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Oração subordinada: diferenças entre revisões

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As orações subordinadas podem aparecer sob a forma de orações reduzidas,
As orações subordinadas podem aparecer sob a forma de orações reduzidas,
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Os funkeiros são burros e idiotas.
Eu fui para casa de minha avó.


=={{Bibliografia}}==
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Revisão das 15h01min de 9 de junho de 2013

A Oração subordinada, em gramática, é aquela que exerce uma função sintática em relação a uma outra oração, chamada oração principal e que pede complemento.
Exemplo:
"Aguardo que você chegue"

Nessa frase há duas orações: "Aguardo" e "que você chegue". Como A oração "que você chegue" está completando o sentido do verbo transitivo direto "aguardo", portanto, esta oração exerce função sintática do objeto direto, sendo assim uma oração subordinada substantiva objetiva direta.

Dependendo da função sintática que exercem, as orações subordinadas podem ser classificadas em: substantivas, adjetivas ou adverbiais.

Orações subordinadas substantivas

São aquelas que agem dentro dos substantivos (subjetiva, objetiva direta, objetiva indireta, apositiva, completiva nominal e predicativa), iniciam sempre por conjunções integrantes (que e se). Uma oração subordinada substantiva pode ser:

  • Subjetiva (O.S.S.S.): contribui função de sujeito do verbo da oração principal.


Exemplo: "É provável que ele chegue ainda hoje". (o que é provável?)
Exemplo: "Perguntou-se que tipo de pessoa faria uma coisa dessas. (o que perguntou-se?)
Pode ser também quando a oração principal começa com verbo de ligação;


Exemplo: "Desejo que todos venham" (quem deseja, deseja algo, alguma coisa);


Exemplo: "Necessitamos de que todos nos ajudem" (quem necessita, necessita de algo, de alguma coisa ou de alguém);


  • Predicativa (O.S.S.P.): exerce função de predicativo.


Exemplo: Meu desejo era [verbo de ligação] que me dessem uma bicicleta
Pode ser também quando a oração principal termina com verbo de ligação;


  • Completiva Nominal (O.S.S.C.N.): exercem função de complemento nominal de um nome da oração principal.
    Exemplo: "Tenho esperança de que ele ganhe a vaga";


  • Apositiva (O.S.S.A.): exercem função de aposto.


Exemplo: "Desejo-te uma coisa: que sejas muito feliz"
Não precisa ter necessariamente dois pontos (:) ou ponto e vírgula (;).

Dessa maneira, todas as orações subordinadas substantivas podem ser trocadas por isso, disso ou nisso. Veja os exemplos:


Precisamos de que você faça a cena com a atriz. = Precisamos disso. (disso: completiva nominal ou objetiva indireta)
Quero que venha para a guerra. = Quero isso. (isso: subjetiva, objetiva direta, predicativa)
Fiquei pensando que valia a pena. = Fiquei pensando nisso. (nisso: completiva nominal ou objetiva indireta).

Orações subordinadas adjetivas

Ver artigo principal: Oração subordinada adjetiva

Oração subordinada adjetiva é aquela que se encaixa na oração principal, funcionando como adjunto adnominal. As orações subordinadas adjetivas classificam-se em: explicativas e restritivas.

Explicativas: acrescentam uma informação acessória ao antecedente, sem modificar seu significado. Separam-se da oração principal por vírgulas, travessões ou parênteses. Ex.: "Os livros de Machado de Assis, que eu li, são muito bons." [Fala-se dos livros de Machado de Assis em sua totalidade. Implica-se que o falante leu todos eles.]

Restritivas: restringem o significado do antecedente. Não se separam da oração principal por vírgulas nem por travessões ou parênteses. Ex.: "Os livros de Machado de Assis que eu li são muito bons." [Fala-se apenas dos livros de Machado de Assis lidos pelo falante. Implica-se que existem outros livros de Machado de Assis além desses.]

Orações subordinadas adjetivas reduzidas

As orações subordinadas adjetivas reduzidas podem ter o verbo no infinitivo, no gerúndio ou no particípio.

Vi a menina a chorar. (Vi a menina que chorava.)

O artista, filmando nervosamente, ficou calado. (O artista, que filmava nervosamente, ficou calado.)

Li trinta e quatro livros censurados pelo governo brasileiro. (Li trinta e quatro livros que foram censurados pelo governo brasileiro.)

Orações subordinadas adverbiais

São introduzidas por conjunção subordinativa (exceto a conjunção integrante) e funcionam como adjunto adverbial da oração principal.

