Usuário(a):Vinicius Watanabe/Testes/Les quatre cents coups

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Les quatre cents coups
Os Incompreendidos (bra)
Os Quatrocentos Golpes (prt) (PRT)
Vinicius Watanabe/Testes/Les quatre cents coups
Cartaz promocional
 França
1959 •  b&p •  99 min 
Gênero drama
Direção François Truffaut
Produção François Truffaut e Georges Charlot
Roteiro François Truffaut
Marcel Moussy
Elenco Jean-Pierre Léaud
Albert Rémy
Claire Maurier
Guy Decomble
Georges Flamant
Patrick Auffay
Daniel Couturier
Música Jean Constantin
Diretor de fotografia Henri Decae
Direção de arte Raymond Lemoigne
Sonoplastia Jean-Claude Marchetti
Edição Marie-Josèphe Yoyotte
Companhia(s) produtora(s) Les Films du Carrosse
Distribuição Cocinor
Lançamento 4 de Maio de 1959
Idioma francês
Receita US$ 30,7 milhões

Les quatre cents coups (bra: Os Incompreendidos[1], por: Os Quatrocentos Golpes[2]) é um filme francês de 1959, do gênero drama, primeiro longa metragem dirigido por François Truffaut. Faz parte do movimento cinematográfico chamado Nouvelle Vague. O filme conta com Jean-Pierre Léaud, Albert Rémy e Claire Maurier nos papéis principais.

O título do filme refere-se a uma expressão popular, em francês (faire les quatre-cent coups), equivalente em português, a "fazer o diabo a quatro", ou seja, provocar desordem, cometer contravenções ou mesmo delitos.[3]

Escrito por Truffaut e Marcel Moussy, o filme conta a história do jovem Antoine Doinel, um parisiense de origem humilde oprimido por sua mãe e padrasto, e pelo autoritarismo da escola francesa. O filme narra as aventuras com o melhor amigo enquanto vagam pela cidade e pelo cinema em suas mal sucedidas tentativas de se ajudarem.

A história tem referência autobiográfica, inspirada nas próprias experiências do diretor, entre o final da infância e o início da adolescência. Seu personagem principal, Antoine Doinel (vivido por Jean-Pierre Léaud), é tido como alter ego do diretor, e Les 400 Coups será o primeiro de cinco filmes com o personagem, que reaparece interpretado pelo mesmo ator em outras fases da vida nos filmes L'amour à vingt ans (1962), Baisers volés (1968), Domicile conjugal (1970) e L'amour en fuite (1979).

O diretor François Truffaut

Os Incompreendidos é um dos filmes marcantes da Nouvelle Vague, apresentando diversas características que distinguem o movimento, como filmagem em locação na cidade de Paris, que ganha protagonismo, baixo orçamento, atores profissionais e não-profissionais, improvisação, diálogos coloquiais, temporalidade contemporânea e irreverência das personagens protagonistas.

Embora prêmios sinalizem a recepção de um filme por parte da crítica especializada, eles não podem ser considerados critério exclusivo de avaliação. Com Os Incompreendidos, Truffaut recebeu o prêmio do Festival de Cannes de Melhor Diretor em 1959, o OCIC Award e uma indicação à Palma de Ouro. Foi indicado, ainda, ao Oscar de melhor roteiro original em 1960.[3]

O filme é considerado um dos maiores sucessos da carreira de Truffaut e também um dos melhores filmes já feitos na França. Ele consta com uma aprovação de 100% da crítica e 94% do público no site agregador Rotten Tomatoes.[4]

Sinopse[editar | editar código-fonte]

O filme narra a história de Antoine Doinel, um jovem parisiense de 14 anos, que não se ajusta ao autoritarismo da escola e o desprezo de sua mãe e do padrasto (Gilberte e Julien Doinel). Rejeitado, Antoine passa a faltar às aulas para frequentar cinemas ou brincar com os amigos, principalmente René. Com o passar do tempo, o rapaz vivenciará algumas descobertas e cometerá pequenos delitos, em busca de atenção.

