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Salgueiro Maia: diferenças entre revisões

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== Biografia ==
== Biografia ==
Salgueiro Maia, como se tornou conhecido, foi um dos distintos capitães do [[Exército Português]], que liderou as forças revolucionárias durante a [[Revolução dos Cravos|Revolução de 25 de Abril]], que marcou o final da [[ditadura]]. Filho de um ferroviário, Francisco da Luz Maia, e de sua mulher Francisca Silvéria Salgueiro, frequentou a Escola Primária em [[São Torcato]], [[Coruche]], mudando-se mais tarde para [[Tomar]], vindo a concluir o ensino secundário no Liceu Nacional de Leiria (hoje Escola Secundária de [[Francisco Rodrigues Lobo]]). Depois da [[Revolução dos Cravos|revolução]], viria a licenciar-se em Ciências Políticas e Sociais, no [[Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas]], em [[Lisboa]].
Salgueiro Maia,tetra Avõ do CarlitosNN como se tornou conhecido, foi um dos distintos capitães do [[Exército Português]], que liderou as forças revolucionárias durante a [[Revolução dos Cravos|Revolução de 25 de Abril]], que marcou o final da [[ditadura]]. Filho de um ferroviário, Francisco da Luz Maia, e de sua mulher Francisca Silvéria Salgueiro, frequentou a Escola Primária em [[São Torcato]], [[Coruche]], mudando-se mais tarde para [[Tomar]], vindo a concluir o ensino secundário no Liceu Nacional de Leiria (hoje Escola Secundária de [[Francisco Rodrigues Lobo]]). Depois da [[Revolução dos Cravos|revolução]], viria a licenciar-se em Ciências Políticas e Sociais, no [[Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas]], em [[Lisboa]].


Em outubro de [[1964]], ingressa na [[Academia Militar (Portugal)|Academia Militar]], em [[Lisboa]] e, acabado o curso, apresenta-se na [[Escola Prática de Cavalaria]] (EPC), em [[Santarém (Portugal)|Santarém]], para frequentar o tirocínio. Foi comandante de instrução em Santarém. Integrou uma companhia de comandos na então guerra colonial.
Em outubro de [[1964]], ingressa na [[Academia Militar (Portugal)|Academia Militar]], em [[Lisboa]] e, acabado o curso, apresenta-se na [[Escola Prática de Cavalaria]] (EPC), em [[Santarém (Portugal)|Santarém]], para frequentar o tirocínio. Foi comandante de instrução em Santarém. Integrou uma companhia de comandos na então guerra colonial.

Revisão das 16h34min de 15 de maio de 2013

Salgueiro Maia

Monumento ao Capitão Salgueiro Maia em Santarém
Dados pessoais
Nascimento 1 de julho de 1944
Morte 4 de abril de 1992 (47 anos)
Nacionalidade Portugal Portuguesa
Vida militar
Placa de homenagem a Salgueiro Maia, no local onde se dirigiu aos sitiados no Quartel do Carmo - Largo do Carmo, Lisboa

Fernando José Salgueiro Maia GOTEGCL (Castelo de Vide, 1 de julho de 1944Lisboa, 4 de abril de 1992), foi um militar português[1][2].

Biografia

Salgueiro Maia,tetra Avõ do CarlitosNN como se tornou conhecido, foi um dos distintos capitães do Exército Português, que liderou as forças revolucionárias durante a Revolução de 25 de Abril, que marcou o final da ditadura. Filho de um ferroviário, Francisco da Luz Maia, e de sua mulher Francisca Silvéria Salgueiro, frequentou a Escola Primária em São Torcato, Coruche, mudando-se mais tarde para Tomar, vindo a concluir o ensino secundário no Liceu Nacional de Leiria (hoje Escola Secundária de Francisco Rodrigues Lobo). Depois da revolução, viria a licenciar-se em Ciências Políticas e Sociais, no Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas, em Lisboa.

Em outubro de 1964, ingressa na Academia Militar, em Lisboa e, acabado o curso, apresenta-se na Escola Prática de Cavalaria (EPC), em Santarém, para frequentar o tirocínio. Foi comandante de instrução em Santarém. Integrou uma companhia de comandos na então guerra colonial.

Em 1973 iniciam-se as reuniões clandestinas do Movimento das Forças Armadas e, Salgueiro Maia, como Delegado de Cavalaria, integra a Comissão Coordenadora do Movimento. Depois do 16 de Março de 1974 e do Levantamento das Caldas, foi Salgueiro Maia, a 25 de Abril desse ano, quem comandou a coluna de blindados que, vinda de Santarém, montou cerco aos ministérios do Terreiro do Paço forçando, já no final da tarde, a rendição de Marcelo Caetano, no Quartel do Carmo, que entregou a pasta do governo a António de Spínola. Salgueiro Maia escoltou Marcelo Caetano ao avião que o transportaria para o exílio no Brasil.

A 25 de Novembro de 1975 sai da EPC, comandando um grupo de carros às ordens do Presidente da República. Será transferido para os Açores, só voltando a Santarém em 1979, onde ficou a comandar o Presídio Militar de Santarém. Em 1984 regressa à EPC.

A 24 de setembro de 1983 recebe a Grã-Cruz da Ordem da Liberdade, e, a título póstumo, o grau de Grande-Oficial da Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito a 28 de junho de 1992[3] e em 2007 a Medalha de Ouro de Santarém.

Recusou, ao longo dos anos, ser membro do Conselho da Revolução, adido militar numa embaixada à sua escolha, governador civil do Distrito de Santarém e pertencer à casa Militar da Presidência da República. Foi promovido a major em 1981 e, posteriormente, a Tenente-Coronel.

Em 1989 foi-lhe diagnosticada uma doença cancerosa que, apesar das intervenções cirúrgicas no ano seguinte e em 1991, o vitimaria a 4 de abril de 1992[1][2].

Placa toponímica de homenagem a Salgueiro Maia na freguesia de Baguim do Monte

Frases e momentos para a História

Madrugada de 25 de Abril de 74, parada da Escola Prática de Cavalaria, em Santarém:

Meus senhores, como todos sabem, há diversas modalidades de Estado. Os estados sociais, os corporativos e o estado a que chegámos. Ora, nesta noite solene, vamos acabar com o estado a que chegámos! De maneira que, quem quiser vir comigo, vamos para Lisboa e acabamos com isto. Quem for voluntário, sai e forma. Quem não quiser sair, fica aqui!

Todos os 240 homens que ouviram estas palavras, ditas da forma serena mas firme, tão característica de Salgueiro Maia, formaram de imediato à sua frente. Depois seguíram para Lisboa e marcharam sobre a ditadura[1][2].

Bibliografia

  • Duarte, António de Sousa (2004). Salgueiro Maia: Fotobiografia. Lisboa: Âncora. ISBN 972-780-133-1 
  • Letria, José Jorge (2004). Salgueiro Maia: o Homem do Tanque da Liberdade. Lisboa: Terramar. ISBN 972-710-371-5 

Referências

Ver também

O Commons possui uma categoria com imagens e outros ficheiros sobre Salgueiro Maia