Usuário:DAR7/Testes/Geografia do Paraná/Guarapuava

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Guarapuava
  Município do Brasil  
Panorâmica de Guarapuava em 2005
Panorâmica de Guarapuava em 2005
Panorâmica de Guarapuava em 2005
Símbolos
Bandeira de Guarapuava
Bandeira
Brasão de armas de Guarapuava
Brasão de armas
Hino
Gentílico guarapuavano
Localização
Localização de Guarapuava no Paraná
Localização de Guarapuava no Paraná
Localização de Guarapuava no Paraná
Guarapuava está localizado em: Brasil
Guarapuava
Localização de Guarapuava no Brasil
Mapa
Mapa de Guarapuava
Coordenadas 25° 23' 42" S 51° 27' 28" O
País Brasil
Unidade federativa Paraná
Municípios limítrofes Campina do Simão, Turvo, Pinhão, Prudentópolis, Inácio Martins, Candói, Cantagalo e Goioxim.
Distância até a capital 252 km
História
Fundação 9 de dezembro de 1819 (204 anos)
Administração
Prefeito(a) Cesar Augusto Carollo Silvestri Filho[1] (PPS, 2017 – 2020)
Características geográficas
Área total [2] 3 178,659 km²
População total (estimativa IBGE/2018[3]) 180 334 hab.
 • Posição nono município mais populoso no Paraná
Densidade 56,7 hab./km²
Clima subtropical (Cfb)
Altitude 1120 m
Fuso horário Hora de Brasília (UTC−3)
Indicadores
IDH (PNUD/2013[4]) 0,731 alto
PIB (IPARDES/2015[5]) R$ 4 760 050 000
PIB per capita (IPARDES/2015[5]) R$ 26 723,00

Guarapuava é um município brasileiro do estado do Paraná. Sua população estimada era de 180 334 habitantes,[3] segundo estimativas do IBGE de 2018. Considerado um polo regional de desenvolvimento com forte influência sobre os municípios vizinhos, faz parte também de um entroncamento rodoferroviário de importância nacional denominado corredor do Mercosul, entre as municipalidades de Foz do Iguaçu e Curitiba.

Sua localização no alto do Terceiro Planalto Paranaense faz de Guarapuava um dos municípios mais frios do estado, com ocasionais registros de neve. O bioma predominante é a floresta subtropical, com vastas áreas de mata de araucárias. É ainda o maior produtor brasileiro de cevada e possui uma das maiores fábricas de malte do mundo, responsável por vinte por cento da produção nacional.[6]

Guarapuava, em 11 de novembro de 1819, é elevada à condição de freguesia de Nossa Senhora de Belém. Colocada no interior da situação histórica da região em que é encontrada, progrediu naquela época por causa da pecuária, extrativismo vegetal de erva-mate e setor terciário regional que servia aos habitantes e aos visitantes.

Depois, o fluxo tropeiro tinha trazido maiores conexões com demais regiões, permitindo migrações. Da agricultura à agroindústria, o município se desenvolveu e cresceu na região, e está fortalecendo essa prática à proporção que sua estrutura viária lhe dá condições para a sua relação com as outras regiões do Paraná e do Brasil. Fundado em 12 de abril de 1871, e tendo sua instalação ocorrida no mesmo dia, desmembrou-se de Castro.

Etimologia[editar | editar código-fonte]

Originário da língua tupi, o termo ‘Guará’ significa “garça” e ‘pu’ quer dizer “barulho”. O nome inclui também ava, sufixo que pode significar “local”. Daí, ao todo, significa “local repleto de som de pássaros”. Guará’ possui o sentido de lobo e ‘pu’ ruído mais ‘ava’: “Local em que são escutados som de lobos”. (Dicionário Tupi, de autoria de Orlando Bordoni). Teodoro Sampaio, p. 209, explica: wap’ ra po’ aba, tem o sentido de “barulho” ou “latido dos guarás” (cães do mato, Chrysocyon brachyurus), ou é uma forma errada e/, ou variada (corruptela) de wi’ ra po’ aba, que tem o significado de “canto dos pássaros”. Martius, p. 500, pegou de ‘wara’, que dá a ideia de “ave” e ‘puame’, significando “em pé”, afirmando que demais autores deram como étimo o termo 'arapu’a’, o qual possui o significado de “abelha terrestre”. Macedo Soares, EL, p. 181, faz um criticismo às etimologias do pároco Francisco das Chagas Lima, de Saint-Hilaire, do escritor sem nome conhecido que foi referenciado por este naturalista, através da denominação hispano-americana de frade Prazeres Maranhão (a qual é trazida por Martius), as que indicou Luíz D. Cleve e mostra a sua, bem coerente ao contrário. O guará é frequente nas florestas e pradarias guarapuavanas. Essa denominação se deu em primeiro lugar para as pradarias e depois foi estendida ao restante da região. Puá constitui um verbo o qual quer dizer “dar um tiro, atirar, matar com flecha, flechar”. Hab constitui um particípio sufixial de local. Puáhab é o local em que ou a em que é caçado, em que é atirado. Guarapuava, que é um termo guarani puro, traduz: “campo em que serão caçados os guarás”. Sobra uma especulação não muito grande a qual é mostrada e discutida pelo mesmo Macedo Soares. De que forma, em pleno domínio Camé (idioma caingangue), os sertanistas vão encontrar entre aqueles índios um termo guarani puro? É importante recordar, perto de Guarapuava, que há várias outras palavras tipicamente guaranis na região inteira povoada por essas tribos, para explicar o fato de modo satisfatório. Os guaranis, caso não fossem os mais antigos habitantes da região, foram, no mínimo, antepassados dos índios achados em 1810 pelo padre Chagas, na expedição liderada por Diogo Pinto de Azevedo Portugal. Duvidosamente, quando foram descobertos os campos, pelo tenente Cândido Xavier de Almeida e Souza, já tivesse existido uma grande quantidade de guaranis. (Antenor Nascentes, p. 132)[7]

