Rogério Meneghini

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Rogério Meneghini
Nascimento 18 de dezembro de 1940 (83 anos)
São Paulo, São Paulo, Brasil
Residência Brasil
Nacionalidade brasileiro
Alma mater Universidade de São Paulo (graduação e doutorado)
Prêmios Grande oficial da Ordem Nacional do Mérito Científico[1]
Orientador(es)(as) Francisco Jeronymo Salles Lara
Instituições
Campo(s) Bioquímica
Tese Replicação de DNA em glândula salivar de Rhynchosciara angelae (1969)

Rogério Meneghini (São Paulo, 18 de dezembro de 1940) é um bioquímico, pesquisador e professor universitário brasileiro.

Grande oficial da Ordem Nacional do Mérito Científico e membro titular da Academia Brasileira de Ciências[2], Rogério é professor aposentado e livre-docente do Instituto de Química da Universidade de São Paulo e diretor científico da Scielo.[3] Foi diretor do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais.[4][5]

Biografia[editar | editar código-fonte]

Rogério nasceu em 1940, em São Paulo. É filho de Mario Meneghini, um virologista vegetal que trabalhava no Instituto Biológico de São Paulo, na época do apogeu da Instituição, que descobriu que a tristeza dos laranjais era transmitida por um vírus. Influenciado pelo pai, Rogério ainda jovem pensava em seguir carreira de aviador ou de cientista.[2]

A atração pela química o fez prestar vestibular para Química na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo, onde se formou em 1965. Durante o curso, se interessou por Biologia Molecular e a recente descoberta da estrutura do DNA. Ingressou no grupo de Francisco Lara, um dos poucos biologistas moleculares naquela época no Brasil, que foi seu orientador no doutorado, defendido em 1969.[2]

Realizou estágio de pós-doutorado por dois anos nos Estados Unidos. Trabalhou na Universidade Stanford com Philip Hanawalt na elucidação de mecanismos de reparo pós-replicação em células de mamíferos. Surgiram nessa época as primeiras evidências de um processo de recombinação gênica em células somáticas.[2]

De volta ao Brasil em 1974, obteve os primeiros resultados de que os efeitos citotóxicos de luz eram mediados pela formação de espécies ativas de oxigênio. Seu grupo então passou a se concentrar em como estas espécies produziam danos do DNA, causando mutação e transformação maligna. Publicou em 1984 vários trabalhos que propunham que íons de ferro ligados ao DNA eram responsáveis pela formação de radicais que atacam o genoma. Os trabalhos tiveram um grande impacto na bioquímica mundial, consagrado pelo “Atlas of Science from the Institute of Scientific Information” dos Estados Unidos, em 1988.[2]

Orientou dez doutorados e cinco pós-doutorados. É atuante na pesquisa de produção e divulgação científica.[2] Junto com Abel Packer foi co-criador da biblioteca de periódicos científicos SciELO.[6]

Vida pessoal[editar | editar código-fonte]

Divorciado da primeira esposa, com quem teve duas filhas, Flávia e Lucia, Rogério casou-se pela segunda vez, tendo um terceiro filho, Tiago.[2]

Veja também[editar | editar código-fonte]

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Referências

  1. «Ordem Nacional do Mérito Científico». Consultado em 10 de janeiro de 2021 
  2. a b c d e f g «Rogério Meneghini». Academia Brasileira de Ciências. Consultado em 23 de março de 2021 
  3. «Rogério Meneghini – SciELO 20 Years» (em inglês). Consultado em 11 de março de 2021 
  4. «Folha de S.Paulo - Rogério Meneghini: Para que os rankings? - 06/05/2011». www1.folha.uol.com.br. Consultado em 11 de março de 2021 
  5. Brum, José Antônio; Meneghini, Rogério (outubro de 2002). «O Laboratório Nacional de Luz Síncrotron». São Paulo em Perspectiva (4): 48–56. ISSN 0102-8839. doi:10.1590/S0102-88392002000400009. Consultado em 12 de março de 2021 
  6. Moutinho, Sofia. "Scielo: é hora de mudança". Observatório da Imprensa, 25/09/2012