Elenco[3][editar | editar código-fonte]

Equipe[3][editar | editar código-fonte]

  • Dirigido por  .... François Truffaut
  • Escrito por  ....  François Truffaut e Marcel Moussy
  • Produzido por .... François Truffaut e Georges Charlot
  • Direção de fotografia .... Henri Decae
  • Editado por .... Marie-Josèphe Yoyotte
  • Direção de Arte .... Raymond Lemoigne
  • Decoração do Set .... Bernard Evein
  • Assistente de direção .... Philippe de Broca
  • Som .... Jean-Claude Marchetti
  • Continuísta .... Jacqueline Parey
  • Música por .... Jean Constantin

Produção[editar | editar código-fonte]

Filmagens[3][editar | editar código-fonte]

Truffaut filmou Os Incompreendidos entre 10 de novembro de 1958 e 5 de janeiro de 1959. A captação ocorreu em diversos distritos da cidade de Paris, incluindo pontos turísticos ilustres como a Torre Eiffel, em Champ de Mars. Outras locações também ocorreram em localidades reais: os apartamentos eram de fato situados em prédios residenciais, e as filmagens na escola aconteceram durante as férias de Natal em Paris. Essa era uma forma de Truffaut se afastar do "glamour dos estúdios", imprimindo uma estética mais realista, barata e fluída para o filme.[5]

François Truffaut na direção, em 1963

A produção usou as câmeras da marca Chevereau, filmando em 35mm com o uso de Cinemascope (a janela cinematográfica de 2.35:1). O filme foi revelado no processo Dyaliscope.

A lista completa das locações inclui:

  • Avenue Frochot, Paris 9, Paris, França.

A filmagem contou com atores e não atores, e também uma mistura de ficção e documentário como resultado de uma vontade de Truffaut de buscar um "realismo poético". As crianças que fizeram o teste para o personagem Antoine e não conseguiram o papel acabaram participando como os alunos da escola que aparece no filme.[3] A escolha de Jean-Pierre Léaud para o protagonista aconteceu porque Truffaut achou que tinha muito em comum com o ator: ambos eram anti-sociais, causavam muitos problemas e compartilhavam amor por cinema.[5]

O orçamento de Les quatre cents coups foi de aproximadamente US$75.000, sendo que a média de orçamento de filmes franceses na época era de US$250.000. O financiamento foi feito pela esposa de Truffaut, que fazia parte de uma família de posses.[5]

Homenagem[editar | editar código-fonte]

O crítico de cinema André Bazin

Um dia após o início das filmagens, no dia 11 de novembro de 1958, o crítico de cinema André Bazin faleceu.[6] Bazin, além de um grande teórico da sétima arte, foi também tutor e pai adotivo de François Truffaut. Bazin levou Truffaut a escrever na legendária revista especializada Cahiers du Cinéma.[7]

Truffaut dedica Os Incompreendidos à memória de Bazin.

Tema[editar | editar código-fonte]

Pôster de Juventude Transviada, filme expoente do coming-of-age

Les quatre cents coups é considerado um filme coming-of-age, por falar sobre juventude e amadurecimento de uma forma humana.

Assim como o personagem principal do filme de 1959, Truffaut também teve uma relação conturbada com a mãe e o padrasto, que o renegaram em muitos momentos de sua infância. O diretor também costumava matar aula para ir ao cinema e era um aluno displicente, com um espírito rebelde. Assim como Antoine, o diretor cometeu alguns delitos na adolescência após abandonar a escola, tendo sua guarda transferida para a polícia de Paris, e sendo mandado para um reformatório, de onde foi tirado por André Bazin.[7]

Estilo[editar | editar código-fonte]

Les quatre cents coups tem diversas peculiaridades referentes à direção de Truffaut.  O filme apresenta muitos movimentos de câmera, com a presença de travellings e panorâmicas frequentes. A presença de elipses também é marcante, sendo algumas delas na própria montagem interna dos planos.

