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Pró-Vida (instituição): diferenças entre revisões

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O ''Clube de Campo Pró-Vida'' é uma instituição independente, que funciona como qualquer outro [[clube|clube social]], em que o acesso é franqueado apenas aos sócios, no caso, alunos da Pró-Vida, que se afiliam voluntariamente.
O ''Clube de Campo Pró-Vida'' é uma instituição independente, que funciona como qualquer outro [[clube|clube social]], em que o acesso é franqueado apenas aos sócios, no caso, alunos da Pró-Vida, que se afiliam voluntariamente.


Ele foi criado com o objetivo de estimular e aprofundar o convívio dos alunos da Pró-Vida. Nesses locais, são promovidas atividades culturais, sociais e esportivas.
Ele foi criado com o objetivo de estimular e aprofundar o convívio dos alunos da Pró-Vida. Nesses locais, são promovidas atividades culturais, sociais e esportivas. Percebe-se EVIDENTE e explicito conteudo discriminatorio entre os participantes, sendo facilmente constatavel que pessoas de baixa renda nao sao aceitas dentro da Seita.


Atualmente, existem três unidades: o Clube de Campo Pró-Vida, em Araçoiaba da Serra, no interior de São Paulo, o Clube de Campo de Araucárias, no interior do [[Paraná]], e o Club de Campo de Baradero, na Argentina.
Atualmente, existem três unidades: o Clube de Campo Pró-Vida, em Araçoiaba da Serra, no interior de São Paulo, o Clube de Campo de Araucárias, no interior do [[Paraná]], e o Club de Campo de Baradero, na Argentina.

Revisão das 02h37min de 10 de janeiro de 2012

 Nota: Se procura o movimento antiaborto, veja Pró-vida.

A Pró-Vida, Integração Cósmica (ou simplesmente Pró-Vida), instituição idealizada e fundada em 1978 pelo médico cirurgião e filósofo[1] Celso Charuri, propõe-se a conduzir interessados ao desenvolvimento do potencial humano, promovendo cursos em que, segundo ele, são "discutidos e analisados temas dentro das esferas mental, física e espiritual"[2].

Objetivos

Segundo seu fundador, o desenvolvimento deste potencial confere ao ser humano melhores condições para a realização dos seus objetivos. Através do treinamento mental, seria possível ao homem ampliar sua consciência, atingindo um estado que lhe permitiria uma ação diferenciada no meio em que atua.

Tendo iniciado suas atividades na cidade de São Paulo, a Pró-Vida atualmente possui núcleos de participantes em diversas cidades no Brasil e no exterior, como Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Espanha, Itália, México, Paraguai, Portugal e Estados Unidos, além de quatro clubes de campo, sendo três no Brasil e um na Argentina.

Sua principal manifestação pública está ligada ao setor de Responsabilidade Social. Através da Central Geral do Dízimo Pró-Vida (conhecida como CGD), uma entidade com fins não econômicos, são realizadas doações a instituições assistenciais como creches, asilos, orfanatos e APAEs, além da construção de escolas profissionalizantes. Segundo estatísticas da instituição, mais de 7.000 entidades já foram beneficiadas por suas doações[2].

O conteúdo de seus cursos não é divulgado publicamente e seus alunos mantém discrição quanto às suas atividades. Esse segredo imprime à instituição um caráter misterioso que acaba despertando a curiosidade de se conhecer o seu funcionamento interno, levando uma renomada revista feminina a publicar, em novembro de 1996, um artigo[3] em que foram feitas diversas críticas. Segundo esse artigo, a Pró-Vida teria objetivos exclusivamente lucrativos, os conteúdos de seus cursos seriam pseudo-científicos e suas avaliações seriam baseadas em critérios pouco claros. Mas todos que tem uma mente aberta sabem que o objetivo maior é criar um mundo melhor.

Histórico [2][4]

A Pró-Vida teve sua origem em 1978, na rua Divino Salvador, no bairro de Moema, na cidade de São Paulo, quando Dr. Celso Charuri criou a Pró-Mente, onde ele próprio ministrava cursos de desenvolvimento e treinamento mental. No ano seguinte, foi criada a Pró-Vida Integração Cósmica, e a sede foi transferida para a Alameda dos Nhambiquaras, no mesmo bairro, onde funcionou por vários anos.

Ainda em 1979, foi fundada a Central Geral do Dízimo, que passou a realizar doações a diversas entidades assistenciais.

O Clube de Campo Pró-Vida foi criado em 1980, em uma área no município de Araçoiaba da Serra, próximo a Sorocaba, no interior do estado de São Paulo.

No final do ano de 1981, quando faleceu seu idealizador e criador, Dr. Celso Charuri, a Pró-Vida contava com mais de 12.000 alunos.

A partir de 1989, a Pró-Vida passou a realizar cursos fora de suas sedes, em várias cidades do estado de São Paulo e também em Minas Gerais.

Em 1990 foi ministrado o primeiro curso da Pró-Vida fora do Brasil, em Buenos Aires, na Argentina, onde foi fundada em 1995 uma sede da Pró-Vida e, em 1997, um Clube de Campo no interior da Província de Buenos Aires.

Depois da Argentina, pelo menos sete outros países passaram a receber cursos da Pró-Vida: Bolívia, Chile, Espanha, Itália, Paraguai, Portugal e Estados Unidos.

Em 1996 a Pró-Vida mudou sua sede de São Paulo para o bairro de Pinheiros.

A partir de 1998 os próprios alunos que moravam fora de São Paulo passaram a se organizar para criar sedes da Pró-Vida em suas cidades. Atualmente, a Pró-Vida conta com dezenas de núcleos de participantes em várias cidades brasileiras e do exterior, além de outras sedes na cidade de São Paulo, no bairro da Penha,Santo Amaro, Santana e Vila Mariana.

