This Is England (canção)

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"This is England"
Single de The Clash
do álbum Cut the Crap
Lado B "Do It Now" (7")
"Sex Mad Roar" (12")
Lançamento Setembro de 1985
Formato(s) Disco de vinil de 7 e de 12 polegadas
Gravação 1984
Gênero(s) New wave, electropunk, pós-punk
Duração 3:51
Gravadora(s) CBS[desambiguação necessária]
Composição "Strummer & Co." (7")
Strummer/Rhodes (12")
Produção "José Unidos"
Cronologia de singles de The Clash
"Straight to Hell"
(1982)
"London Calling"
(relançamento)
(1988)

"This is England" (em português: Esta é a Inglaterra) é uma canção da banda de punk rock britânica The Clash, lançada como primeiro e único single do álbum Cut the Crap em setembro de 1985. Foi o último single lançado pelo grupo, em sua encarnação final composta por Joe Strummer, Paul Simonon, Nick Sheppard, Pete Howard e Vince White.

Letra[editar | editar código-fonte]

Escrita no final de 1983, a canção é sobre o estado da Inglaterra na época, uma variante mais focada de "Straight to Hell", misturada com um refrão clamando o povo inglês a um sentimento de identidade nacional.

A canção faz uma lista precisa dos problemas da Inglaterra em meados de 1984, tratando da violência nos centros das grandes cidades (especialmente com facas), da alienação urbana, a vida em council houses, a taxa elevada de desemprego, a derrocada da indústria de motocicletas na Inglaterra, uma frente fria do Atlântico Sul havia matado centenas de jovens ingleses durante o inverno, racismo e corrupção policial, assim como dois temas comuns para os compositores de esquerda da época: a Guerra das Malvinas e o consumismo, que havia tornado muitos ingleses subservientes.

No livro The Complete Clash, Keith Topping diz que a voz esganiçada no início da música era a voz de uma criança, mas de fato se trata de um comerciante gritando "quatro flanelas de rosto por uma libra, três toalhas de chá por uma libra".

Mudança de compositores[editar | editar código-fonte]

Quando a canção foi inicialmente lançada como single, foi creditada como composição de "The Clash" (tecnicamente "Strummer & Co."), entretanto, quando Cut the Crap foi lançado, o crédito foi alterado para Joe Strummer e o empresário Bernie Rhodes, assim como todas as outras faixas do álbum; até agora, nenhuma explicação foi dada para tal alteração. Todas os relançamentos posteriores e o livro de Topping creditam a canção para "Strummer/Rhodes".

Recepção[editar | editar código-fonte]

Ao contrário do álbum, que ainda hoje é alvo de críticas e mesmo de ridicularizações, a canção é elogiada. Strummer a descreveu como a "última grande canção do Clash". Numa pesquisa feita pela revista Uncut sobre as 30 melhores canções da banda, a canção apareceu na trigésima posição.

Entretanto, quando o single foi lançado, as críticas foram muito mais negativas, sintonizadas com a reação geral a Cut the Crap. Gavin Martin da revista NME declarou que "Strummer carrega todos os sinais do roqueiro envelhecido em estado avançado de senilidade".

No mesmo ano de seu lançamento original, o single foi relançado no formato de disco de vinil de 12 polegadas com uma capa diferente e uma faixa adicional no lado dois, "Sex Mad Roar".

Inicialmente, o Clash e outros tentaram ignorar a última encarnação da banda. Assim sendo, "This Is England" não é incluída no álbum The Singles, a discografia da banda termina em "Should I Stay or Should I Go / Straight to Hell" na compilação Clash on Broadway e o documentário Westway to the World de Don Lett ignora completamente o período, dando a impressão de que o Clash acabou assim que Mick Jones deixou o grupo.

Isto mudou, entretanto, com o lançamento de The Essential Clash em 2003, que incluía "This Is England" como sua faixa final, fazendo desta a primeira compilação da banda a reconhecer uma canção do período. É possível que a morte de Strummer durante a produção do álbum possa ter influenciado na decisão de incluir a canção, apesar de que isto nunca tenha sido confirmado oficialmente por qualquer pessoa envolvida no álbum.

O single foi relançado em CD como décimo nono disco de The Clash's Singles Box em 2006, acompanhado por uma recriação fiel da obra de arte do compacto original e a faixa extra "Sex Mad Roar", presente no single original de 12 polegadas (30 centímetros). A canção também aparece na coleção The Singles, de 2007.

Uma segunda versão da canção, chamada simplesmente de "mix alternativo" ou "dub mix", existe e pode ser encontrada nos álbuns bootlegs Clash On Broadway Disc 4 e If Music Could Talk, respectivamente. Esta versão não inclui as amostras de som acrescentado por Bernie Rhodes, apresentando um som muito mais "enxuto".

Desempenho nas paradas[editar | editar código-fonte]

Tabela (1985) Maior
posição
Reino Unido UK Singles Chart 24
República da Irlanda Irish Singles Chart 13

Referências[editar | editar código-fonte]

  • Gilbert, Pat (2005). Passion Is a Fashion. The Real Story of The Clash (em inglês) 4a ed. Londres: Aurum Press. ISBN 1845131134 
  • Gray, Marcus (2005). The Clash. Return of the Last Gang in Town (em inglês) 5a ed. Londres: Helter Skelter. ISBN 1905139101 
  • Green, Johnny e Barker, Garry (2003). A Riot of Our Own. Night and Day with The Clash (em inglês) 3a ed. Londres: Orion. ISBN 0752858432 
  • Gruen, Bob e Salewicz, Chris (2004). The Clash (em inglês) 3a ed. Londres: Omnibus. ISBN 1903399343 
  • Needs, Kris (2005). Joe Strummer and the Legend of the Clash (em inglês). Londres: Plexus. ISBN 085965348X 
  • Topping, Keith (2004). The Complete Clash (em inglês) 2a ed. Richmond: Reynolds & Hearn. ISBN 1903111706