Truffaut favoreceu o improviso. Uma das cenas mais emblemáticas do filme, quando Antoine conversa com a psicóloga no reformatório, foi filmado como teste de elenco de Jean-Pierre Léaud, reestruturado para que coubesse no corte final do filme.[3] Ainda, o diretor incentivou o ator protagonista a improvisar diálogos, e colocar o máximo de si mesmo no papel, resultando em uma performance mais real e emocional.[5]

Todas as falas do filme foram dubladas pelos próprios atores na pós-produção. Algumas partes do longa também usaram a edição de som, como na última cena em que Antoine anda na praia. Os sons dos passos do personagem foram adicionados posteriormente porque o som do carro em que a câmera estava fez muito barulho. A dublagem era algo comum nos filmes da Nouvelle Vague, o que fazia com que os cineastas não tivessem que se preocupar em usar equipamentos caros de gravação de som direto e nem com a presença de muitos ruídos nas locações. A técnica fazia com que as filmagens se tornassem mais fáceis e rápidas, porém introduzia um elemento menos espontâneo no filme.[3]

Outro ponto marcante é a falta de contra-planos, quebrando a decupagem clássica. Essa falta decorre mais de problemas da produção e falta de orçamento do que uma vontade de Truffaut, que não questionava a decupagem clássica.[8]

Lançamento e circulação[editar | editar código-fonte]

Les quatre cents coups estreiou no Festival de Cannes em 04 de maio de 1959, fazendo parte da competição principal no festival. Logo após, distribuído pela empresa Cocinor, o filme estreou em circuito amplo na França em 03 de junho do mesmo ano.

A estreia nos Estados Unidos e no Canadá aconteceu em 16 de novembro de 1959, também pela empresa Cocinor. Já no Brasil, o filme estreou apenas em 01 de agosto de 1960.

O filme sofreu diversos relançamentos, sendo a maior parte deles na França. Eles aconteceram nos anos de 1967, 1983, 2004 e o mais recente com a versão digital restaurada no Festival de Arras em 2014.[3] No Brasil, o filme foi lançado em DVD pela última vez no ano de 2014, pela distribuidora Versátil.[9]

Recepção[editar | editar código-fonte]

Crítica[editar | editar código-fonte]

Les quatre cents coups abriu o Festival de Cannes de 1959, onde foi muito aclamado e levou os prêmios de direção e de OCIC. Por ter estreado na competição principal, ele também contou com sua indicação para a Palma de Ouro.[10] Além disso, o filme foi considerado um dos melhores do ano pelo New York Film Critics’ Circle.[3]

No site agregador de críticas, Rotten Tomatoes, o filme conta com um certificado fresh com 100% de aprovação, sendo todas as 64 críticas do filme positivas. Sua média de nota no site é de 9,3, e sua aprovação pelo público é de 94%, com mais de 25.000 críticas colocadas no site.[4] No site brasileiro Adoro Cinema, o filme recebeu uma média de nota de 4,1 de 5 estrelas, tendo 65 notas postadas na página.[11]

Ainda, Les quatre cents coups está presente em diversas listas de melhores filmes já feitos. O BFI (British Film Institute) listou o longa como um dos 50 filmes para serem vistos com 15 anos.[12] Em uma votação popular feita pela rede britânica BBC, o filme foi eleito o 8º melhor filme não falado na língua inglesa de todos os tempos. Também faz parte da lista de melhores de todos os tempos do crítico Roger Ebert e da lista de "1001 filmes para ver antes de morrer" de Steven Schneider. No site IMDb (Internet Movie Database), o longa com média de 8,1/10 com mais de 109 mil notas, e consta na 236º colocação entre os filmes com maiores médias no site.[3]

