Patrício da Silva
Patrício da Silva, O.S.A. | |
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Cardeal da Santa Igreja Romana | |
Patriarca de Lisboa | |
Título |
Cardeal-Patriarca de Lisboa |
Ordenação e nomeação | |
Ordenação presbiteral | 21 de Dezembro de 1780 |
Ordenação episcopal | 30 de Abril de 1820 |
Nomeado Patriarca | 13 de Março de 1826 |
Cardinalato | |
Criação | 27 de Setembro de 1824, pelo Papa Leão XII |
Brasão | |
Dados pessoais | |
Nascimento | ![]() 15 de setembro de 1756 |
Morte | ![]() 3 de janeiro de 1840 (83 anos) |
Assinatura | [[Ficheiro:![]() |
Cardeais Categoria:Hierarquia católica Projeto Catolicismo |
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Patrício da Silva O.S.A. (Leiria, 15 de Setembro ou 5 de Outubro de 1756 — Lisboa, 3 de Janeiro de 1840) foi o sétimo Patriarca de Lisboa com o nome de D. Patrício I, tendo também sido Bispo de Castelo Branco, Arcebispo de Évora e Ministro.
Nascido no lugar dos Pinheiros, era filho de Jacinto da Fonseca e Silva e de sua mulher Teresa Inácia de Sousa. Cedo ingressou na Ordem dos Agostinhos. Foi doutor e lente da Universidade de Coimbra e Sócio da prestigiada Academia das Ciências de Lisboa. Todo este percurso valeu-lhe uma notável carreira eclesiástica. Em 1818 foi nomeado Bispo de Castelo Branco, mas não chegou a tomar posse porque a 3 de Maio do ano seguinte foi nomeado para 18º Arcebispo Metropolitano de Évora.
Em Évora levou a cabo uma importante visita pastoral a toda a Arquidiocese, tendo também obtido grandes privilégios para o cabido da sua Sé.
Em 1824 foi nomeado Cardeal. Viria a ser nomeado Patriarca de Lisboa em 13 de Março de 1826.
Durante a Abrilada, o rei Dom João VI o nomeou ministro e secretário do Ministério dos Negócios Eclesiásticos e da Justiça, cargo que exerceu entre 14 de Maio de 1824 e 15 de Janeiro de 1825.
Durante a guerra civil portuguesa D. Frei Patrício não foi incomodado pelos miguelistas nem pelos liberais devido à alta consideração que lhe tinham. Mas quando o estado do Reino agrava-se e D. Frei Patrício publica uma Carta Pastoral a mandar rezar por El-Rei D. Miguel, qual «novo David suscitado entre nós pelo Céu misericordioso...» (19-9-1828).
O poder do Rei D. Miguel enfraquece e o Cardeal autoriza (23-7-1833) o clero regular e secular a armar-se para ajudar as tropas de contra as forças do Duque da Terceira. No dia seguinte (24 de julho de 1833) o exército liberal entra em Lisboa e D. Maria II é aclamada Rainha. D. Frei Patrício não é incomodado devido à sua idade apesar das posições anteriormente tomadas. Dias depois o Cardeal publica uma Pastoral a todo o clero e fiéis sobre a mudança do governo em Lisboa e a restituição da autoridade de D. Maria II (30 de julho de 1833).
O estado decadente da economia do país e as novas ideias liberais anticlericais levaram à extinção do Colégio Patriarcal de Lisboa (4-2-1834), do Seminário de Santarém (18 de maio de 1834), das Ordens Religiosas (28 de maio de 1834). No meio desta grande confusão D. Frei Patrício retira-se para o Mosteiro de São Vicente de Fora para evitar despesas e aí terminou os seus dias[1].
Até o final da vida, foi conselheiro do Reino. Ainda baptizou o futuro rei D. Pedro V, segundo o antigo ritual dos baptizados reais (16 de setembro de 1837).
Morreu em 3 de Janeiro de 1840. Desde meados do século XX que o seu corpo se encontra no Panteão dos Patriarcas de Lisboa.
Referências
Ligações externas[editar | editar código-fonte]
- The Cardinals of the Holy Roman Church (em inglês)
- Catholic Hierarchy (em inglês)
- GCatholic (em inglês)
- Apresentação de "D. Frei Patrício da Silva" de Ricardo Charters, por Pedro Lourenço Ferreira, Sé de Leiria, 17 de Julho de 2009, Textiverso
Precedido por Frei Vicente Ferreira da Rocha |
![]() Bispo de Castelo Branco 1818-1819 |
Sucedido por Joaquim José de Miranda Coutinho |
Precedido por D.Frei Joaquim de Santa Clara Brandão |
![]() Arcebispo de Évora 1819-1825 |
Sucedido por D.Frei Fortunato de São Boaventura |
Precedido por Carlos da Cunha e Menezes |
![]() 7.º Cardeal-Patriarca de Lisboa 1826-1840 |
Sucedido por Frei Francisco de São Luís Saraiva |