Usuário(a):Diana S. Souza (Santa Casa da Bahia)/Testes
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Sueli Carneiro[editar | editar código-fonte]
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Nota: Não confundir com Simone Sueli Carneiro.
Sueli Carneiro | |
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Sueli Carneiro em 2021 | |
Nome completo | Aparecida Sueli Carneiro |
Nascimento | 24 de junho de 1950 (72 anos) |
Nacionalidade | brasileira |
Etnia | afro-brasileira |
Alma mater | Universidade de São Paulo |
Ocupação | |
Prêmios | Diploma Bertha Lutz2003 |
Aparecida Sueli Carneiro (São Paulo, 24 de junho de 1950) é uma filósofa, escritora e ativista antirracismo do movimento social negro brasileiro. Sueli Carneiro é fundadora e atual diretora do Geledés — Instituto da Mulher Negra e considerada uma das principais autoras do feminismo negro no Brasil. Possui doutorado em filosofia pela Universidade de São Paulo (USP).
Biografia[editar | editar código-fonte][editar | editar código-fonte]
Em 1983, o governo de São Paulo criou o Conselho Estadual da Condição Feminina, porém sem nenhuma mulher negra dentre as trinta e duas conselheiras. Sueli Carneiro foi uma das lideranças do movimento de mulheres negras que se engajou na campanha da radialista Marta Arruda pela abertura de uma vaga no conselho a uma mulher negra; campanha que logrou êxito.
Em 1988, fundou o Geledés — Instituto da Mulher Negra, primeira organização negra e feminista independente de São Paulo. Meses depois, foi convidada para integrar o Conselho Nacional da Condição Feminina, em Brasília.
No mesmo ano, durante o Centenário da Abolição, o Conselho Nacional dos Direitos da Mulher criou sob a coordenação de Sueli, o Programa da Mulher Negra.
Criou o programa SOS Racismo de Geledés, que redimensionou o racismo como violação aos direitos humanos.
Em 1992, ela recebeu a visita de um grupo de cantores de rap da periferia da cidade, que queriam proteção porque eram vítimas frequentes de agressão policial. Sueli decidiu criar então o Projeto Rappers, onde os jovens são agentes de denúncia e também multiplicadores da consciência de cidadania dos demais jovens.
Em 1996, Sueli colaborou na redação do capítulo referente aos negros no Programa Nacional de Direitos Humanos por convite do próprio governo federal através do Ministério da Justiça.
Ainda nos anos 90, a pensadora cria no Geledés um programa de saúde física e mental destinado às mulheres negras.
Em 2018, a filósofa política Djamila Ribeiro cria o selo editorial Sueli Carneiro, inaugurado com uma coletânea em sua homenagem, em reconhecimento à importância de suas ideias e atuação.
A construção do Outro como Não-Ser com0 fundamento do Ser[editar | editar código-fonte][editar | editar código-fonte]
A fundação do Outro como Não-Ser como fundamento do Ser é o título da tese de doutorado em Filosofia da Educação na FFLCH - USP de Sueli Carneiro publicada em 2005. Nela, Carneiro usa os conceitos de Dispositivo e Biopoder de Michel Foucault para analisar as relações raciais no Brasil.
A partir disso, Carneiro constrói a noção de dispositivo racialidade/biopoder que busca dar conta de dois processos:
- produção social e cultural da eleição e da subordinação raciais
- produção de vitalismo e morte informados pela filiação racial
Da articulação do dispositivo de racialidade ao biopoder emerge um mecanismo da natureza de ambas tecnologias: o epistemicídio. A partir desse conceito de Boaventura de Sousa Santos, Carneiro discute o lugar que a educação ocupa na reprodução/manutenção de saberes, poderes, subjetividades e todos os “cídios” que o dispositivo racialidade/biopoder produz no Brasil.
Prêmios e Honrarias[editar | editar código-fonte][editar | editar código-fonte]
- Doutora honoris causa pela Universidade de Brasília (2022)
- Prêmio Kalman Silvert (2021)
- Prêmio Especial Vladimir Herzog (2020)
- Prêmio Itaú Cultural 30 Anos (2017)
- Prêmio Benedito Galvão (2014).
- Prêmio Direitos Humanos da República Francesa
- Prêmio Bertha Lutz (2003)
- Prêmio de Direitos Humanos Franz de Castro Holzwarth (Menção Honrosa)
Obras[editar | editar código-fonte][editar | editar código-fonte]
- Escritos de uma vida (Editora Letramento, 2018). ISBN 978-85-9530-107-8
- Racismo, Sexismo e Desigualdade no Brasil (Selo Negro, 2011). ISBN 978-85-8747-874-0
- Mulher negra: Política governamental e a mulher (1985), com Thereza Santos e Albertina de Oliveira Costa.
- A construção do outro como não-ser como fundamento do ser. Tese (Doutorado em educação, 2005). Universidade de São Paulo, São Paulo.
- Interseccionalidades: pioneiras do feminismo negro brasileiro (Editora Bazar do Tempo, 2020). ISBN 9786586719062
- Pensamento Feminista: Conceitos Fundamentais (Editora Bazar do Tempo, 2019). ISBN 9788569924470
- Pensamento Feminista Brasileiro: Formação e contexto (Editora Bazar do Tempo, 2019). ISBN 9788569924463
- Pensée féministe décoloniale (Anacaona Editions, 2022). ISBN 978-2-490297-19-1
- Enegrecer o feminismo: a situação da mulher negra na América Latina a partir de uma perspectiva de gênero (Takano Editora, 2003).
- Gênero, raça e ascensão (Centro de Filosofia e Ciências Humanas - UFSC, 1995).