Bilheteria[editar | editar código-fonte]

Les quatre cents coups é o filme de maior sucesso de bilheteria do diretor François Truffaut. Em seu primeiro lançamento, na França, o filme conquistou 4.166.149 de francos na bilheteria, sendo que 1.2000.002 de francos foram arrecadados apenas em Paris.[13] Já no seu lançamento de 1959 nos Estados Unidos e no Canadá, Os Incompreendidos fez apenas US$509.[14]

Durante seu relançamento na América do Norte em 1999, o filme conseguiu fazer US$11.206 apenas em seu fim de semana de estreia, e posteriormente fez US$127.244 no mercado internacional.[14] Considerando todos os lançamentos e relançamentos do longa desde 1959, o filme conta com uma bilheteria total de US$30,7 milhões.[15]

Influências[editar | editar código-fonte]

Pôster do filme Rushmore, de Wes Anderson

Les quatre cents coups foi fortemente influenciado pelo curta de 1933 de Jean Vigo, Zero de Conduta, uma obra que também apresenta em chave realista e poética, a opressão sofrida por jovens franceses em instituições escolares.[16] Há também uma grande inspiração advinda de filmes de diretores como Orson Welles e Alfred Hitchcock, principalmente nas escolhas estilísticas, como movimento de câmera e profundidade de campo.[17]

O longa de 1959 foi referência para cineastas futuros, tendo influenciado principalmente os chamados filmes coming-of-age, aqueles que falam sobre a juventude e o amadurecimento causados pela adolescência.[18]   Segundo Julian Cornell, uma professora de estudos da mídia na Faculdade do Queens (CUNY), Truffaut representou Antoine, que tem apenas 14 anos no filme, como um ser humano autêntico e verdadeiro, sem cair em estereótipos e convenções da juventude vistas em outros filmes.[19]

É também um dos longas que influenciou o diretor estadunidense Wes Anderson, principalmente em seu filme de estreia Rushmore (1998). Ambos os filmes tratam sobre jovens que acabam abandonando a escola e se envolvendo com a delinquência juvenil.[20]

Principais prêmios e indicações[editar | editar código-fonte]

Ano Premiação Categoria Recipiente Resultado Ref.
1959 Festival de Cannes Palma de Ouro François Truffaut Indicado [3]
Melhor Direção François Truffaut Venceu
Prêmio OCIC François Truffaut Venceu
New York Film Critics Circle Awards Melhor Filme Estrangeiro Os Incompreendidos Venceu
Cahiers du Cinéma Melhor Filme François Truffaut Indicado
Festival de cinema das Ilhas Faro Competição Principal François Truffaut Venceu
Prêmio do Júri François Truffaut Venceu
Prêmio da Audiência François Truffaut Indicado
Melhor Filme François Truffaut Indicado
1960 Oscar Melhor Roteiro Original François Truffaut, Marcel Moussy Indicado
Bodil Awards Melhor Filme Europeu Os Incompreendidos Venceu
Sindicato Francês de Críticos de Cinema Melhor FIlme Os Incompreendidos Venceu
Festival Internacional de Cinema de Valladolid Melhor Filme Os Incompreendidos Venceu
1961 BAFTA Melhor filme de qualquer origem François Truffaut Indicado
Ator mirim promissor Jean-Pierre Léaud Indicado
Premiação de São Jordi Melhor Diretor Estrangeiro François Truffaut Venceu
2005 Associação Online de Filme & Televisão Hall da Fama da OFTA Os Incompreendidos Venceu

Curiosidades[editar | editar código-fonte]

Título[3][editar | editar código-fonte]

A tradução do título do filme nos Estados Unidos não compreende o significado original da expressão em francês. Traduzido, de forma literal, como “The 400 Blows” (os quatrocentos sopros, em tradução literal para o português), o título norte-americano diverge do dito francês “faire les quatre cents coups”, que significaria “levantar o inferno” ou “fazer bagunça”.

