Usuário:JMagalhães/Notepad90

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Citação: Ainda que o leite seja um alimento natural e nutritivo, sua obtenção, tratamento, manejo e publicidade tem gerado controvérsia, que teve seu auge em 1960 e que atualmente continua mais como tendência ideológica que como revolução cultural. O leite gerou diversas polêmicas nas quais grande variedade de argumentos foi apresentada, das quais as duas mais importantes serão abordadas a seguir.

Citação: Desde a década de 60, é crescente a atenção às reações indesejadas desencadeadas na saúde humana em virtude do consumo do leite e seus derivados (queijos, manteiga, etc). A busca ou introdução de outras formas proteicas de origem vegetal na dieta, como castanhas, nozes e as folhas verdes (couves, espinafre, feijão branco, gergelim) tem sido incentivada, sobretudo em razão de sensibilidades, alergias e intolerância à lactose, espécie de açúcar presente no leite, cuja digestão é prejudicada ou dificultada para o organismo humano. A polimerização das proteínas do leite de vaca é uma técnica promissora para diminuir a alergenicidade do leite de vaca.[1][2]

Citação: O fato de o ser humano ser o único animal que continua a tomar leite (de outras espécies) que não o materno, na fase adulta, é objeto de estudos que condenam essa prática e associam-na às epidemias de infarto (calcificação), osteoporose e vários tipos de câncer (mama, ovário, próstata); inúmeras alergias são cientificamente comprovadas à ingestão de leite e derivados: otite, dermatite, rinite, sinusite, bronquite asmática, amigdalite, obesidade, aumento da resistência à insulina, aumento na formação de muco, gastrite, enterocolite, esofagite, refluxo, obstipação intestina, enurese, enxaqueca, fadigas inexplicáveis, artrite reumatoide, falta de concentração4, hiperatividade (ADHD), dislexia, ansiedade e até mesmo depressão;[3] Deturpação da fonte. Conforme a própria fonte, as doenças desta lista estão associadas à alergia ao leite. Apenas 0,5-2% das crianças são alérgicas ao leite. No entanto, o artigo dá a entender que estas doenças ocorrem na população em geral e/ou que são causadas pelo simples facto de se beber leite. Além disso, existem doenças no parágrafo que não estão listadas na fonte e/ou para as quais a fonte não cita nenhum estudo científico.

Citação: a celulite também está relacionada ao consumo do leite porque o mesmo causa inflamação nas células.[4][5] Não está na fonte

Citação: Países onde há alto consumo de leite e derivados (E.U.A, Brasil, Europa) apresentam altas taxas dessas doenças, e países (asiáticos) com baixo consumo de produtos lácteos tem baixos índices dessas doenças.[6][7][8][9] Fontes não fiáveis Primeira é um Youtube inexistente, mas pelo título percebe-se que é claramente POV. Segunda fonte é um site de venda de livros de "terapias naturais" e "espiritualidade". Terceira fonte é uma coluna de opinião que não cita nenhum estudo credível e que nem menciona nada do que supostamente referencia. Quarta fonte é um site de ativistas vegetarianos que não referencia nada do texto.

Autismo[editar | editar código-fonte]

Citação: Ao ser ingerida, a proteína do leite, caseína se quebra e produz o peptídeo casomorfina (morfina), um opioide que atua como liberador de histamina, que ativa – via reação alérgica - a produção de grande quantidade de muco. [10] Manipulação O texto está correto e é verificável por uma fonte de qualidade. Porém, não tem relação nenhuma com o tópico da secção.

Citação: Nos EUA, uma dieta sem glúten e sem caseína (leite e derivados) são recomendadas em conferências para parentes de crianças que tem autismo;[11] em livros, sites e grupos de discussão há relatos que descrevem os benefícios dessa dieta contra o autismo, especialmente no desenvolvimento da interação social e habilidades verbais desses pacientes.[12] Manipulação e fonte parcial. Não é "nos EUA", como o texto afirma. É apenas o site "nutritionfacts.org". Este site foi fundado por en:Michael Greger, um conhecido ativista vegan contra qualquer produto de origem animal e amplamente criticado por médicos e investigadores por não apresentar evidências científicas do que alega.

