemplares de cedro, peroba, pau-marfim, alecrim, ipê-roxo e outros).

Vegetação

O Terceiro Planalto subdivide-se em cinco regiões. A parte compreendida entre os rios Ivaí e Piquiri é denominada Planalto de Campo Mourão. O município de Nova Olímpia localiza-se no setor ocidental deste planalto, onde ocorrem platôs suavemente ondulados (declividades entre 3% e 8%) com divisores de água arredondados em 95% de seu território e nos outros 5% se forma um conjunto de pequenos montes (declives de 8% a 20%). A altitude na área urbana é de 500m.

A devastação acelerada e irracional deixou apenas pequenas manchas destas florestas. Em Nova Olímpia estas manchas cobrem apenas 220 hectares dos seus 13.756, dos remanescentes florestais destacam-se duas áreas ao norte da cidade, em ambos os lados da PR 480 de 15,27 e 8,42 ha por sua exuberância e proximidade da área urbana, aproximadamente 200 m. Graças aos esforços de conscientização feitos por órgãos municipais e estaduais através da produção e distribuição de essências nativas e exóticas podemos encontrar aproximadamente 50 hectares de áreas reflorestadas.

A área urbana tem praticamente todas as suas ruas arborizadas predominando a sibipiruna. Não existem parques públicos, apenas praças.

As áreas às margens dos córregos estão protegidas com mata ciliares, sendo que as áreas de reservas legal estão restritas a grandes propriedades.

O relevo do município e região em geral é suave a suave-ondulado e a formação do solo, caracterizam a ocorrência da Floresta Estacional Semidecidual (Floresta Pluvial Tropical e Sub-Tropical).

.A formação Florestal Semidecidual Aluvial, caracteriza-se por árvores entre 25 a 20 metros de altura, apresentando um extrato arbóreo das espécies como: Canelas (Nectamdra falcifaria), Guarita (Asteronium graveolens), Perobas (Aspidosperma polyneuron) e (Aspidosperma cylindrocarpon), Ipê Amarelo (Tabebuia chysotrycha), Sobrasil (Columbrina grandulosa), e Ariticum (Annana cacans).

A floresta tropical subperenifólia parece de modo geral, ser menos exuberante sobre os solos do Arenito Caiuá, com árvores mais baixas e de menor diâmetro do que sobre os solos provenientes de latosssolo roxo e terra roxa.Seus exemplares mais comuns são: cedro, canela, canjerana, angico-branco, taquara e asa-peixe e capim margoso.Os solos, com baixa produtividade agrícola geralmente são utilizados em pastagens.

História

Existem registros dos primeiros habitantes da região foram os índios Xetás oriundos da gleba dourados.

A colonização de Nova Olímpia se deu na segunda metade do ciclo econômico do café. Em busca de terras baratas, permitindo que instalassem grande número de pequenos proprietários rurais em propriedades de pequeno porte, chegando-se a instalar de 20 a 30 famílias diariamente oriundas dos estados de Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e de outras cidades do Paraná.

Sua população é formada por migrantes e imigrantes de várias regiões do país, que formam a grande diversidade cultural que caracteriza essa região.

Sua diversidade transforma o lugar como ponto de encontro dos amigos.

As primeiras ocupações de áreas se deram na única estrada que havia no município e que ligava Tapira a Cruzeiro do Oeste. Hoje, neste trecho da estrada se localiza uma das primeiras ruas da cidade, a Rua Paraná e a Praça da República, onde foi rezada a primeira missa campal.

A cidade foi projetada pelo engenheiro Osvaldo Formighieri e tem a forma de dois hexágonos acoplados. Um destes hexágonos se desenvolve em torno da Praça da República e teve uma ocupação homogênea numa segunda fase de consolidação da área urbana.

Quando começaram a surgir as primeiras casas em Nova Olímpia sentiu-se a necessidade da prática religiosa, então várias pessoas organizaram-se no ano de 1959 e marcaram uma festa com a presença do Padre para celebrar a primeira missa que seria na Praça da República não sendo realizada pelo fato de ter chovido muito no dia e adiado para o dias 6 de agosto de 1960 com a presença do Frei Gaspar lotado em Cruzeiro do Oeste Pr.

A cidade de Nova Olímpia assim como a maioria das cidades do noroeste do Paraná surgiu do movimento colonizador em busca de terras para o plantio do café. A partir do início do século XX a ampliação da área cafeeira, proporcionou a criação de muitas cidades, numa onda que se deslocava de leste para oeste, desbravando todo o norte do estado.

A colonização de Nova Olímpia se deu na segunda metade do ciclo econômico do café. As melhores terras do Norte Velho e Norte Novo, a “terra roxa”, já estava ocupada pelos latifundiários. O Norte Novíssimo tinha as terras mais baratas, o que permitiu que ali se instalassem grandes números de pequenos e médios proprietários. Chegavam semanalmente de 10 a 15 famílias, vindas de Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul e de outras cidades do Paraná.

Em 1947 chegou à região de Umuarama o Sr. Moacir Loures Pacheco proprietário da Colonizadora do Paraná Ltda. Herdou a empresa e as terras onde hoje está Nova Olímpia de seu pai Geniplo dos Santos Pacheco, que havia recebido esta área em 1924 como pagamento pela construção de estradas. No início da década de 50 o Sr. Moacir e seu sócio Sr. Mário de Aguiar Abreu contrataram o engenheiro Osvaldo Formighieri que desenvolveu a planta da cidade às margens da antiga estrada que ligava Tapira a Cruzeiro do Oeste, onde hoje fica a avenida Paraná. Até então estas terras faziam parte do município de Cidade Gaúcha, e aí predominavam as pequenas e médias propriedades rurais.

