SMS Moltke

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
SMS Moltke
 Alemanha
Operador Marinha Imperial Alemã
Fabricante Blohm & Voss
Homônimo Helmuth von Moltke
Batimento de quilha 7 de dezembro de 1908
Lançamento 7 de abril de 1910
Comissionamento 30 de agosto de 1911
Destino Deliberadamente afundado em
21 de junho de 1919; desmontado
Características gerais (como construído)
Tipo de navio Cruzador de batalha
Classe Moltke
Deslocamento 25 400 t (carregado)
Maquinário 4 turbinas a vapor
24 caldeiras
Comprimento 186,6 m
Boca 29,4 m
Calado 9,2 m
Propulsão 4 hélices
- 52 000 cv (38 200 kW)
Velocidade 25,5 nós (47,2 km/h)
Autonomia 4 120 milhas náuticas a 14 nós
(7 630 km a 26 km/h)
Armamento 10 canhões de 283 mm
12 canhões de 149 mm
12 canhões de 88 mm
4 tubos de torpedo de 500 mm
Blindagem Cinturão: 76 a 280 mm
Convés: 25 a 76 mm
Torres de artilharia: 180 a 230 mm
Casamatas: 150 mm
Torre de comando: 350 mm
Tripulação 43 oficiais
1 010 marinheiros

O SMS Moltke foi um cruzador de batalha operado pela Marinha Imperial Alemã e a primeira embarcação da Classe Moltke, seguido pelo SMS Goeben. Sua construção começou em dezembro de 1908 nos estaleiros da Blohm & Voss e foi lançado ao mar em abril de 1910, sendo comissionado na frota alemã em agosto do ano seguinte. Era armado com uma bateria principal composta por dez canhões de 283 milímetros montados em cinco torres de artilharia duplas, tinha um deslocamento carregado de mais de 25 mil toneladas e alcançava uma velocidade máxima de 25 nós.

O Moltke teve um início de carreira tranquilo que envolveu exercícios de rotina e viagens diplomáticas internacionais, incluindo uma grande visita aos Estados Unidos em 1911. A Primeira Guerra Mundial começou em 1914 e o navio atuou com a Frota de Alto-Mar, participando da maioria das ações navais alemãs no conflito. Participou de várias incursões contra a litoral britânico nos primeiros dois anos de conflito, bombardeando várias cidades. Também esteve presente na Batalha da Angra da Heligolândia em 1914 e nas Batalhas de Dogger Bank e Golfo de Riga em 1915.

O navio participou em meados de 1916 na Batalha da Jutlândia contra a Grande Frota britânica, danificando alguns navios inimigos mas também sendo atingido várias vezes no processo. O Moltke pouco fez na guerra depois disso, com exceção de dar suporte para a Operação Albion em 1917. A Alemanha foi derrotada em novembro de 1918 e o navio internado na base britânica de Scapa Flow. Permaneceu inativo no local até 21 de junho de 1919, quando foi deliberadamente afundado por sua própria tripulação. Seus destroços foram reflutuados em 1927 e desmontados até 1929.

Características[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Classe Moltke

A Marinha Imperial Alemã estava no início do século XX em uma corrida armamentista contra a Marinha Real Britânica, com o Escritório Imperial Naval considerando em 1907 planos para um novo cruzador de batalha a ser construído no ano seguinte. Um aumento no orçamento criou a possibilidade de aumentar o tamanho dos canhões principais dos 283 milímetros usados no SMS Von der Tann para 305 milímetros, porém o almirante Alfred von Tirpitz, o Secretário de Estado da Marinha, preferia adicionar duas armas de 283 milímetros a mais. O Escritório de Construção concordou com ele e assim duas embarcações foram autorizadas para 1908 e 1909, que se tornariam a Classe Moltke.[1]