O título em português, no Brasil, “Os Incompreendidos” é mais assertivo, já que foge da tradução literal da expressão francesa.

Disponibilidade[editar | editar código-fonte]

Les quatre cents coups não está disponível atualmente no Brasil em DVD ou Blu-ray, e nem para compra ou aluguel por VOD. O único serviço de streaming que apresenta o filme atualmente é o Telecine Play.[21]

Nos Estados Unidos e na Europa, o filme se encontra na Coleção Criterion, que lançou a obra em Blu-ray em uma versão restaurada e em 1080p, em 2009. Essa edição apresenta extras especiais como comentários em áudio do diretor, audições para escolha dos atores e gravações sobre a apresentação do filme em Cannes.[22]

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. «Crítica». do jornal brasileiro Folha de S.Paulo 
  2. Infopédia. «Os Quatrocentos Golpes - Infopédia». Infopédia - Dicionários Porto Editora. Consultado em 4 de julho de 2021 
  3. a b c d e f g h i j k l m The 400 Blows (1959) - IMDb, consultado em 18 de julho de 2021 
  4. a b The 400 Blows (1959) (em inglês), consultado em 18 de julho de 2021 
  5. a b c d «The 400 Blows (1959) – Deep Focus Review – Movie Reviews, Critical Essays, and Film Analysis». Deep Focus Review (em inglês). Consultado em 19 de julho de 2021 
  6. «André Bazin». Wikipédia, a enciclopédia livre. 11 de novembro de 2020. Consultado em 18 de julho de 2021 
  7. a b «François Truffaut». Wikipédia, a enciclopédia livre. 21 de abril de 2021. Consultado em 18 de julho de 2021 
  8. MANEVY, Alfredo (2006). Nouvelle Vague. São Paulo: Campinas. pp. 221–252 
  9. «Folha de S.Paulo - Distribuidora acusa rival de lançar DVD ilegal - 11/04/2008». www1.folha.uol.com.br. Consultado em 18 de julho de 2021 
  10. «LES QUATRE CENTS COUPS». Festival de Cannes (em inglês). Consultado em 18 de julho de 2021 
  11. AdoroCinema, Os Incompreendidos, consultado em 18 de julho de 2021 
  12. «50 films to see by age 15». BFI (em inglês). Consultado em 18 de julho de 2021 
  13. «Box office Francois TRUFFAUT - BOX OFFICE STORY». www.boxofficestory.com. Consultado em 18 de julho de 2021 
  14. a b «The 400 Blows». Box Office Mojo. Consultado em 18 de julho de 2021 
  15. «The 400 Blows». Wikipedia (em inglês). 11 de julho de 2021. Consultado em 18 de julho de 2021 
  16. «The 400 Blows (1959) - Routledge Encyclopedia of Modernism». www.rem.routledge.com (em inglês). Consultado em 18 de julho de 2021 
  17. GradeSaver. «Director’s Influence on The 400 Blows | GradeSaver». www.gradesaver.com (em inglês). Consultado em 18 de julho de 2021 
  18. «The director became the hero in François Truffaut's The 400 Blows». The A.V. Club (em inglês). Consultado em 18 de julho de 2021 
  19. «Ask the Professor: How did "400 Blows" change the coming-of-age genre? | Read | The Take». Ask the Professor: How did “400 Blows” change the coming-of-age genre? | Read | The Take (em inglês). 9 de setembro de 2016. Consultado em 18 de julho de 2021 
  20. Winfrey, Graham; Winfrey, Graham (26 de abril de 2017). «Wes Anderson's Style: Watch 10 Iconic Movies That Influenced Him». IndieWire (em inglês). Consultado em 18 de julho de 2021 
  21. Os Incompreendidos, consultado em 18 de julho de 2021 
  22. CRITERION. «The 400 Blows (1959)». Consultado em 18 de julho de 2021 
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