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Charles Teony de Araújo (Inajá, 04 de março de 1975) é um cantor, compositor, aprendiz de poeta e ator brasileiro.

Charles Theone
Charles Theone em junho de 2022
Nome completo Charles Teony de Araújo
Nascimento 04 de março de 1975
Inajá,PE
Nacionalidade Brasileiro
Ocupação Cantor, compositor, ator e poeta
Prêmios Melhor Espetáculo Musical (Janeiro de Grandes Espetáculos/2022); Melhor Videoclipe (Prêmio da Música de Pernambuco/2022); Embaixador Cultural (Câmara Municipal de Inajá,PE)


Partindo da microrregião do Sertão do Moxotó para a capital Recife na década de 90, iniciou sua carreira musical sob influências do movimento Manguebeat e do movimento Armorial. De Recife e Olinda, logo saiu a percorrer o mundo como vocalista do Maracatu Nação Pernambuco, exaltando e divulgando a cultura popular pernambucana e brasileira em mais de oitenta cidades do Velho Continente. Com shows na Itália, França, Alemanha, Inglaterra, Portugal, Holanda, Suíça, Bélgica, Áustria e Espanha, foi revelação de grandes festivais como o Festival de Montreux, na Suíça, e o Festival de Jazz de Nova Orleans, EUA, onde foi capa do jornal The Times-Picayune (2005). Participou também do Festival Latino Americano de Milão (como convidado na turnê de Alceu Valença), do Festival Internacional de Dança de Lyon, das comemorações entre artistas e jogadores brasileiros na Copa do Mundo da França (1998), e da Lavage De La Madeleine, o maior e mais importante evento brasileiro da Europa, cujo hino oficial é de composição de Charles Theone (à época, Charles Teony).

No início dos anos 2000 inicia sua carreira solo, assumindo o gênero Regional Pop, dividindo palco nos melhores nichos da MPB no Rio e São Paulo ao lado de nomes consagrados como Alceu Valença, de quem se considera afilhado artístico, Gilberto Gil, Milton Nascimento, Geraldo Azevedo, entre outros.

Em 2020, devido ao agravamento da Covid-19, voltou a residir em Pernambuco e, ao revisitar sua cidade natal de Inajá-PE, passou a se dedicar em plena reclusão da quarentena a um novo projeto musical invocando suas origens sertanejas. Projeto esse que, em 2022, com a reabertura gradual dos shows e eventos devido ao recuo da pandemia, já lhe rendeu alguns prêmios e indicações locais.

Com uma assinatura própria, Theone imprime sua marca ao harmonizar com maestria ritmos globais como pop, rock, jazz, soul, folk, afro, latino, eletrônica, a ritmos locais como coco, xote, forró, baião, frevo, maracatu, embolada, ciranda. Além de incrementar belíssimas declamações poéticas em suas composições e apresentações. De estilo eclético e rico no seu Regional Pop, bebe em fontes como Luiz Gonzaga, Dominguinhos, Jackson do Pandeiro, Alceu Valença, Antônio Carlos Nóbrega, Chico Science, Antúlio Madureira, Gilberto Gil, Bob Marley, Moraes Moreira e o grande Ariano Suassuna.

Música[editar | editar código-fonte]

Natural do sertão de Pernambuco, Charles Theone (antes Charles Teony) descobriu sua vocação pela arte desde criança ao observar os cantadores de embolada, repentistas e as bandas de pífanos nas feiras e novenas de sua cidade. Já em Recife, iniciou sua formação na cultura popular no início da década de 90, ainda na adolescência.

