Prescrição médica: diferenças entre revisões
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A notificação de receita, no [[Brasil]], é uma prescrição medicamentosa escrita padronizada, que acompanha a receita e a autoriza. São utilizadas cores para indicar o grupo medicamentoso de risco. Assim, utiliza-se entorpecentes ([[amarelo|cor amarela]]), [[psicotrópico]]s ([[azul|cor azul]]) e [[retinóide]]s de uso sistêmico e [[imunossupressor]]es ([[branco|cor branca]]).<ref>{{citar web|url=http://www.anvisa.gov.br/medicamentos/conceito.htm#4.22|titulo=Notificação de Receita|ultimo=Anvisa|acessodata=18/05/2009}}</ref> |
A notificação de receita, no [[Brasil]], é uma prescrição medicamentosa escrita padronizada, que acompanha a receita e a autoriza. São utilizadas cores para indicar o grupo medicamentoso de risco. Assim, utiliza-se entorpecentes ([[amarelo|cor amarela]]), [[psicotrópico]]s ([[azul|cor azul]]) e [[retinóide]]s de uso sistêmico e [[imunossupressor]]es ([[branco|cor branca]]).<ref>{{citar web|url=http://www.anvisa.gov.br/medicamentos/conceito.htm#4.22|titulo=Notificação de Receita|ultimo=Anvisa|acessodata=18/05/2009}}</ref> |
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Revisão das 11h19min de 20 de abril de 2013
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Uma prescrição (também conhecida informalmente como receita médica) é a indicação de medicamentos que um paciente ou animal deve tomar. É indicado pelos médicos, Cirurgiões-dentistas, médicos veterinários ou Enfermeiros e compete aos farmacêuticos obrigatoriamente a manipulação e dispensação, onde efetuarão neste ato a fiscalização da prescrição e orientação ao paciente.
Prescrição Medicamentosa no Brasil
No Brasil só é permitido prescrever medicamentos aos:
- Médicos
- Cirurgiões dentistas (somente para uso odontológico – Lei 5081/66)
- Médicos veterinários (somente para uso veterinário – Lei 5517/68)
- Enfermeiros (medicamentos estabelecidos em programas de saúde pública e em rotina aprovada pela instituição de saúde - Lei 7498/86). [1]
- Farmacêuticos: Medicamentos fitoterápicos não tarjados. rdc 546/2011.
- Nutricionistas (somente fitoterápicos, isentos de prescrição médica e relacionados à prática do nutricionista - RE 402/2007 do Conselho Federal de Nutricionistas)
Tarjas nos medicamentos
Os medicamentos de tarja preta no Brasil são controlados através de sistema eletrônico, a partir de janeiro de 2008. O mecanismo impede o reaproveitamento de receitas e possíveis rasuras. Antigamente estes medicamentos eram anotados manualmente em livros que eram posteriormente recolhidos pela ANVISA. [2]
- Tarja preta
A coloração preta indica nos medicamentos, a indicação de risco médico e deve ser vendido somente com receita e retenção desta.
- Tarja vermelha
A tarja vermelha indica ausência de perigo à saúde do paciente em relação a risco de morte, porém estes contém efeitos colaterais, a receita deve ser apresentada no ato da compra e em alguns casos deve ficar retida no estabelecimento.
- Sem tarja
Não é necessário apresentação de receitas.