Cursos

Os cursos da Pró-Vida são organizados em nove estágios, sendo que os três primeiros, denominados Básico, Avançado 1 e Introdução.

Central Geral do Dízimo

A Central Geral do Dízimo Pró-Vida (CGD), entidade com fins não-econômicos, considerada uma instituição beneficente de Utilidade Pública, com reconhecimento nas instâncias municipal, estadual e federal, realiza doações a entidades assistenciais como hospitais, creches, asilos, orfanatos e APAEs. Segundo estatísticas divulgadas pela instituição, mais de 7.000 entidades já foram beneficiadas com veículos, ambulâncias, materiais de construção, equipamentos médico-hospitalares, oficinas e outros itens[2][5].

A arrecadação de fundos da Central Geral do Dízimo é realizada através de depósitos bancários anônimos. Os recursos arrecadados - com exceção de uma taxa anual de funcionamento cobrada pela Prefeitura Municipal de São Paulo - são integralmente doados a instituições beneficentes, o que pode ser conferido nos pareceres das auditorias anuais, realizadas pela Deloitte Touche Tohmatsu, disponíveis para consulta no site da instituição[6].

Além disso, a CGD mantém convênios com o SENAI e com a Fundação Paula Souza. Através desses convênios, a CGD constrói escolas profissionalizantes e as equipa integralmente - incluindo mobiliário, equipamentos industriais, ferramental, computadores, etc. - e as entrega para aquelas entidades, que passam a gerí-las pedagógica e administrativamente[7] [8].

Segundo regras publicadas pela instituição, "as entidades atendidas pela Central Geral do Dízimo são previamente analisadas e devem apresentar confiabilidade, reconhecida e efetiva atuação, além de estarem regulamentadas junto aos órgãos competentes"[2].

Clube de campo

O Clube de Campo Pró-Vida é uma instituição independente, que funciona como qualquer outro clube social, em que o acesso é franqueado apenas aos sócios, no caso, alunos da Pró-Vida, que se afiliam voluntariamente.

Ele foi criado com o objetivo de estimular e aprofundar o convívio dos alunos da Pró-Vida. Nesses locais, são promovidas atividades culturais, sociais e esportivas. Percebe-se EVIDENTE e explicito conteudo discriminatorio entre os participantes, sendo facilmente constatavel que pessoas de baixa renda nao sao aceitas dentro da Seita.

Atualmente, existem três unidades: o Clube de Campo Pró-Vida, em Araçoiaba da Serra, no interior de São Paulo, o Clube de Campo de Araucárias, no interior do Paraná, e o Club de Campo de Baradero, na Argentina.

Controvérsias

A forma discreta com que a Pró-Vida conduz suas atividades e seus cursos, nos seus 30 anos de existência, despertou a curiosidade e gerou polêmica em alguns meios. Não se tem registros de pronunciamentos públicos da instituição, que parece ser avessa a publicidade. Sua única manifestação pública é a Central Geral do Dízimo.

Em 1996 a revista feminina Marie Claire destacou uma jornalista para participar de um curso da Pró-Vida e relatar sua experiência em uma reportagem. Na reportagem em questão foram levantadas algumas questões que tem servido como material de referência para críticos da instituição.

Segundo a reportagem, a instituição visaria principalmente o lucro pois, além dos cursos serem pagos, a Central Geral do Dízimo e o Clube de Campo seriam formas adicionais de arrecadação. A jornalista também alega que o conteúdo dos cursos Pró-Vida seriam pseudo-científicos e utilizaria de forma distorcida conceitos científicos comprovados, retirando-os de seu contexto original, para tentar provar suas teorias e fundamentar a existência de fenômenos paranormais. Após a conclusão dos cursos fundamentais, para ter acesso aos cursos mais avançados, é necessário se submeter a uma avaliação. A reportagem relata casos de alunos que ficaram mais de dez anos neste processo e nunca foram aprovados para os estágios seguintes.

Ainda segundo a reportagem, o Clube de Campo aceita como sócios somente alunos da Pró-Vida e quando alguém que adquiriu um título, e eventualmente um chalé no clube, desliga-se do quadro de alunos da Pró-Vida, essa pessoa é convidada a se retirar do quadro de sócios e o valor ressarcido é inferior ao originalmente pago.

Referências

  1. Tese de doutorado da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp que usa, como uma das suas bases teóricas, a obra do filósofo Dr. Celso Charuri na Biblioteca Digital da Unicamp (o acesso é público, mas exige cadastramento)
  2. a b c d e Site Oficial da Pró-Vida: http://www.provida.org.br
  3. O Enigma da Pirâmide: Por Dentro do Pró-Vida publicado na Revista Marie Claire n° 68, novembro de 1996 - Cópia da matéria no site ateus.net, não conferida com a matéria original
  4. Circular Pró-Vida - Outubro de 2000
  5. Notícias publicadas em diversos veículos de comunicação sobre doações realizadas pela Central Geral do Dízimo, acessado em 24 de Novembro de 2007
  6. Pareceres das auditorias independentes sobre a Central Geral do Dízimo, acessado em 24 de novembro de 2007
  7. Escolas profissionalizantes doadas pela Central Geral do Dízimo, acessado em 24 de novembro de 2007
  8. Artigo publicado no jornal "Diário da Manhã", de Goiânia-GO, em 24 de agosto de 2011, sobre escola do SENAI doada pela Central Geral do Dízimo, no site do jornal acessado em 9 de outubro de 2011

Ligações externas