História[editar | editar código-fonte]

Origens e povoamento[editar | editar código-fonte]

Em 9 de setembro de 1770, o sargento Cândido Xavier de Almeida e Souza, líder da quarta bandeira de exploração à região, descobriu os campos de Guarapuava.[8][9][10][11]

O tenente-coronel Afonso Botelho de Sam Payo e Souza, a pedido do governador-geral da capitania de São Paulo, D. Luiz Antônio de Souza Botelho Mourão, liderou a bandeira. A razão mais importante da tarefa era impedir que os espanhóis avançassem na região Sul do Brasil. Depois do feito, o sargento Cândido Xavier disse a seu líder imediato, por intermédio de cartas, o que considerava sobre as suas observações, também mencionou ter visitado uma plantação de feijão, milho e abóbora e igualmente um paiol de cereais, trabalho dos índios, os quais viviam na região. Estes, no entanto, não eram nada amigáveis.[8][10][11]

Confiante em consequência da esperança de conquistar novas terras, Afonso Botelho de Sam Payo e Souza decide ir diretamente verificar a potencialidade da região. No dia 10 de novembro de 1771, sai de Curitiba, atravessando as montanhas da Serra da Esperança aos 26 dias daquele mês e atingindo a região da Borda do Campo no dia 6 de dezembro, local onde foi erguida uma enorme cruz e foi construída uma simples capela. Dois dias depois que a bandeira chegou ao lugar, foi celebrada a mais antiga missa nos Campos de Guarapuava. O feito foi comemorado ouvindo-se algazarras e artilharia pesada, entretanto, o grito chamou a atenção dos senhores do local, os índios. Depois de alguns dias passados, um ataque à instalação ao acampamento de Afonso Botelho o privou da vontade de conquistar o território. Sem perder tempo fugiram, e só em 1809 é que o caucasiano tornaria a pôr os pés nesses campos.[8][10][11]

No dia 5 de novembro de 1808, uma carta, a qual exigiu que seja “… declarada guerra aos índios dos Campos Gerais de Coritiba e dos… de Guarapuava”, é remetida da cidade do Rio de Janeiro pelo Príncipe Regente para Antônio José de Franca e Horta, governador de São Paulo. Foi argumentado por D. João VI de Portugal que a colonização de suas terras e o tráfego de seu povo não era permitido pelos bugres.[8][10][11]

É por meio dessa carta que foi efetivada a Junta da Real Expedição e Conquista de Guarapuava, cujo chefe militar e administrativo era o tenente-coronel Diogo Pinto de Azevedo Portugal, o qual, seguido do padre Francisco das Chagas Lima e forte empresa, vão à região na metade de 1809. No dia 17 de junho de 1810, é construído o povoado fortificado chamado Atalaia. Começou naquele momento o aldeamento indígena, que se iniciou após ser caçado o chefe Pahy, que persuadiu aos outros e em curto tempo Camés, Votorões e Dorins se misturavam naqueles campos.[8][9][10][11]

Formação administrativa e história recente[editar | editar código-fonte]

Diogo Pinto de Azevedo Portugal ficou no comando antes de 1816 e o padre Chagas tornou-se o maior defensor das nações indígenas de então. Em 11 de novembro de 1819, criou-se a freguesia de Nossa Senhora do Belém de Guarapuava, transferindo-se a sede da fundação de lugar, continuando o aldeamento do Atalaia sob a liderança do cacique Luíz Tigre Gacon. Velhos conflitos de Dorins com Votorões e Camés resultaram no incêndio do Atalaia, com diversas baixas.[8][10][11]