O Moltke tinha 186,6 metros de comprimento de fora a fora, com uma boca de 29,4 metros e um calado máximo de 9,19 metros. Seu deslocamento normal era de 22 979 toneladas, enquanto o deslocamento carregado era de 25,4 mil toneladas. Seu sistema de propulsão tinha 24 caldeiras de tubos d'água Thornycroft a carvão que alimentavam quatro turbinas a vapor Parsons. A potência indicada era de 52 mil cavalos-vapor (38,2 mil quilowatts) para uma velocidade máxima de 25,5 nós (47,2 quilômetros por hora). Sua autonomia era de 4 120 milhas náuticas (7 630 quilômetros) a catorze nós (26 quilômetros por hora). Sua tripulação era formada por 43 oficiais e 1 010 marinheiros.[2]

Seu armamento principal era composto por dez canhões calibre 50 de 283 milímetros montados em cinco torres de artilharia duplas, uma à vante, duas à meia-nau en echelon e duas sobreposta à ré. O armamento secundário tinha doze canhões calibre 45 de 149 milímetros em casamatas na parte central da embarcação. Também era equipado com doze canhões calibre 45 de 88 milímetros em montagens individuais na proa, popa e ao redor da torre de comando de vante para defesa contra barcos torpedeiros. Por fim, tinha quatro tubos de torpedo de 500 milímetros.[3] Sua blindagem era feita de aço cimentado Krupp e seu cinturão principal tinha 280 milímetros na cidadela onde protegia os depósitos de munição e salas de máquinas. Sua espessura diminuía para 76 milímetros nas extremidades. O convés tinha 25 a 76 milímetros, inclinando-se para baixo nas laterais para se conectar com a extremidade inferior do cinturão. As torres de artilharia tinham frentes de 230 milímetros, ficando em cima de barbetas com a mesma espessura.[4]

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. Staff 2006, pp. 11–12
  2. Gröner 1990, pp. 54–55
  3. Staff 2006, p. 12
  4. Gröner 1990, p. 54

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Bennett, Geoffrey (2005). Naval Battles of the First World War. Londres: Pen & Sword Military Classics. ISBN 978-1-84415-300-8 
  • Campbell, N. J. M. (1985). «Germany». In: Gardiner, Robert; Gray, Randal. Conway's All the World's Fighting Ships: 1906–1921. Annapolis: Naval Institute Press. ISBN 978-0-87021-907-8 
  • Gröner, Erich (1990). Jung, Dieter; Maass, Martin, ed. German Warships: 1815–1945. Vol. I: Major Surface Vessels. Annapolis: Naval Institute Press. ISBN 978-0-87021-790-6 
  • Halpern, Paul G. (1995). A Naval History of World War I. Annapolis: Naval Institute Press. ISBN 1-55750-352-4 
  • Hildebrand, Hans H.; Röhr, Albert; Steinmetz, Hans-Otto (1993). Die Deutschen Kriegsschiffe: Biographien: ein Spiegel der Marinegeschichte von 1815 bis zur Gegenwart. 6. Ratingen: Mundus Verlag. ISBN 978-3-7822-0237-4 
  • Hore, Peter (2006). Battleships of World War I. Londres: Southwater Books. ISBN 978-1-84476-377-1 
  • Massie, Robert K. (2003). Castles of Steel: Britain, Germany, and the Winning of the Great War at Sea. Nova Iorque: Ballantine Books. ISBN 0345408780 
  • Reuter, Ludwig von (1940). Scapa Flow: The Greatest Scuttling of All Time. Londres: Hurst & Blackett Ltd. 
  • Scheer, Reinhard (1920). Germany's High Seas Fleet in the World War. Londres: Cassell and Company, ltd. OCLC 2765294 
  • Staff, Gary (2006). German Battlecruisers: 1914–1918. Oxford: Osprey Books. ISBN 978-1-84603-009-3 
  • Strachan, Hew (2001). The First World War. Vol. 1: To Arms. Oxford: Oxford University Press. ISBN 978-0-19-926191-8 
  • Tarrant, V. E. (2001) [1995]. Jutland: The German Perspective. Londres: Cassell Military Paperbacks. ISBN 978-0-304-35848-9 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

  • Media relacionados com SMS Moltke no Wikimedia Commons
Ícone de esboço Este artigo sobre tópicos navais é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.