Citação: No entanto, estes estudos podem ainda não ser definitivos, por apresentarem algumas dúvidas.[12] Manipulação e deturpação da fonte Ao contrário da fonte anterior, esta fonte é um estudo científico de qualidade. A fonte afirma inequivocamente que alguns estudos que no início dos anos 90 recomendavam remover a caseína da dieta dos autistas apresentavam falhas graves. Ou seja, invalida por completo as alegações da frase anterior. No entanto, o artigo manipula a realidade e apresenta coisas amplamente refutadas há mais de duas décadas como se fossem apenas "algumas dúvidas".

Citação: Os experimentos foram realizados usando exames específicos mas esses peptídeos não puderam ser detectados nas amostras de urina dessas crianças.[13][14] Isto tem uma relação tão afastada com o suposto tópico da secção que nem merece comentários.

Comentário Há aqui uma manipulação e POV-pushing graves. Não existe qualquer tipo de evidência credível que o leite contribua para causar autismo. No entanto, foi criada uma secção para sugerir isso, já que não o chega a afirmar diretamente.

Anemia[editar | editar código-fonte]

Citação: A OMS recomenda que bebês recém-nascidos não sejam, a não ser em casos de recomendação médica por problemas de saúde da mãe, alimentados com leites de animais.[15] Manipulação por omissão A frase está correta: a OMS não recomenda o leite animal para amamentação. No entanto, falta explicar por que é que a OMS não recomenda: o leite animal não contém todos os nutrientes necessários para o ser humano, devendo-se alimentar o recém-nascido ou com leite materno ou com fórmula infantil. A omissão foi deliberada, insinuando ou deixando o leitor especular que a recomendação da ONU se deve a um eventual perigo do leite animal.

Citação: O leite de vaca oferece baixa quantidade e qualidade de ferro e também por isso não é recomendado para bebês ou crianças: dietas infantis excessivamente baseadas em consumo de leite de vaca podem ser uma das causas do alto risco de anemia nos primeiros anos de vida, pois esse alimento é pobre em ferro: cerca de 2,6 mg Fe para 1.000 kcal do alimento. As recomendações nutricionais para o consumo de ferro dos seis aos 60 meses são de 10 mg por dia, o que para crianças de seis a 11, 12 a 35, 36 a 60 meses corresponderia a dietas com densidade de ferro de 11,7; 7,7 e 5,6 mg Fe/1.000 kcal, respectivamente. Além de ser pobre em ferro, o leite de vaca não o possui na forma heme que é melhor absorvido pelo organismo. Segundo estudos experimentais, o leite de vaca ainda tem o potencial de inibir a absorção de ferro heme e não heme presente nos demais alimentos ingeridos pela criança. Ainda assim, a associação entre o consumo de leite de vaca e a concentração de hemoglobina tem sido pouco explorada em pesquisas epidemiológicas. Recente estudo pioneiro realizado em uma coorte de crianças europeias revelou que a concentração de hemoglobina alcançada pelas crianças aos 12 meses de idade estava inversamente relacionada ao número de meses durante os quais a criança consumiu leite de vaca.[16] Deturpação da fonte e pesquisa inédita O que está em itálico está realmente na fonte. A fonte é um estudo estatístico que verificou uma associação positiva entre anemia e o consumo excessivo de leite de vaca em crianças. Ou seja, há mais casos de anemia em quem consome mais leite. No entanto, o estudo é apenas um estudo estatístico. Lança algumas hipóteses para explicar essa associação, mas é peremptório em afirmar que são necessários mais estudos. Repare-se no tempo verbal da citação do estudo: "...podem ser uma das causas" em "dietas infantis excessivamente baseadas em consumo de vaca". Onde está então a deturpação e invenção? Está na frase que antecede a citação, que inventa coisas que não estão na fonte. A fonte não recomenda nem deixa de recomendar leite, nem o mecanismo tem a ver com a "qualidade do ferro do leite".

