Urania (gênero)

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Como ler uma infocaixa de taxonomiaUrania
A extinta e bela mariposa Urania sloanus, única espécie jamaicana do gênero.
A extinta e bela mariposa Urania sloanus, única espécie jamaicana do gênero.
A espécie Urania brasiliensis, da mata atlântica do Brasil. Pode ser considerada uma subespécie de Urania fulgens.
A espécie Urania brasiliensis, da mata atlântica do Brasil. Pode ser considerada uma subespécie de Urania fulgens.
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Arthropoda
Classe: Insecta
Ordem: Lepidoptera
Família: Uraniidae[1]
Género: Urania
Fabricius, 1807[1]
Espécies
Ver texto
Fotografia de Urania leilus, vista superior.
Sinónimos
Papilio Linnaeus, 1758
Lars Hübner, 1807
Cydrus Billberg, 1820
Cydimon Dalman, 1824
Leilus Swainson, 1833
Dasycephalus Walker, 1854
Uranidia Westwood, 1879
Markku Savela[1]

Urania é um gênero, proposto por Johan Christian Fabricius em 1807[1], de mariposas diurnas da região neotropical[2] e pertencentes à família Uraniidae.[1] Suas lagartas se alimentam de plantas do gênero Omphalea (família Euphorbiaceae)[2] e suas espécies possuem semelhança notável com borboletas do gênero Papilio[3]; outro grupo de insetos da mesma ordemː Lepidoptera.

Espécies, distribuição e planta-alimento[editar | editar código-fonte]

O status de duas outras espécies: Urania brasiliensis (Swainson, 1833) (mata atlântica do Brasil) e Urania poeyi (Herrich-Schäffer, 1866)[2] (leste de Cuba)[6] é controverso, pois já foram tratadas como espécies distintas, ou subespécies ou sinônimos de Urania fulgens e Urania leilus, respectivamente. Inclusive Urania fulgens pode apresentar formas que são externamente muito semelhantes a Urania leilus, e esses dois taxa também têm sido sugeridos como coespecíficos.[2]

Gênero Chrysiridia[editar | editar código-fonte]

Duas espécies do leste da região afro-tropical já foram catalogadas no gênero Urania. Trata-se de Urania rhipheus e Urania croesus[7], agora colocadas no gênero Chrysiridia.

Migração[editar | editar código-fonte]

O gênero Urania é conhecido por suas longas migrações.[2] A razão para estas migrações parece residir em sua planta-alimento. Ao se alimentar das folhas de Omphalea a sua lagarta absorve altas doses de toxinas presentes nas plantas. Com a continuação de seu ciclo de vida, a planta vai aumentando sua carga de toxinas, podendo até mesmo matar as lagartas; então os adultos devem procurar regiões onde estas plantas não foram recentemente consumidas.[8]

Estridulação[editar | editar código-fonte]

Adultos machos de mariposas, ou traças, Urania possuem um órgão estridulatório na pata pró-torácica. O mecanismo de produção de som consiste em uma sequência de cliques agudos, ocorrendo durante uma série de movimentos bruscos e rápidos das patas dianteiras. O som produzido por Urania consiste em um pulso de baixa amplitude, audível para os seres humanos a curto alcance, mas com um forte componente de ultra-som.[9]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b c d e f g Savela, Markku. «Urania» (em inglês). Lepidoptera and some other life forms. 1 páginas. Consultado em 5 de março de 2017 
  2. a b c d e f g Nazari, Vazrick; Schmidt, B. Christian; Prosser, Sean; Hebert, Paul D. N. (20 de outubro de 2016). «Century-Old DNA Barcodes Reveal Phylogenetic Placement of the Extinct Jamaican Sunset Moth, Urania sloanus Cramer (Lepidoptera: Uraniidae (em inglês). PLOS ONE. 1 páginas. Consultado em 5 de março de 2017 
  3. a b Smith, Neal Griffith (junho de 1972). «Migrations of the day-flying moth Urania in Central and South America» (PDF) (em inglês). Caribbean Journal of Science 12:. pp. 45–58. Consultado em 5 de março de 2017 
  4. a b c Quinn, Mike (11 de julho de 2012). «Urania Natural History» (em inglês). Texas Entomology. 1 páginas. Consultado em 5 de março de 2017 
  5. Hoskins, Adrian. «Green-banded Urania - Urania leilus (Linnaeus, 1758)» (em inglês). Learn about butterflies. 1 páginas. Consultado em 5 de março de 2017 
  6. Cañamero, Alejandro Barro; Fernández, Krys Rodríguez (novembro de 2005). «Distribución e Historia Natural de los adultos de Urania boisduvalii (Guérin) (Lepidoptera: Uraniidae) en Cuba» (em espanhol). Revista Biología. Vol. 19, No. 1-2. ResearchGate. 1 páginas. Consultado em 5 de março de 2017 
  7. GOODDEN, Robert (1977). O Mundo Maravilhoso das Borboletas e Mariposas 1ª ed. Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico S/A - indústria e comércio. p. 82. 96 páginas 
  8. HENDERSON, Carrol L.; ADAMS, Steve (2010). Butterflies, Moths, and Other Invertebrates of Costa Rica: A Field Guide (em inglês). Austin: University of Texas Press - Google Books. p. 113. 173 páginas. ISBN 978-0-292-71966-8. Consultado em 5 de março de 2017 
  9. Lees, David C. (outubro de 1992). «Foreleg stridulation in male Urania moths (Lepidoptera: Uraniidae)» (em inglês). Zoological Journal of the Linnean Society. 1 páginas. Consultado em 5 de março de 2017 
Ícone de esboço Este artigo sobre lepidópteros, integrado no Projeto Artrópodes é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.