Santos Fernando

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Fernando dos Santos
Pseudónimo(s) Santos Fernando
Nascimento 22 de janeiro de 1927
Lapa, Lisboa, Portugal
Morte 13 de dezembro de 1975 (48 anos)
Lisboa, Portugal
Nacionalidade Portugal Portuguesa
Ocupação Escritor

Santos Fernando, pseudónimo de Fernando dos Santos (Lisboa, 22 de janeiro de 1927 - Lisboa, 13 de dezembro de 1975) foi um escritor português do século XX, que primava pelo tom humorístico dos seus textos.[1]

Vida e obra[editar | editar código-fonte]

Santos Fernando desde cedo dedicou o tempo que sobrava do seu emprego administrativo nos Adubos Potássicos à escrita para os mais variados meios, a solo ou em colaboração com o seu amigo Ferro Rodrigues (pai do político Eduardo Ferro Rodrigues): rádio, cinema, televisão, jornais, teatro de revista e livros.

Destacam-se os textos escritos para o teatro de revista do Parque Mayer, para os Parodiantes de Lisboa, de que foi um dos fundadores, e para o jornal humorístico brasileiro O Pasquim. Cruzou-se com diversas figuras do meio literário e artístico português, entre os quais Vítor Silva Tavares, Luiz Pacheco, que, a par de Ferro Rodrigues, escreveu um texto de homenagem publicado pelo Diário Popular um ano após a morte de Santos Fernando.

Na criação literária de Santos Fernando, que viu treze livros publicados em vida, predomina a prosa humorística e satírica, expressa quer em textos curtos - contos e crónicas, destacando-se as que semanalmente escrevia para o Diário Popular, recolhidas no volume Os Grilos não Cantam ao Domingo - quer em obras de maior fôlego, como Tempo de Roubar, Os Cotovelos de Vénus, Consolação Número Três, A Sopa dos Ricos e o seu último livro, Sexo 20, publicado poucos meses antes da sua morte.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • A, Ante, Após, Até (Parceria A.M.Pereira, 1957)
  • Seis Gramas de Paraíso (Livraria Bertrand, 1959; Europa América, 1973)
  • A Bolsa do Canguru (Livraria Bertrand, 1961)
  • Areia nos Olhos (Editorial Organizações, 1962)
  • Os Cotovelos de Vénus (Europa América, 1963)
  • Tempo de Roubar (Europa América, 1964)
  • As Uvas Estão Maduras (Ulisseia, 1965)
  • Consolação Número Três (Europa América, 1968; Círculo de Leitores, 1971; )
  • Os Grilos Não Cantam ao Domingo (Parceria A.M.Pereira, 1969)
  • A Sopa dos Ricos (Edição de Autor, 1970; Nórdica, Rio de Janeiro, 1974)
  • Absurdíssimo (Nórdica, Rio de Janeiro, 1972; Europa América, 1972; Nórdica, Rio de Janeiro, 1974)
  • A Árvore dos Sexos (Europa América, 1974; Nórdica, Rio de Janeiro, 1974)
  • Sexo 20 (Editorial Futura, 1975)

Referências

  1. «Santos Fernando, o humorista devoto de São Sebastião». Observador. 27 de maio de 2017. Consultado em 25 de abril de 2018 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]