Leite e cancro (ou câncer)[editar | editar código-fonte]

Citação: Estudos científicos têm demonstrado [17] que a ingestão de produtos lácteos oferece riscos de desenvolvimento de osteoporose, calcificação, câncer como os de ovário, mama e próstata.[18][19][20]

Citação: Nesse sentido, o Dr. T. Colin Campbell, Ph.D., afirma em seu livro The China Study que existe uma correlação entre o consumo de leite e o desenvolvimento de câncer de mama e próstata, entre outras enfermidades. O crescimento de células cancerígenas estaria associado à ação de hormônios como o IGF-1 [21][22](Insulin-like Growth Factor 1), um hormônio de crescimento igualmente existente tanto no corpo humano como em bovinos.[23]

Citação: O IGF-1 induziria uma rápida divisão e multiplicação das células normais do epitélio mamário ou da próstata humana. O excesso de tal hormônio seria ainda promovido pela administração, nas vacas leiteiras, do hormônio de crescimento bovino recombinante (bBGH ou rbST, nas siglas mais usadas em inglês, ou conforme seu nome científico, Somatotrophina Bovina, responsável por um aumento em até 15% na produção de leite comercializável [24] [25]) o que, por sua vez, aceleraria mais ainda o desenvolvimento de células cancerígenas.[26]

Citação: Caso emblemático acerca do uso de laticínios e sua relação com a saúde é o apresentado pela cientista britânica Jane Plant Jane Plant, geoquímica, Ph.D., membro da Real Sociedade de Medicina.[27] Ela relata que, nos anos 90, trabalhando juntamente com seu marido em um projeto acerca de problemas ambientais na China, e de posse de um atlas de epidemiologia que alguns colegas chineses lhe deram de presente, encontrou informações de que a ocorrência de câncer da mama nas mulheres chinesas era de um caso em cada 100 000 mulheres, comparado com a ocorrência de 1 caso em cada 10 mulheres, no Reino Unido e na maioria dos países ocidentais. Afirma que após verificar a correção de tais informações junto a renomados acadêmicos e profissionais da medicina, chegou à conclusão de que essas diferenças deviam-se a fatores alimentares, dentre os quais um dos principais era o consumo de produtos lácteos, pouco usados entre os chineses. Relata então em seu livro, Your Life in Your Hands (Sua Vida em Suas Mãos), sua experiência pessoal no combate aos tumores mamários em si diagnosticados no ano de 1987, os quais, segundo aponta, foram eliminados mediante a retirada de todos os produtos lácteos de sua alimentação, acompanhada de mudanças no estilo de vida e dietético, conhecimentos que usa atualmente em favor de portadores de câncer. [28][29]

Citação: Estudos científicos também sugerem que haja uma relação entre o consumo de leite e o aumento do risco de Mal de Parkinson.[30][31][32]

Citação: pode prejudicar o esperma dos homens[33]

Citação: aumento fratura e debilidade em ossos em adolescentes e adultos [34]

Citação: pode diminuir tempo de vida devido stress oxidativo[35]

