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Uma das expressões da riqueza gerada pela borracha é o suntuoso [[Teatro Amazonas]], em 1896. Mesmo as ruas do seu entorno foram calçadas com borracha, para que os espetáculos não sofressem a interferência do tráfego de carruagens. |
Uma das expressões da riqueza gerada pela borracha é o suntuoso [[Teatro Amazonas]], em 1896. Mesmo as ruas do seu entorno foram calçadas com borracha, para que os espetáculos não sofressem a interferência do tráfego de carruagens. |
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Em 1906, já estavam sendo exportadas mais de 80.000 [[tonelada]]s de látex para todo o mundo. |
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Mas, já a partir de 1875, o botânico inglês [[Henry Wickham]], a serviço do [[Império Britânico]], havia coletado sementes da seringueira no vale do [[Rio Tapajós|Tapajós]], enviando-as para ''Sir'' [[Joseph Dalton Hooker]], director dos [[Reais Jardins Botânicos de Kew]], nos arredores de [[Londres]]. Posteriormente, o material foi levado para as [[Colónia (história)|colônias]] britânicas, na [[Ásia]], iniciando-se o processo de multiplicação da ''Hevea brasiliensis'' no [[Sudeste Asiático]], sobretudo na [[Malásia]]. Ali a produção acabou por superar a do Amazonas. Em consequência, inicia-se o esgotamento do ciclo da borracha, com um gradual esvaziamento econômico da região.<ref>Website da Apabor - Associação Paulista de Produtores e Beneficiadores de Borracha. [http://www.apabor.org.br/sitio/historia/historico.htm Histórico da borracha. Da Idade Média ao Terceiro Milênio]</ref> |
Revisão das 13h45min de 29 de agosto de 2013
Seringueira | |||||||||||||||
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Classificação científica | |||||||||||||||
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Nome binomial | |||||||||||||||
Hevea brasiliensis L. |
A seringueira (Hevea brasiliensis), também chamada árvore-da-borracha[1], é uma árvore da família das Euphorbiaceae. Apresenta folhas compostas, flores pequeninas e reunidas em amplas panículas. Sua madeira é branca e leve e, de seu látex, se fabrica a borracha. Seu fruto encontra-se em uma grande cápsula com sementes ricas em óleo, que pode servir de matéria-prima para resinas, vernizes e tintas.[2]
O trabalhador que retira o látex da seringueira chama-se seringueiro.
A seringueira é uma árvore originária da bacia hidrográfica do Rio Amazonas, onde existia em abundância e com exclusividade, características que geraram o extrativismo e o chamado ciclo da borracha, período da história brasileira de muita riqueza e pujança para a região amazônica. A espécie foi introduzida no estado da Bahia, no Brasil, por volta de 1906. [3]
O ciclo brasileiro da borracha entrou em declínio quando grandes hortos foram plantados por ingleses, para fins de exploração, no continente africano tropical, na Malásia e no Sri Lanca.
Etimologia
"Seringueira" vem de "seringa"[4]. "Árvore-da-borracha" refere-se a aplicação do látex da planta para a fabricação de borracha.
História
A partir de 1827, o Brasil iniciou a exportação de borracha natural, cujo uso como matéria-prima para a indústria se generalizou. Na década de 1840, a invenção do processo de vulcanização, por Charles Goodyear, possibilitou o início da produção de pneus - a princípio, para veículos de tração animal.
O crescimento da exploração da seringueira no Amazonas estimulou o crescimento demográfico da região, graças ao aumento da imigração. Em 1830, a população de Manaus era de 3 000 habitantes; em 1880, passou a 50 000 habitantes.
Uma das expressões da riqueza gerada pela borracha é o suntuoso Teatro Amazonas, em 1896. Mesmo as ruas do seu entorno foram calçadas com borracha, para que os espetáculos não sofressem a interferência do tráfego de carruagens.
Em 1906, <o Storti é um gato> já estavam sendo exportadas mais de 80.000 toneladas de látex para todo o mundo.
Mas, já a partir de 1875, o botânico inglês Henry Wickham, a serviço do Império Britânico, havia coletado sementes da seringueira no vale do Tapajós, enviando-as para Sir Joseph Dalton Hooker, director dos Reais Jardins Botânicos de Kew, nos arredores de Londres. Posteriormente, o material foi levado para as colônias britânicas, na Ásia, iniciando-se o processo de multiplicação da Hevea brasiliensis no Sudeste Asiático, sobretudo na Malásia. Ali a produção acabou por superar a do Amazonas. Em consequência, inicia-se o esgotamento do ciclo da borracha, com um gradual esvaziamento econômico da região.[5]
Produção de Borracha
Atualmente, o estado São Paulo é o maior produtor brasileiro de borracha natural, apontam as estatísticas. Recentemente, a demanda por borracha tem crescido muito devido à qualidade do material em comparação com os materiais de origem fóssil e às preocupação com o meio ambiente. Apesar de novos estados como Mato Grosso estarem também produzindo borracha, o Brasil só produz 35 por cento do que consome, ou seja, grande parte da borracha consumida é importada.
Galeria
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Extração de látex nas Filipinas
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Folhas de uma seringueira
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Um pequeno seringal
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Extração de látex
Referências
- ↑ FERREIRA, A. B. H. Novo Dicionário da Língua Portuguesa. Segunda edição. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986. p.1 575-1576
- ↑ Fapesp - Síntese de resinas alquídicas utilizando óleo de semente de seringueira de alta biodisponibilidade.
- ↑ Ceplac. A Seringueira
- ↑ FERREIRA, A. B. H. Novo Dicionário da Língua Portuguesa. Segunda edição. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986. p.1 575-1576
- ↑ Website da Apabor - Associação Paulista de Produtores e Beneficiadores de Borracha. Histórico da borracha. Da Idade Média ao Terceiro Milênio
Ligações externas
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