Antes de ser elevada a categoria de município, Nova Olímpia pertencia ao município de Cruzeiro do Oeste, em 2 de fevereiro de 1967 a mesma passou a pertencer a Tapira, voltando mais tarde a pertencer novamente a Cidade Gaúcha Pr.

Os primeiros habitantes da região foram os índios xetás que viviam entre a gleba Dourados e o Rio Ivai. No início da sua colonização muitos imigrantes europeus como italianos, portugueses e espanhóis predominaram essa região, sendo que os italianos são a maioria. Com relação a ao povoamento da cidade se deu através de migrantes de várias regiões do Brasil, garantindo a sua diversidade cultural como, mineiros, gaúchos, catarinenses, e paulistas de vieram em busca de terras férteis e progresso. Os primeiros habitantes de nossa cidade foram:

Os irmãos Geraldo Dolaziana e João Dolaziana (proprietários da primeira casa comercial.)

José de Almeida Costa. (O primeiro Hotel)

Orlando Apolônio, Francisco Fernandes de Carvalho e Américo Padilha (Os primeiros proprietários de Serrarias.)

Juvenciano Almeida Costa e João Deusdete de Almeida (Primeira Farmácia.)

Doutor Antônio Hermínio Aguiar (Primeiro médico).

O nome do município é uma homenagem à mãe do fundador, Olímpia Loures Pacheco. Foi elevada a categoria de distrito em 23.09.1964 (Lei nº 4.930) e a nível de município em 13.11.1967 (Lei nºo 5.704), tendo sido instalado em 15.12.1968.

A comunidade comemora o aniversário da cidade no dia do padroeiro Senhor Bom Jesus em 6 de agosto. Neste dia em 1959 foi celebrada a primeira missa campal, na atual Praça da República.

Turismo

Um dos grandes eventos do município é o Rodeio que acontece anualmente, geralmente em novembro, conta com várias atrações e cantores famosos. O Parque do Lago e a Praça do Trabalhador são pontos turísticos, além dos inúmeros rios e quedas da região. Ás sextas-feiras a feira da Praça da República é muito frequentada.

Chácara de Lazer do Rodrigues Chácara de Lazer Balneário Sol Nascente

Mais notícias, escute a radio comunitaria de Nova Olímpia. OLIMPIA FM: http://www.olimpiafm.com.br/

Economia

A maior parte da população vive da agricultura. Quem não é produtor vende mão-de-obra à Usina da vizinha Cidade Gaúcha. Há indústria de confeçcões e produção de aves. A criação de bovinos tem dado lugar ao cultivo da cana-açúcar.

O município possui mão-de-obra em fase de qualificação, sendo que existem vários cursos sendo ministrados pelo município como, costura industrial, cursos ligados ao campo ministrados pelo SENAR para melhoria da mão de obra do campo são constantes no município. As escolaridades médias vêem crescendo ano a ano dos moradores possibilitando a inclusão no mercado de trabalho, graças a uma preocupação do poder público municipal. O analfabetismo ainda contribui para a falta de qualificação profissional, sendo que a maioria são homens que trabalham no corte de cana, diaristas nas propriedades rurais, campeiros, pequenos proprietários rurais (Vila Rural) e mulheres que na sua vida a educação ficou em segundo plano, sendo que a sobrevivência era mais importante, quadro que esta mudando ano a ano.

As mulheres se ocupam com o artesanato local, que é a fonte de renda para 45 famílias e também nas industrias de confecção e facção.

A migração para outras cidades esta sendo contida graças a geração de empregos e oportunidades de trabalho cada vez maior.

O CMT (Conselho Municipal de Trabalho) realiza reuniões constantes para avaliar as atividades desenvolvidas no município.

Números

Censo agropecuário 2006 (fonte IBGE)

Produção de leite em 2006: 85 mil litros

Matas e Florestas: 1.117 hect.

Bovinos: 14.145 cabeças.

Aves: 467.681 cabeças.

Nascidos vivos em 2005: 70 pessoas.

Casamentos em 2005: 25.

Óbitos em 2005: 57

Matrículas em 2006

Pré-escolar: 103

Ensino Fundamental: 879

Ensino Médio: 292

Produção Agrícola e Pecuária

Ranking (inclui apenas a produção documentada).

Muito embora a bandeira traga ramos de café e algodão, em 2005, por exemplo, o município produziu:

37.442 toneladas de cana de acúcar

8.800 toneladas de mandioca

1.600 toneladas de milho

375 toneladas de soja

375 toneladas de melancia

175 toneladas de feijão

150 toneladas de trigo

105 toneladas de maracujá

60 toneladas de amendoim

59 toneladas de café

25 toneladas de algodão

9 toneladas de fumo

29.964 mil casulos de bicho-da-seda

40 mil cocos

Ligações externas

Referências

  1. «Estimativas da população para 1º de julho de 2009» (PDF). Estimativas de População. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 14 de agosto de 2009. Consultado em 16 de agosto de 2009 
  2. «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil». Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2000. Consultado em 11 de outubro de 2008 
  3. a b «Produto Interno Bruto dos Municípios 2002-2005» (PDF). Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 19 de dezembro de 2007. Consultado em 11 de outubro de 2008 
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