  1. Olivier CE, Lima RPS, Pinto DG, Santos RAPG, Silva GKM, Lorena SLS, Villas-Boas MB, Netto FM, Zollner RL: In search of a tolerance-induction strategy for cow's milk allergies: significant reduction of beta-lactoglobulin allergenicity via transglutaminase/cysteine polymerization. CLINICS. 2012, 67(10):1171-1179.pdf
  2. Olivier, C. E., Villas-Boas, M. B., Netto, F. M., & Zollner, R. d. L. (2012). Allergenicity of Bos d 5 in children with cow's milk allergy is reduced by transglutaminase polymerization. Ped Allergy Immunol Pulmonol, 25(1), 30-33.PAIP
  3. Nutrição
  4. http://www.maisquebeleza.com/dieta-leite2.htm
  5. Denise Carreiro, Nutrição
  6. [watch?v=NYOeGQY0p98 O Mito do leite]
  7. http://www.ground.com.br/leitealimentoouveneno Leite: alimento ou veneno
  8. Leite faz mal?
  9. Leite de vaca
  10. Kurek M, Przybilla B, Hermann K, Ring J (1992). «A naturally occurring opioid peptide from cow's milk, beta-casomorphine-7, is a direct histamine releaser in man». Int Arch Allergy Immunol. 97 (2): 115–120. PMID 1374738. doi:10.1159/000063326 
  11. Cows milk: casomorphin e autismo
  12. a b Christison GW, Ivany K (2006). «Elimination diets in autism spectrum disorders: any wheat amidst the chaff?». J Dev Behav Pediatr. 27 (2 Suppl 2): S162–71. PMID 16685183. doi:10.1097/00004703-200604002-00015 
  13. Dettmer K, Hanna D, Whetstone P, Hansen R, Hammock BD (2007). «Autism and urinary exogenous neuropeptides: development of an on-line SPE-HPLC-tandem mass spectrometry method to test the opioid excess theory». Anal Bioanal Chem. 388 (8): 1643–51. PMID 17520243. doi:10.1007/s00216-007-1301-4 
  14. Cass H, Gringras P, March J; et al. (2008). «Absence of urinary opioid peptides in children with autism». Arch. Dis. Child. 93 (9): 745–50. PMID 18337276. doi:10.1136/adc.2006.114389 
  15. Leite materno
  16. http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0034-89102004000600007&script=sci_arttext
  17. [watch?v=NYOeGQY0p98 O mito do leite]
  18. June M Chan, Meir J Stampfer, Jing Ma, Peter H Gann, J Michael Gaziano, and Edward L Giovannucci (outubro de 2001). «Dairy products, calcium, and prostate cancer risk in the Physicians' Health Study1–3» (PDF). Site da The American Journal of Clinical Nutrition 
  19. «Dairy products and prostate cancer risk.». Department of Chemical Biology, Rutgers, The State University of New Jersey. PubMed.gov - U.S. National Library of Medicine National Institutes of Health. Abril de 2010 
  20. «Milk and lactose intakes and ovarian cancer risk in the Swedish Mammography Cohort» (em inglês)  Texto " Site da The American Journal of Clinical Nutrition " ignorado (ajuda)
  21. Joliet, François Andrew W. Roddam, DPhil; Naomi E. Allen, DPhil e outros (7 de Outubro de 2008). «Insulin-like Growth Factors, Their Binding Proteins, and Prostate Cancer Risk: Analysis of Individual Patient Data from 12 Prospective Studies» (PDF). Annals of Internal Medicine 
  22. «artigo bbc.co.uk» 
  23. «Milk and Prostate Cancer: The Evidence Mounts» 
  24. «The Issues: rBHG». Sustainable table - serving up healthy food choices 
  25. «Milk: America's Health Problem». Cancer Prevention Coalition 
  26. Neal D. Barnard, M.D. «Milk Consumption and Prostate Cancer - Cancer Prevention and Survival». The Cancer Project - Physicians Committee for Responsible Medicine 
  27. «Professor Jane Plant's ... Honours and Prizes.» 
  28. «Grupo de Apoio a Pacientes com Câncer» 
  29. «Cancer Suport International - Welcome to www.JanePlant.com» 
  30. «Consumption of dairy products and risk of Parkinso...[Am J Epidemiol. 2007] - PubMed Result» 
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  33. «Too much dairy, carbs might harm men's sperm». News (em inglês). 26 de outubro de 2012 
  34. Feskanich, Diane; Bischoff-Ferrari, Heike A.; Frazier, A. Lindsay; Willett, Walter C. (1 de janeiro de 2014). «Milk Consumption During Teenage Years and Risk of Hip Fractures in Older Adults». JAMA Pediatrics (em inglês). 168 (1). ISSN 2168-6203. doi:10.1001/jamapediatrics.2013.3821 
  35. Michaëlsson, Karl; Wolk, Alicja; Melhus, Håkan; Byberg, Liisa (1 de março de 2017). «Milk, Fruit and Vegetable, and Total Antioxidant Intakes in Relation to Mortality Rates: Cohort Studies in Women and Men». American Journal of Epidemiology. 185 (5): 345–361. ISSN 0002-9262. doi:10.1093/aje/kww124