Príncipe (Roma Antiga)
Roma Antiga | |
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Este artigo é parte da série: Política e governo da Roma Antiga | |
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Príncipe[1] (em latim: Princeps; plural: principes) é um termo de origem latina que significa "o primeiro no tempo ou no fim, o primeiro, chefe, o mais eminente, distinguido ou nobre, o primeiro homem, primeira pessoa".[2] Etimologicamente proveniente da frase latina primum caput, "a primeira cabeça", originalmente significou o mais antigo ou mais distinto senador cujo nome aparece primeiro na lista senatorial (príncipe do senado).[3] No reinado de Augusto (r. 27 a.C.–14 d.C.) passou a ser usado pelo imperador como título quase real para um líder que era o primeiro encarregado.[4] Continuou em uso até o reinado de Diocleciano (r. 285–305) quando caiu em desuso, sendo substituído por domino ("senhor" ou "mestre").[5]
Durante a República e Império Romano, o título foi derivado e passou a ser atribuído a oficiais militares e administrativos: príncipe anterior (princeps prior; também centurio princeps prior), o comandante sênior do segundo manípulo (duas centúrias), e o príncipe posterior (princeps posterior; também centurio princeps posterior), seu vice-comandante;[6] príncipe dos pretorianos, centurião (geralmente o príncipe posterior) comandante da base militar ou forte e responsável pelo treinamento dos legionários;[7] príncipe dos ofícios (princeps officii), o chefe de um ofício palatino (residência imperial);[8] príncipe dos peregrinos (princeps peregrinorum), centurião pelas tropas do acampamento dos peregrinos (não-itálicas);[9] príncipe do povo (princeps gentis), talvez equivalente ao príncipe dos peregrinos;[10] príncipe ordinário do vexilácio (Princeps ordinarius vexillationis), centurião no comando dum vexilácio. Ele também foi usado para distinguir alguns oficiais seniores, como no caso do decurião príncipe (decurio princeps).[11]
Ver também
[editar | editar código-fonte]Referências
- ↑ Funari 2003, p. 92.
- ↑ Lewis 1849.
- ↑ Boardman 2005.
- ↑ Eck 2003, p. 50.
- ↑ Editores 1998.
- ↑ Judson 1961, p. 1961.
- ↑ Summer 2009.
- ↑ Berger 1968, p. 607.
- ↑ Amato 2012, p. 7.
- ↑ Reid 2014, p. 312.
- ↑ Fields 2009, p. 21.
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Amato, Raffale D' (2012). Roman Centurions 31 BC-AD 500: The Classical and Late Empire. Oxford: Osprey Publishing. ISBN 1780960395
- Berger, Adolf (1968). Encyclopedic Dictionary of Roman Law, Volume 43. Filadélfia: American Philosophical Society. ISBN 0871694328
- Boardman, John; Griffin, Jasper; Murray, Oswyn. «Princeps senatus». Oxford: Oxford University Press
- Eck, Werner (2003). Deborah Lucas Schneider (tradutora); Sarolta A. Takács (mais conteúdo), ed. The Age of Augustus. Oxford: Blackwell Publishing. ISBN 978-0-631-22957-5
- Editores (1998). «Princeps (ancient Roma title)» (em inglês)[ligação inativa]
- Fields, Osprey (2009). The Roman Army of the Principate 27 BC-AD 117. Oxford: Osprey Publishing. ISBN 1846033861
- Funari, Pedro Paulo A. (2003). A vida quotidiana na Roma antiga. São Paulo: Annablume. ISBN 8574193828
- Judson, Harry Pratt (1961). Caesar's Army: A Study of the Military Art of the Romans in the Last Days of the Republic. Nova Iorque: Biblo & Tannen Publishers. ISBN 0819601136
- Lewis, Charlton T.; Short, Charles (1849). «Princeps». A Latin Dictionary. Nova Iorque: Harper and Brothers
- Reid, James S. (2014). The Municipalities of the Roman Empire. Cambridge: Cambridge University Press. ISBN 1107683084
- Summer, Graham; Raffaele D'Amato (2009). Arms and Armour of the Imperial Roman Soldier. Barnsley: Frontline Books. ISBN 1473811899