Produtos controlados
Notificação de receitass
A notificação de receita, no Brasil, é uma prescrição medicamentosa escrita padronizada, que acompanha a receita e a autoriza. São utilizadas cores para indicar o grupo medicamentoso de risco. Assim, utiliza-se entorpecentes (cor amarela), psicotrópicos (cor azul) e retinóides de uso sistêmico e imunossupressores (cor branca).[3]
Grupo | Exemplos |
---|---|
A1 | Entorpecentes : analgésicos, opióides e não opióides, analgésicos gerais |
A2 | Entorpecentes : analgésicos, opióides e não opióides |
A3 | Psicotrópicos : estimulantes do sistema nervoso central |
B1 | Psicotrópicos : antiepiléticos, indutores do sono, ansiolíticos, antidepressivos, tranquilizantes |
B2 | Psicotrópicos : anorexígenos |
C1 | Controle Especial : antidepressivos, antiparksonianos, anticonvulsivantes, antiepiléticos, neurolépticos e anestésicos |
C2 | Retinóides : tratamento de acne cística severa |
C3 | Talidomida : reação leprótica (aquele medicamento que as gravidas usavam contra enjoo e causava má formação do feto, fato que foi muito discutido há algumas décadas) |
C4 | Antiretrovirais : infecções originadas do HIV |
C5 | Anabolizantes |
D1 | Precursores de Entorpecentes / Psicotrópicos |
D2 | Precursores de Síntese de Entorpecentes |
E | Plantas |
F | Produtos de uso proscrito no país |
Itens a serem observados a cada prescrição
Tipo de notificação | Notificação de Receita A | Notificação de Receita B | Notificação de Receita Retinoides | Receita de controle especial C1/C5 | Antibióticos | |
---|---|---|---|---|---|---|
Medicamentos | Entorpecentes | Psicotrópicos | Retinoide sistêmico | Anticonvulsivantes, antidepressivos, antipsicóticos | Antibióticos | |
Listas | Listas A1, A2 e A3 | B1 e B2 | C2 | C1/C5 - Receita de Controle especial em 2 vias | Receituário privativo do prescritor ou do estabelecimento de saúde, contendo, obrigatoriamente, as
informações exigidas pela norma. Lista da Anvisa (ver). | |
Abrangência | Em todo território nacional | Na unidade federativa onde for concedida a numeração | Na unidade federativa onde for concedida a numeração. Consentimento pós-informação assinado pelo usuário | Dispensação em todo o território nacional | ||
Cor da notificação | Amarela | Azul | Branca | - | ||
Qte. max. por receita | 5 ampolas | 5 ampolas | 5 ampolas no caso de medicamento injetável. 30 dias para as demais formas farmacêuticas. | Não há uma delimitação da quantidade de caixas, unidades posológicas e tempo de uso. A quantidade a ser dispensada pela farmácia ou drogaria deve estar de acordo com a prescrição feita pelo profissional habilitado.[4] | ||
Qte. por período de tratamento | 30 dias; acima acompanha justificativa | 60 dias | 30 dias | 5 ampolas e tratamento de 60 dias para demais formas farmacêuticas. Tratamento por 6 meses para anticonvulsivante ou antiparkinsoniano | ||
Quem imprime o talão de notificação | Autoridade sanitária | O profissional retira a numeração junto da autoridade sanitária, escolhe a gráfica para imprimir o talão às suas expensas. | O profissional retira a numeração junto da autoridade sanitária, escolhe a gráfica para imprimir o talão às suas expensas. |
Receita de controle especial ou comum
Medicamentos | Controle Especial | Anabolizantes | Anti-retrovirais | Adendo das listas |
---|---|---|---|---|
Listas | C1 | C5 | C4 | A1, A2 e B1 |
Abrangência | Todo o território nacional | Todo o território nacional | Todo o território nacional | Todo o território nacional |
Cor | A critério | A critério | A critério | A critério |
Qte. max por receita | 5 ampolas; 3 medicamentos | 5 ampolas | 5 substâncias 5 medicamentos | 3 medicamentos |
Qte. período de tratamentos | 60 dias | 60 dias | 60 dias | 60 dias |
Guarda
De acordo com a Portaria 344/98 do Brasil todas as substâncias incluidas na portaria devem ficar guardadas sob chave e responsabilidade do farmacêutico.
Legibilidade
A prescrição médica ilegível é um problema que pode acarretar prejuízos aos pacientes.
O Conselho Federal de Medicina do Brasil (CRM) publicou a Resolução nº 1.601/2000 que, em seu artigo 39, determina que as receitas médicas sejam escritas por extenso e de forma legível.[5] Além disso, tem-se ainda o Código de Ética Médica, que em seu terceiro capítulo trata da responsabilidade profissional, proibindo o médico de receitar ou atestar de forma secreta ou ilegível. Não são raros os médicos multados por receitarem de forma ilegível.[6][7]
Veja também
- Novas regras para antibióticos no Brasil
- Prescrição de enfermagem PARECER TÉCNICO COREN-MS n. º 004/2008
- Psychologists and Prescription Privileges: A Conversation (Part One)
- Drug Wars: The Siren Call of Prescription Privilege
- Psychiatry benefits when psychologists prescribe drugs
- THE GREAT PSYCHOLOGY PRESCRIPTION DEBATE
- Psychologist's Prescribing: A Threat or a Promise?: Why Do Psychologists Want to Prescribe?
Referências
- ↑ Conselho Federal de Enfermagem: Lei 7498/86 do Exercício Profissional da Enfermagem
- ↑ http://oimparcial.site.br.com/index.php?option=com_content&task=view&id=19131&Itemid=43
- ↑ Anvisa. «Notificação de Receita». Consultado em 18 de maio de 2009
- ↑ Nota técnica
- ↑ Seus Direitos: Letra de Médico
- ↑ Jornal Cruzeiro do Sul: Letra de Médico
- ↑ Folha: Letra ilegível rende multa a médicos de Londrina (PR)