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Patrício da Silva

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Patrício da Silva
Cardeal da Santa Igreja Romana
Patriarca de Lisboa
Patrício da Silva

Título

Cardeal-Patriarca de Lisboa
Atividade eclesiástica
Ordem Ordem de Santo Agostinho
Diocese Patriarcado de Lisboa
Nomeação 2 de janeiro de 1826
Predecessor Carlos Cardeal da Cunhae Menezes
Sucessor Francisco de São Luís Cardeal Saraiva, O.S.B.
Mandato 1826 - 1840
Ordenação e nomeação
Ordenação presbiteral 21 de dezembro de 1780
Nomeação episcopal 21 de fevereiro de 1820
Ordenação episcopal 30 de abril de 1820
por José António Pinto de Mendonça Arrais
Nomeado arcebispo 3 de maio de 1819
Nomeado Patriarca 13 de março de 1826
Cardinalato
Criação 27 de setembro de 1824
por Papa Leão XII
Brasão
Dados pessoais
Nascimento Marrazes
15 de setembro de 1756
Morte Lisboa
3 de janeiro de 1840 (83 anos)
Progenitores Mãe: Teresa Inácia de Sousa
Pai: Jacinto da Fonseca e Silva
Funções exercidas -Bispo de Castelo Branco (1818-1819)
-Arcebispo de Évora (1819-1825)
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Sepultado Panteão dos Patriarcas de Lisboa
dados em catholic-hierarchy.org
Cardeais
Categoria:Hierarquia católica
Projeto Catolicismo

Patrício da Silva O.S.A. (Marrazes, 15 de Setembro ou 5 de Outubro de 1756Lisboa, 3 de Janeiro de 1840) foi o sétimo Patriarca de Lisboa com o nome de D. Patrício I, tendo também sido Bispo de Castelo Branco, Arcebispo de Évora e Ministro.

Nascido no lugar dos Pinheiros, em Leiria, era filho de Jacinto da Fonseca e Silva de Oliveira e de sua mulher Maria Teresa Inácia de Jesus de Sousa e irmão duma ascendente da mulher do 1.º Visconde da Barreira. Cedo ingressou na Ordem dos Agostinhos. Foi doutor e lente da Universidade de Coimbra e Sócio da prestigiada Academia das Ciências de Lisboa. Todo este percurso valeu-lhe uma notável carreira eclesiástica. Em 1818 foi nomeado Bispo de Castelo Branco, mas não chegou a tomar posse porque a 3 de Maio do ano seguinte foi nomeado para 18.º Arcebispo Metropolitano de Évora.

Em Évora levou a cabo uma importante visita pastoral a toda a Arquidiocese, tendo também obtido grandes privilégios para o cabido da sua .

Em 1824 foi nomeado Cardeal. Viria a ser nomeado Patriarca de Lisboa em 13 de Março de 1826.

Durante a Abrilada, o rei D. João VI nomeou-o ministro e secretário do Ministério dos Negócios Eclesiásticos e da Justiça, cargo que exerceu entre 14 de Maio de 1824 e 15 de Janeiro de 1825.

Durante a Guerra Civil Portuguesa D. Frei Patrício não foi incomodado pelos Miguelistas nem pelos Liberais devido à alta consideração que lhe tinham. Mas, quando o estado do Reino se agrava, D. Frei Patrício publica uma Carta Pastoral a mandar rezar por El-Rei D. Miguel I, qual «novo David suscitado entre nós pelo Céu misericordioso...» (19 de Setembro de 1828).

O poder do Rei D. Miguel I enfraquece e o Cardeal autoriza, a 23 de Julho de 1833, o clero regular e secular a armar-se para ajudar as tropas de contra as forças do Duque da Terceira. No dia seguinte, a 24 de Julho de 1833, o exército liberal entra em Lisboa e D. Maria II é aclamada Rainha. D. Frei Patrício não é incomodado devido à sua idade apesar das posições anteriormente tomadas. Dias depois, a 30 de Julho de 1833, o Cardeal publica uma Pastoral a todo o clero e fiéis sobre a mudança do governo em Lisboa e a restituição da autoridade de D. Maria II.

O estado decadente da economia do país e as novas ideias liberais anticlericais levaram à extinção do Colégio Patriarcal de Lisboa a 4 de Fevereiro de 1834, do Seminário de Santarém a 18 de Maio de 1834 e das Ordens Religiosas a 28 de Maio de 1834. No meio desta grande confusão, D. Frei Patrício retira-se para o Mosteiro de São Vicente de Fora para evitar despesas e aí terminou os seus dias[1].

Até ao final da vida, foi Conselheiro do Reino. Ainda baptizou o futuro rei D. Pedro V de Portugal, segundo o antigo ritual dos baptizados reais a 16 de Setembro de 1837.

Morreu em 3 de Janeiro de 1840. Desde meados do século XX que o seu corpo se encontra no Panteão dos Patriarcas de Lisboa.

Referências

Ligações externas

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Precedido por
Frei Vicente Ferreira da Rocha
Brasão episcopal
Bispo de Castelo Branco

1818-1819
Sucedido por
Joaquim José de Miranda Coutinho
Precedido por
D. Frei Joaquim de
Santa Clara Brandão
Brasão cardinalício.
Arcebispo de Évora

1819-1825
Sucedido por
D. Frei Fortunato
de São Boaventura
Precedido por
Carlos da Cunha
e Menezes
Brasão cardinalício
7.º Cardeal-Patriarca de Lisboa

1826-1840
Sucedido por
Frei Francisco de
São Luís Saraiva