Em 1813 foi criada a mais antiga escola na povoação, e Dona Bibiana Carriel Bittencourt era a primeira docente.[8][10][11]

No dia 17 de julho de 1852, por meio da Lei n.º 12, a freguesia foi elevada à categoria de Vila, e o Sr. Bernardino José de Lacerda foi o primeiro juiz de paz e o primeiro presidente da Câmara Municipal o major Luiz da Silva Gomes. Em 2 de março de 1859, através da Lei n.º 54, se elevou à condição de Comarca, e o Dr. José Antônio de Araújo Vasconcelos era seu primeiro juiz de direito.[8][10][11]

Até então a vila de Guarapuava correu perigo de ser invadida pelos índios, sendo protegida por um grupo de 36 homens, chefiados por Antônio de Sá Camargo, que depois seria o Visconde de Guarapuava. No dia 12 de abril de 1871, por meio da Lei n.º 271, a vila de N. Sr.ª do Belém de Guarapuava se elevou à condição de cidade.[8][10][11]

No decorrer de seu passado histórico o território de Guarapuava foi repetidamente desmembrado, sendo o mais extenso município do estado por longa data. Em 1928 compreendia uma área de 54 450 km², um quarto do território do Paraná. Vários são os feitos e fatos que aconteceram no município, terra natal de importantes personalidades da história política estadual, constituindo referência obrigatória para todas as pesquisas a respeito da historiografia do Paraná.[8][10][11]

Geografia[editar | editar código-fonte]

Geomorfologia e hidrografia[editar | editar código-fonte]

Clima[editar | editar código-fonte]

Ecologia e meio ambiente[editar | editar código-fonte]

Demografia[editar | editar código-fonte]

Pobreza e desigualdade[editar | editar código-fonte]

Religião[editar | editar código-fonte]

Composição étnica[editar | editar código-fonte]

Governo e política[editar | editar código-fonte]

Subdivisões[editar | editar código-fonte]

Economia[editar | editar código-fonte]

Setor primário[editar | editar código-fonte]

Setor secundário[editar | editar código-fonte]

Setor terciário[editar | editar código-fonte]

Infraestrutura[editar | editar código-fonte]

Saúde[editar | editar código-fonte]

Educação[editar | editar código-fonte]

Ciência e tecnologia[editar | editar código-fonte]

Segurança pública e criminalidade[editar | editar código-fonte]

Habitação, serviços e comunicação[editar | editar código-fonte]

Transportes[editar | editar código-fonte]

Cultura[editar | editar código-fonte]

Artes cênicas[editar | editar código-fonte]

Atrativos naturais e arquitetônicos[editar | editar código-fonte]

Esporte[editar | editar código-fonte]

Imprensa[editar | editar código-fonte]

Feriados[editar | editar código-fonte]

Cemitérios[editar | editar código-fonte]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Notas

Referências

  1. Cesar Silvestri Filho é Prefeito Eleito de Guarapuava pelo PPS na coligação FORÇA PARA MUITO MAIS Arquivado em 10 de abril de 2018, no Wayback Machine. Eleições 2016 - 1° de janeiro de 2017
  2. «Área Territorial Brasileira - GUARAPUAVA». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 2016. Consultado em 14 de setembro de 2017. Cópia arquivada em 4 de dezembro de 2020 
  3. a b «Estimativa populacional 2018 IBGE». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 29 de agosto de 2018. Consultado em 30 de agosto de 2018. Cópia arquivada em 31 de agosto de 2018 
  4. «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil». Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2000. Consultado em 11 de outubro de 2008. Cópia arquivada em 3 de outubro de 2009 
  5. a b MUNICÍPIO DE GUARAPUAVA Arquivado em 7 de março de 2018, no Wayback Machine. Site IPARDES - acessado em 6 de março de 2018
  6. «Produção de malte em Guarapuava». agraria.com.br. Consultado em 16 de dezembro de 2010. Cópia arquivada em 23 de dezembro de 2010 
  7. Ferreira 1996, pp. 318-319.
  8. a b c d e f g h i j Prefeitura (2018). «HISTÓRIA». Consultado em 16 de julho de 2018. Cópia arquivada em 20 de julho de 2018 
  9. a b Prefeitura (2018). «Brasão». Consultado em 15 de fevereiro de 2018. Cópia arquivada em 15 de fevereiro de 2018 
  10. a b c d e f g h i j IBGE (2018). «História». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 16 de julho de 2018. Cópia arquivada em 17 de novembro de 2019 
  11. a b c d e f g h i j Ferreira 1996, pp. 317-318.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]