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República das Sete Províncias Unidas dos Países Baixos

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Republiek der Zeven Verenigde Nederlanden
República das Sete Províncias Unidas dos Países Baixos

República Confederativa


 

1581 – 1795
Flag Brasão
Bandeira Brasão
Lema nacional
Concordia res parvae crescunt[1]
(Latim: A concordância faz crescer as pequenas coisas)
Localização de República Neerlandesa
Localização de República Neerlandesa
República dos Países Baixos em 1789
Continente Europa
País Países Baixos
Capital Não especificada
de facto Haia (sede do parlamento federal)/
Amsterdã
(centro cultural e financeiro/maior cidade)
Língua oficial Holandês (documentos oficiais) e frísio (regional não oficial)
Religião Fé reformada neerlandesa, catolicismo, Judaísmo, luteranismo
Governo Confederação
República
Período histórico Idade Moderna
 • 1581 Fundação
 • 1795 Dissolução
População
 • 1795 est. 1 880 500 
Atualmente parte de  Países Baixos
 Bélgica

A República das Sete Províncias Unidas dos Países Baixos ou República dos Sete Países Baixos Unidos foi um Estado histórico europeu, antecessor dos actuais Países Baixos, vulgo Holanda, que existiu entre 1581 e 1795, agrupando as sete províncias do norte dos Países Baixos (Frísia, Groninga, Gueldres, Holanda, Overissel, Utreque e Zelândia).[2] A república foi fundada pela União de Utreque (1579) e sobreviveu até a sua transformação em República Batava na sequência da ocupação francesa de 1795.[2]

Outros nomes têm sido) usados: Províncias Unidas, República Holandesa e República das Províncias Unidas dos Países Baixos[3] (Republiek der Verenigde Nederlanden,[4] em latim: Belgica Foederata ou Bélgica Foederatum), ou Países Baixos do Norte, em oposição aos Países Baixos do Sul, as províncias que permaneceram sob domínio espanhol durante e após a Guerra dos Oitenta Anos.

No Brasil e Portugal, no uso popular, a República das Sete Províncias Unidas dos Países Baixos foram designadas pelo nome da província mais conhecida, a Holanda: Essa confusão também vem do Reino da Holanda, um estado satélite do Primeiro Império criado por Napoleão Bonaparte após a invasão da República Batava com seu irmão no trono: Luís Bonaparte. Este Reino durou de 1806 a 1810.

Ver artigos principais: Revolta Holandesa e União de Utreque

Durante o governo de Maximiliano I, teve início uma revolta em algumas cidades do sul da região dos Países Baixos.[5] A revolta intensificou-se e estendeu para o norte da região durante o governo de seu bisneto Filipe II.[6] Este respondeu com a ocupação da parte sul da região dos Países Baixos (Bélgica e Luxemburgo contemporâneos e partes da França e da Alemanha) e de algumas cidades da parte norte da região (Países Baixos do Norte). As províncias dos Países Baixos do Norte formaram uma confederação e os rebeldes Norte-holandeses continuaram a revolta sob a liderança de Guilherme de Orange.[6] Após terem tentado dois regentes para a confederação, os representantes das províncias decidiram, em 1588, prosseguir por conta própria com o poder nas mãos dos Estados Gerais e dos Estados Provinciais. A união das províncias, intitulada República das Províncias Unidas ou República Holandesa, foi constituída por Johan van Oldenbarnevelt. Após a morte de Van Oldenbarnevelt, o principal dirigente da república foi Johan de Witt.

Com a queda de Antuérpia, muitos comerciantes Sul-Holandeses estabeleceram-se em Amsterdão, que passou a ocupar o posto de principal centro económico europeu. Ademais, a república Unida dos Países Baixos recebeu imigrantes huguenotes franceses e alemães, além de judeus fugindo da inquisição em Portugal.[7] Com os contactos comerciais dos imigrantes e a fundação de duas multinacionais (companhia Holandesa das Índias Orientais e companhia Holandesa das Índias Ocidentais), o comércio desta expandiu-se para outros países da Europa e para outros continentes (África, Ásia e América). A frota da república, sob o comando de Michiel de Ruyter, passou a dominar os mares. Durante este período, denominado como "século de ouro", a arquitetura, literatura, ciências e as artes holandesas floresceram.

A partir da primeira metade do século XVIII, teve início o declínio da República Unida dos Países Baixos. Leis mercantis da Grã-Bretanha e da França e as Guerras Anglo-Holandesas contribuíram para o declínio.[2] Com a mortes de De Witt e de De Ruyter, a república holandesa perdeu sua hegemonia marítima e, com ascensão de Inglaterra, Amsterdão perdeu a sua posição de principal centro económico europeu. Em 1795, a república teve seu território ocupado pela França, sendo substituída pela República Batava.[2]

Referências

  1. In full Concordia res parvae crescunt, discordia maximae dilabuntur. Hubert de Vries, Wapens van de Nederlanden. De historische ontwikkeling van de heraldische symbolen van Nederland, België, hun provincies en Luxemburg. Uitgeverij Jan Mets, Amsterdam, 1995, p. 31–32.
  2. a b c d Dutch Republic. Encyclopaedia Britannica. Consultado em 10 de abril de 2021 (em inglês)
  3. Dérival de Gomicourt, Lettres hollandoises, ou Correspondance politique, sur l'état présent de l'Europe, notamment de la république des sept Provinces-Unies, 1779.
  4. (em neerlandês) J.D.J., Historie van den jegenwoordig geëindigden oorlog in Vlaanderen en Braband, Amsterdam, 1749, p. 549 : "van de vier Ministers Plenipotentiarissen van de Republiek der Verenigde Nederlanden".
  5. Maximiliaan I, Encarta 98 Encyclopedie Winkler Prins Editie. Microsoft Corporation, 9 de setembro de 1997. Consultado em 10 de abril de 2021 (em neerlandês)
  6. a b Ordem constitucional nos Países Baixos completa 200 anos. Consultor Jurídico, 9 de abril de 2021. Consultado em 10 de abril de 2021
  7. «People of Netherlands» (em inglês). Encyclopædia Britannica. Consultado em 22 de abril de 2021 
  • Israel, Jonathan (1995). The Dutch Republic: Its Rise, Greatness, and Fall 1477-1806. New York: Oxford University ISBN 0-19-873072-1.

Ligações externas

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Período da história dos Países Baixos
Dezessete Províncias República Holandesa

(1581 à 1795)

República Batava
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