  • 1992, ingressa no grupo Maracatudo Nação Camaleão, nascido do Balé Popular do Recife, e em seguida torna-se vocalista do Maracatu Nação Pernambuco, quando percorre o mundo por nove anos levando a cultura popular para a Europa e EUA;
  • 2006, inicia carreira solo com seu primeiro álbum, “Tambor do Mundo” (RJ), assumindo o estilo Regional Pop. Álbum produzido por Paulo Rafael, que há décadas foi responsável por arranjos, produções e guitarras de Alceu Valença. O disco, distribuído pela gravadora RobDigital, tem doze músicas e tem participações, entre outras, de Antúlio Madureira, Silvério Pessoa, além de músicas inéditas de J.Miquilles, Aracílio Araújo e Alceu Valença;
  • 2008, lança o segundo álbum, “New Orlinda”, no Circo Voador RJ, no projeto Conexão Nordeste, em homenagem às duas cidades: Olinda, de onde vem boa parte de suas influências, e New Orleans, onde em 2005 havia sido destaque no Festival de Jazz. Com selo independente, o álbum faz uma fusão musical entre o jazz norteamericano e os ritmos das ladeiras de Olinda, e conta com a participação de Alceu Valença e da orquestra de Camara de Granada (Espanha);
  • 2017, lança o terceiro álbum, chamado “Charles Theone”, alterando sua assinatura de Charles Teony para o sobrenome atual. O disco foi produzido sob signos cabalísticos, com letras ora místicas, ora políticas, e herança dos maracatus[1];
  • 2020, (pandemia) retorna a Pernambuco, revisita sua cidade natal Inajá, Sertão do Moxotó, e inicia o novo trabalho “Forró Colorido” - uma trilogia de “clipedocs”: Forró Colorido - Vento Forte - Inajá Iê. Neste trabalho, Charles atende a um pedido de seu pai quando na UTI em seus últimos dias, e busca cantar as belezas do seu sertão. Nada triste, opaco e sem esperança, mas cheio de cores, pluralidade, vida, energia, fertilidade e belezas naturais cinematográficas. A música Forró Colorido faz em parceria com o artista plástico baiano Ed Ribeiro (o Pintor dos Orixás), premiado pela técnica inovadora de Derramamento de Tintas;
  • 2022, a trilogia recebe prêmios: ‘Melhor Espetáculo Musical’, em ‘Janeiro de Grandes Espetáculos’ (Recife), e ‘Melhor Videoclipe’, com a música ‘Forró Colorido’, no ‘Prêmio da Música de Pernambuco’. Em Inajá, Charles recebe o título de ‘Embaixador Cultural' do município, pela divulgação da cultura de sua região. Em 11 de junho de 2022, numa linda apresentação na TV aberta, o cantor reabre a temporada do Programa CAUSOS & CANTOS, da Rede Globo Nordeste. Em julho do mesmo ano, recebe a indicação ao ‘Troféu Abebé de Prata’. Em agosto lança seu novo single 'Pá Virada', uma balada que fala sobre uma atitude inquieta, provocadora, brincalhona, impetuosa e libertária, num Recife contemporâneo, cheio de sensualidade, diversidade, energias e sons.

Musicografia[editar | editar código-fonte]

Álbum Tambor do Mundo (2006)[editar | editar código-fonte]

  • É Tambor
  • Olindeira
  • Coco da Embolada
  • Cabloco de Lança
  • Sétima Sinfonia do Céu
  • Batendo Tambor
  • Festa da Graça
  • Swing Nana
  • Tambor do Mundo
  • Minha Bandeira
  • Festa de São José
  • Na Vida que Pedi a Deus

Álbum New Orlinda (2008)[editar | editar código-fonte]

  • Santa Tereza
  • Palavras
  • Pelo Jeito Dela
  • Uma Mulher
  • No Trocadilho Desse Coco
  • Rei dos Guerreiros
  • Nosso Bloco Está Na Rua
  • Já Dizia Bezerra da Silva
  • Grandeza Feminina
  • Chicos e Franciscos
  • Mensagem do Cometa
  • Cometa Messiânico
  • Cidade Mulher
  • Tambores
  • Me Dá Um Beijo

Álbum Charles Theone (2017)[editar | editar código-fonte]

  • Noite Negra
  • Doce
  • Pai do Samba
  • Cuidado com Mané
  • Maçã Dourada
  • Como Quem Não Quer Nada
  • Estrela da Paz
  • Festa dos Orixás
  • Chicos e Franciscos
  • Olinda Cidade Mulher

Trilogia Forró Colorido (2021)[editar | editar código-fonte]

  • Forró Colorido
  • Vento Forte
  • Inajá Iê

  • Pá Virada (2022)

Cinema[editar | editar código-fonte]

Charles participou do filme “A Luneta do Tempo”, escrito e dirigido por Alceu Valença. Lançado em 2014, o longa e recebeu os prêmios de Melhor Trilha Sonora e Melhor Direção de Arte no Festival de Gramado 2014, e foi indicado ao Grande Prêmio do Cinema Brasileiro 2017, na categoria Melhor Trilha Sonora Original. Na trama, o cantor interpretou o vilão Antero Tenente.