Dividem-se em:

  • Causais: exprimem a causa do facto que ocorreu na oração principal. Iniciadas, principalmente. Ex.: Já que está chovendo

vamos dormir. Segundo ex.: A menina chorou porque apanhou da mãe

Principais conjunções: porque, visto que, já que, uma vez que, como que, como:>

  • Comparativas: representam o segundo termo de uma comparação. Ex.: Essa mulher fala como um papagaio..

Obs.: Essa conjunção comparativa como é muito usada num recurso linguístico, de estilística, uma figura de linguagem chamada comparação ou símile, tais construções diferem-se duma "figura-mãe" a metáfora, mas essa figura é desprovida da conjunção como.

Principais conjunções: que, do que, como, assim como, (tanto) quanto.

  • Concessivas: indica uma concessão ou permissão entre as orações. Ex.: Embora chova, vou à praia.

Principais conjunções:embora, a menos que, ainda que, posto que, conquanto, mesmo que, se bem que, por mais que, apesar de que.

  • Condicionais: expressa uma condição. Ex.: Se chover, não irei à praia.

Principais conjunções: se, salvo se, desde que, exceto, caso, desde, contando que, sem que, a menos que.

  • Conformativas: exprimem acordo, concordância de um fato com o outro. Ex.: Cada um colhe conforme semeia.

Principais conjunções:como, consoante, segundo, conforme.

  • Consecutivas: traduzem a consequência ou o efeito do que se declara na oração principal. Ex.: Falei tanto, que fiquei rouco.

Principais conjunções: que (precedida de tal, tão, tanto, tamanho), de sorte que, de modo que.

  • Finais: exprimem finalidade. Ex.: Todos estudam para que possam vencer.

Principais conjunções: para que, a fim de que, que.

  • Temporais: indicam circunstância de tempo Ex.: Logo que chegou, sentou-se no sofá.

Principais conjunções: quando, antes que, assim que, logo que, até que, depois que, mal, apenas, enquanto.

  • Proporcionais: expressa proporção entre as orações. Ex.: O trânsito piorava à medida que a chuva aumentava.

Principais conjunções: à medida que, quanto mais....mais, à proporção que, ao passo que, quanto mais.

Orações subordinadas reduzidas

As orações subordinadas podem aparecer sob a forma de orações reduzidas, que apresentam as seguintes características:

São classificadas em:

  • Reduzida de Infinitivo: Meu desejo era viajar para a Grécia. Obs.: Embora haja alguns gramáticos que a aceitem, é errada, segundo a gramática normativa, a construção de Oração Subordinada Substantiva Objetiva Direta: "Deixe eu passar", porque nesse caso (ou em casos similares) não deve ser utilizado o pronome pessoal do caso reto "eu", porque ele não pode ser usado como objeto direto de uma oração, assim sendo, a corre(c)ta construção oracional é "Deixe-me passar". (Ricardoszm)
  • Reduzida de Gerúndio: Encontrei as crianças brincando no jardim.
  • Reduzida de Particípio: Apresentado o resultado, todos discordarão.

DICA: esse tipo de oração pode ser substituído pelos pronomes demonstrativos.

GERÚNDIO: -NDO

PARTICÍPIO: -ADO, -EDO, -IDO

INFINITIVO - AR, ER, IR E OR no caso da palavra PÔR

Atenção
  • O sujeito das orações reduzidas de Infinitivo – Obs.: Isto ocorre no Infinitivo Flexionado ou Pessoal, porque as orações reduzidas de Infinitivo Impessoal com os pronomes oblíquos átonos exercendo a função de sujeito ex.: Mandei-o sair suj. do verbo no Infinitivo o convém reescrevê-la na oração desenvolvida 'Mandei que ele saísse' – não deve ser contraído com a Preposição de.
    - A maneira de ele trabalhar não é satisfatória. (não: A maneira dele trabalhar não é satisfatória.)
  • Os pronomes pessoais oblíquos mim e ti não devem ser usados como sujeito das orações reduzidas de infinitivo flexionado ou pessoal. No lugar deles, devem ser usados os pronomes pessoais retos eu e tu.
    - Foi difícil para eu fazer isto. (não: Foi difícil para mim fazer isto.)

As orações subordinadas podem aparecer sob a forma de orações reduzidas, ex: Os funkeiros são burros e idiotas.

  • Bechara, Evanildo. Moderna gramática portuguesa; São Paulo. Editora Lucerna; 2001. 37ª edição.
  • Cunha, Celso, Cintra, Lindley e Eduardo Dourado Nova Gramática do Português Contemporâneo; São Paulo. Editora Nova Fronteira; 2011. 2ª edição, 31ª reimpressão.
  • Rosenthal, Marcelo. Gramática para concursos; São Paulo. Ediora Campus; 3ª edição ISBN:9788535234251
  • Gramática de Reflexão; Pag 98, cap 13
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